quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Filipe Nyusi e a inclusão económica

11 hrs · Edited · 
Talk the talk and walk the walk: 
Na sua primeira intervenção sob improviso, o Presidente Filipe Nyusi debitou ontem, na Praça dos Heróis, uns interessantes ares de pragmatismo. Ele disse que estava cometido com o diálogo (entenda-se dialogo com a Renamo e o seu líder Afonso) e relevou que sobre isso andou a fazer alguma “introspeção” (minha palavra para substituir o seu “andei muito concentrado”) nos últimos dias. Nyusi, ainda um pouco gagona dicção (muitos furos abaixo da eloquência de Guebuza), garantiu que a inclusão era um dos valores do seu consulado e deixou escapar uma coisa que, eu adivinhava, estava já a ser equacionada: a ideia de que a inclusão que a Renamo pretende não e' necessariamente politica; e’ sobretudo económica.
O PR reconheceu que era preciso fazer qualquer coisa ao nível da distribuição da riqueza. Ele não deixou qualquer fórmula mas registamos, com agrado, uma genuína vontade politica e um férreo pragmatismo no sentido de resolver a maka com DHL, cuja postura tem vindo a hipotecar a vida em Moçambique.
Nyusi reconheceu, por aquela via, que por detras de uma falsa reivindicação de partilha do poder político por parte de DHL está um barrigudo apetite por interesses económicos, coisa que ficou clarividente ontem quando Dhlakama sugeriu que Cabo Delgado faz parte daquela sua dantesca construção de "Mocambique do Centro e Norte". Dhlakama sabe que a Renamo não ganhou (nem em 2015 nem nunca) eleições em Cabo Delgado mas sabe que e’ la onde se encontra o gás. E como anda por la muito investimento estrangeiro, uma ameaça de secessão la coloca todo o mundo com os nervos a flor da pele.
Seja como for, depois das privatizações, dos assaltos ao BCM e ao Banco Austral, dos créditos do Tesouro nunca devolvidos na totalidas, dos procurements manipulados, das parcerias publico-privadas duvidosas e da tomada das principais áreas de exploração de minerais (processos que beneficiaram as elites do poder, a pretexto de um nacionalismo económico) agora vamos entrar para uma outra operação para acomodar os apetites empresariais das elites da Renamo. Trata-se de compra da paz. Estou a tentar encontrar um termo para definir esse processo. Alguem ajuda?
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  • Nkuyengany Produções Unidade Trabalho Vigilância!
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  • Hussene Algy Adamo ja disse tudo mano
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  • Helio Filemone Inguane A distribuicao de riqueza que muitos tem na cabeca eh ao ritmo de Robin Wood.. famoso "tirar dos ricos e dar aos necessitados". Se O PR chamar uns tantos que sempre andaram com DHL para administradores de algumas empresas publicas o barrulho vai acabar. Outra que me doi ... e' de ter forcas de defesa e seguranca com mais experiencia de batalha e pouca academia. O DHL esta a empurrar o PR para as cordas ... a solucao esta nas vedinhas assinadas pelo Gove.
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  • Homer Wolf "Domar o leao?"... alguma coisa nesse sentido. eh eh eh
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  • Lenon Arnaldo A luta Titanic a que o líder da Renamo esta a travar visa única e exclusivamente tirar dividendos para si e seus parceiros de luta (nacionais e estrangeiros) dos recursos minerais. Isso está mais que claro. Tudo o resto é teatro ou chantagem política.
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  • Nkuyengany Produções e onde està o POVO no meio disto pah?
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  • Egidio Vaz Political economic Settlement é a proposta que tenho para siMarcelo Mosse em relação ao "entendimento" acomodador.
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  • Lenon Arnaldo Se juntares as liderança dessas duas formações tens a maior representatividade do povo. Entenda - se povo os que representam as aspirações dos mesmo e não tanto a quanto o homem individualmente identificado.
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  • Inacio Fernando podes chamar a isso "purificação da paz"
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  • Raúl Salomão Jamisse Se os outros para lograr inclusão nos mega entram com a tal "political economic settlement" , o grande opositor só vai colher os louros para preservar a preciosa paz? Como faremos? "Inclusive political settlements appear to be particularly critical in contexts where levels of social fragmentation or patterns of horizontal inequality between groups are high and pose a risk to stability..."
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  • João Carlos Quando o perdedor ganha....
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  • Altino Macauze Macauze Pessoalmente me tornado dificil,decifrar se sera a compra da paz ou do fins dos apetites economicos da frelimo
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  • José Dias " Quanto mais coragem tiver o Herói, mais perigoso será o Vilão... "
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  • Celso Cossa Bem dito
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  • King Vasquinho King O Nyusi do pouco que pide ver é um Dicision Maker chave no processo de pacificação e coesao de várias tendências é um negociador que está disposto a cedência por qualquer preço. Justamente entre nós precisamos de refrear o líder cada vez tem discursos muito incendiários. Está insuportável DHL e como no adágio popular dois galos não podem cantar ao mesmo tempo na mesma capoeira eu penso que deve se calar DHL a qualquer preço. Eu apoio desde primeira hora este jovem tecnocrática ele é esperança apenas precisa de convencer as hostes castristas intestinais.
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  • Yussuf Adam Sentar a boca do orcamento pode ser um objectivo. Mas ha muitos outros factores de clivagem no pais / pais macrocefalo, cunha, candonga, amiguismo, corrupcao, etc.. Ha tambem longos processos historicos do povoamento de Mocambique e de construcao do estado. primeiro colonial e a sua definicao das fronteiras. E toda a carga dos estados que existiam antes do seculo xviii e como os conquistadores subjugaram a populacao local. Generalizacoes abusivas e simplificacoes ditadas por prejuizos politicos ou por valores que ignoram a realidade empirica do pais semeiam mais confusao do que compreensao. Os mediadores deviam ser mesmo mediadores e nao somente observadores.... Deveriam levar as partes a um consenso. Paz ja a qualquer preco e a qualquer custo. Quantos mortos ja custaram estas correrias_
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  • Maria Helena Franco Machavane Realmente os ultimos pronunciamentos do Lider da Renamo mostram claramente que ele não está interessado em resolver o problema do povo, mas sim em usurpar e tirar dividendos da "era dos recursos minerais" lamentavel é ver toda aquela gente em comicios sendo usada como justificação para a tal divisão regional.... afinal já não esta explorando minas em Nampula? faz-me muita confusão essa ambição desmedida......
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  • Yussuf Adam Numa situcao destas nao interessa saber o que e que disse cada uma das partes em conflito. E preciso mudar o foco do conflito e nao deitar achas a fogueira. E preciso concentrar no problema principal/ evitar a guerra, negociar, encontrar pontos de entendimento. Nao se apaga fogo com gasolina.... Comunicacao nao violenta e importante. Cada cidadao pode dar uma contribuicao....
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  • Abdul Magide Sidi Hassam Os ganhos que o Povo deve ter pela distribuicao dos ganhos provenientes dos recursos e nao so, outros negocios, devem ser tambem apresentados. Sobretudo o que vai ficando directamente nas maos dos que estao ligados aos investimentos e receitas respectivas,quanto vao pagar de impostos? Qual a estrutura tarifaria da venda dos produtos e ou servicos desses negocios? Enfim, ha muito que se diga...se DHL que a sua parte talvez seja porque alguem ja tem a dele...e nos outros o POVO? Qual sera a nossa parte? Nao esquecer. Nos somos o PATRAO!
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  • Felismino Santos Santos Mas pk nao questionam os k usam todos meios pra viciar processos eleitorais? vamos tentar ser honestos e justos uma vez na vida pra construir a dignidade e respeito k carece nalguns senhores k querem perpetuarem-se n poder a todo custo
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  • Carlos Quembo Caro Marcelo Mosse a sua analise sobre a primeira narrativa de Nyussi no ambito da celebracao do dia dos herois. E no geral aprecio as suas analises. Aprecio ainda mais porque sinto que existe um esforco genuino em consubstancia-las com dados, muitos dos quais de dificil acesso. A sua trajectoria profissional deve lhe ter conferido acesso a muita informacao que e inacessivel ao cidadao comum. Esta de parabens por isso. Gostaria de comentar sobre as reivindicacoes economicas da Renamo e sobretudo o reducionismo que a Maria Helena Franco Machavane faz. Penso que e um erro reduzir a Renamo a uma simples vontade de "usurpar e tirar dividendos da era dos recursos minerais", para alem de nao ajudar para uma analise constructivista, nao acrescenta nenhum valor para os esforcos de trazer uma solucao duradoira, a um problema que tem a sua historia, como bem indica o Prof Yussuf Adam. As analises reducionistas de Renamo sempre dominaram o discurso critico-cientifico e popular no meio mocambicano. Ora, como uma mao externa dos regimes de segragacao na regiao (primeiro a entao Rodesia do Sul e depois a Africa do Sul do Apartheid), com o apoio do bloco capitalista, no contexto da guerra fria. Esse reducionismo e que moldou a mente dos que negociaram o AGP(1992). Foi por causa deste reducionismo que assuntos intrinsecos politicos, tais como a desmilitarizacao e a integracao do braco armado da Renamo nao foi tratado devidamente no AGP. E hoje ele esta a ser usado. Foi por causa disso, que em vez de se negociar um acordo de paz genuino, concentraram em dar beneficios economicos a Renamo e hoje, no vovo xadrez economico, aqueles beneficios, ja sao relativamente insignificantes. Esse reducionismo da Helena, impede de perceber que a Renamo sofreu uma transformacao. Assim, embora a sua ala militar (ja na recta final) ainda exista, ha uma minoria-influente dentro da Renamo que tem projectos politicos. Estes, somente fazem uso do contexto actual e do potencial ameacador que a Renamo ainda representa num contexto de expansao economica, para avancar os seus projectos politicos. Eu nao simpatizo com a Renamo e nem sou apologista das suas facanhas inconsistentes e as vezes desajustadas, para alem de destractivas. Mas, as minhas obrigacoes profissionais, m obrigam a ser rigoroso nas analises. E neste senntido discordo plenamente com a Maria Helena Machavane, enquanto concordo com grande parte da analise que o Marcelo Mosse faz do significado do discurso de Nyussi. E sobre este, nao me surpreende. Isto e o minimo que ele podia dizer. estaria surpreso se ele rompesse com esse guebuzismo. Mas atencao: e um poco maquiavelico, dizer que "estou disponivel para dialogar e depois passar da esquina e comprar armas" . Nao se pode estar disposto a casar e ao mesmo tempo, preparar-se para o divorcio. Se o casamento sair nestas condicoes, e muito pouco provavel que ele supere as disavencas, que nao exisitriam, se o casamento nao tivesse acontecido.
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  • Brazao Catopola A questão do fundo é que muitos negociadores e comentadores ainda têm a percepção de que o problema principal é acomodar Dhlakama, isso até parece importante mas anterior a isso esta a questão em reclamação como criar condições para maximizar a resolução das condicionantes da guerra
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  • Jaime Tembe Serao so os apetites finaceiros e economicos? acho que os apetites do DHL sao tambem politicos julgo que ele quer mesmo e ter ministros e governadores. Provavelmente a geito daquilo que Mugabe fez com Morgan Tshivangrai no zimbabwe e daquilo que Mandela fez com Mangsuthu Buthelezi na RSA
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  • Marques Abdala Tempo a tempo
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  • Maria Joao Fernandes Na minha opinião claro que é ! Porque começo a ficar em dúvida o que pretendem! Em fim, ainda não houve um analista ou jornalista que foi capaz de fazer uma interpretação do que pretendem!
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  • Joao Jone Chicote Gosto a forma como criticamos a Renamo Resistência Nacional Moçambicana e o seu lider. Ora, pra os menos atentos, o discurso de divisao de pais nao eh de hoje, facto que faz com que presumivelmente nao seja os interesses economicos na "boca da botija". Ha outros interesses. Porque todos analistas argumentam interesses economicos? Simples. Fomos educados que o lider eh esfomeado e que a sua luta sempre foi pra desistabilizar o pais. " os chamados bandidos armados. Gente nao patriota". Na minha interpretacao temos que ir pra alem de questoes economicas...."eh inegavel a exclusao social, partidarizacao do estado, a suposta oligarquia instaurada, a descriminacao negativa dos simpatizantes da oposicao e da sociedade civel, desiquilibrios regionais e falta da unidade nacional no verdadeiro sentido da palavra. Podem ser situacoes que podem ajudar as reividincacoes de DHL. Pra todos efeitos, a autonomia das provincias pode ter enquandramento, tal como refere o professor cistac.
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  • Antonio Gulube O ex delegado da Renamo na beira a bons anos que o tempo levou, foi o primeiro a dar eco a divisao do mocambique apartir do rio save. Nessa altura nem se quer sasol explorava gas de temane, nem se quer sonhavamos em bacia de rovuma cheia de gas. De carvao era apenas monstro adormecido. Portanto cabeca fria pra analisarmos, juntarmos dados e no fim virmos como uma hipotese mais proxima a realidade. Acredito que ja aliciaram o Dhl com tudo pra que estivesse tranquilo nesses dias mas nao aceitou. Lembram das regalias do lider da oposicao? Isso e recente mas recusou.
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  • Mauro Pacule Se for possivel vamos comprar essa paz sim porque o povo nao quer morrer degolado com tiros!!!!
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  • Affonso Guerreiro Discordo!
    Resumir toda a postura (que vem de longe) do presidente da RENAMO às suas últimas intervençöes um tanto emotivas, é um erro. Há muito mais que isso.
    Entäo bastava que ele aceitasse definitivamente o Estatuto do Presidente da Oposiçäo e seu deputados tomassem posse, desarmasse seus homens, os integrassem nas FDS e pronto.

    Penso que estamos apenas a nos cansar dos discursos do Dhlakama e, com algum perigo, nos desfalecendo diante do verdadeiro problema. Devo deduzir, entäo, que a classe política da oposiçäo, em Moç. está a morrer? Se o problema é o "estômago", entäo já näo há quem defende os interesses do povo, é isso?
    Estäo, é tipo, dêem a esse gajo o que quer e que tudo volte ao mesmo esptado de antes?
    Isto é preocupante. Entäo, qual é o partido que está, realmente preocupado com o povo?
    Se já näo confiamos na oposiçäo, entäo estamos feitos. Uma vez alertei sobre esse ar conformista que a está a nos engolir, neste país.
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  • Carlos Quembo Caro Egidio Vaz na teoria da ciencia politica o termo "political economic settlement" e exotico. Mesmo se existisse, a sua traducao nao seria "entendimento acomodador". E verdade que podemos inovar nos termos, sobretudo para ajustar a realidade analisada. Nesse caso, temos que ter o cuidado de colocar o termo entre aspas. O termo que existe em teoria de ciencia politca e que pode-se aplicar ao aspecto que Marcelo Mosse traz na sua analise e "Political Settlement", que e em poucas palavras um entendimento entre as elites politcas, governantes e/ou com capacidade de influenciar os processos politicos, que visa essencialmente preservar a paz ou evitar um potencial conflito. Neste caso, este termo tem um valor para analisar o debate em causa. O termo "political settlement", que assim como tantas outros termos na lingua inglesa, nao tem traducao directa para o portugues, se aplica as dinamicas politicas ( e nao economicas). E obvio que estas dinamicas tem um impacto economico. Baseado neste conceito, pode-se argumentar que DHL-Renamo reivindicam uma reorganizacao do poder, de tal forma que possam assegurar, de forma duradoira um beneficio economico directo das novas oportunidades economicas patentes em Mocambique. Mas que se sublinhe, a barganha e politica e nao economica. E o conceito de "political settlement" ajuda a perceber esta barganha.
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  • Egidio Vaz Political settlement é de.facto o termo original e conheço-o há menos de seis meses graças ao Professor José Jaime Macuane durante a conferência do IESE. s
    Sobre as aspas, esquece Carlos Quembo, até porque o economic é redundante e dispensável. Devia ter-me entendido neste aspecto. Nunca quis inovar. O tempo não é apropriado
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  • Carlos Quembo Egidio Vaz, sim tambem li este paper do Macuane sobre politicalsettlement e acompanhei parcialmente o debate aqui no face. Se tiver algum interesse, existe um outro artigo de Carrie Manning " Conflict management and elite habituation in postwar democracy: the case of Mozambique, Comparative Politics, Vol. 35, No. 1 (Oct.,2002). Acessivel aqui: 
    Vol. 35, No. 1 (Oct., 2002), pp. 63-84http://ezproxy-prd.bodleian.ox.ac.uk:2084/stable/pdfplus/4146928.pdf?acceptTC=true. Se nao conseguir baixa-lo diga, posso enviar para teu e-mail. E relativamente antigo, comparado com o artigo co-publicado pelo Macuane. Contudo, e utel para perceber este termo "Political settlement".
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  • Egidio Vaz Thanks Carlos Quembo. Irei baixar, se não conseguir apito.
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  • Filipe Nhalungo Posso tentar, julgo que fica bem dizer acomodar nteresses da Renamo.
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  • José Jaime Macuane Carlos Quembo, está equivocado ao achar que o termo "political settlement" não envolve a dimensão económica. Pelo contrário, a componente económica é importante. Os "political settlements" devem ser viáveis tanto do ponto de vista político como económico. Um dos elementos trazidos no debate sobre os arranjos de acomodação dos interesses na sociedade e a construção da ordem social é de que quando há desproporcionalidade entre o poder e controlo dos meios de violência de um certo grupo e os beneficios económicos que disso deriva, há um potencial de instabilidade, porque os grupos que sentem prejudicados tenderão a quere mudar o settlement existente (Mustaq Khan). Esta hipótese pode ser testada no caso de Moçambique e creio que podemos ter evidências de sua plausibilidade. Há tempos passei aqui um link do programa Development Leadership Program - http://www.dlprog.org/.../political-settlements-the-first... - sobre a discussão do conceito de "political settlement" e as críticas ao mesmo. Quem puder sugiro que o leia. Também quem tiver a oportunidade e tempo pode ler o livro de North. Wallis e Weingast "Violence and social orders" e o livro preferido do Lazaro Mabunda no ano passado, de Acemoglu e Robinson, "Why nations fail/porquê as nações fracassam", apontado como um dos melhores livros de 2012 na área. Estas reflexões fazem parte da chamada "economia política", como o nome sugere, o estudo de como as relações políticas e económicas se influenciam mutuamente. O termo foi/é muito usado pelos pensadores marxistas decorrente da própria matriz do pensamento marxista sobre estas temáticas, mas também por outras correntes, por exempo, a nova economia institucional. O termo tem sido ultimamente usado de forma abusiva e imprecisa mesmo no jargão de desenvolvimento internacional - na verdade ambos (economia política e political settlement).
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  • Jorge Uaquihapala Nietzche chama a isso de ''vontade de poder''.
  • Carlos Quembo José Jaime Macuane o conceito political settlement nao e sobre aranjos economics. Mas sim sobre aranjos politicos, entre as elites, para preservar a paz ou evitar um potencial conflicto. E certo o que se refere. Contudo, isso se ajusta bem nas motivacoes e nas consequencias do political settlement or greed and grievances. E um aranjo entre as elites politicas e nao economicas. O que pode estar a gerar a porosidade deste termo e o facto de nalguns casos, e especialmente em contexto Africano, as elites politicas serem tambem elites economicas e o facto de as elites economicas se apropriarem do estado ou das suas instituicoes para fins economicos (ai a visao marxista do estado. E ai o valor deste termo para a economia politics). E muito facil cair nessa confusao porque a elasticidade entre o economico e o politico e poroso, tanto em teoria quanto na practica. Existe muito debate sobre o conceito, e verdade. Mas este evoluiu para o nivel da sua utiludade em tanto que conceito analitico. E os debates recentes sobre este conceito e o uso que as Nacoes Unidas dele, mostra a sua relevancia para o sucesso das politicas de desenvolvimento. Mesmo o livro que aludes no teu comentario: Why nations fail, escrito por incontornaveis na analise economica e political, de base conceptual Americana, stressam o papel do poder politico (usando dominantemente os termos extractive and inclusive state institutions e creative destruction) na producao da prosperodade e no combate a pobreza. Nesse sentido, ele pode conter algo relativo ao conceito political settlement, no sentido em que o poder politico (central no conceito de political settlement) e relevante para combater a pobreza e trazer a prosperidade duradoira (central no argumento de Acemoglu). Se levarmos as coisas assim, torna se dificil argumentar que Carlos Quembo esta equivocado.
  • José Jaime Macuane O equívoco, caro Quembo, está mesmo evidente na explicação que está a dar, na imbricação entre o económico e o político. Este problema não é apenas africano. Neste continente apenas toma contornos peculiares pela inversão da ordem dos factores - usando o termo de Acemoglu e Robinson - o investimento desproporcional nas instituições políticas extractivas e o seu uso na acumulação económica. No capitalismo esta ligação também existe e é forte (veja o argumento marxista). Ao dizer que o acordo é entre as elites políticas e não económicas faz tábua rasa de como as elites políticas se constroem e se mantêm, dai subvaloriza o elemento económico do settlement. Ora, na construção das elites políticas e da viabilidade do settlement a economia é importante. A posição relativa de poder dos grupos não se pode suster meramente com acordos políticos (vide o que aconteceu à Renamo), o poder económico ou o controlo deste é importante para suster este entendimento, porque se houver a percepção de que um grupo tem poder menor do que os benefícios que ele está a obter, o estímulo para mudar o status quo pode aumentar (não estou a ser dogmático, estou a usar o argumento de Khan). Portanto, o seu equívoco interpretação do political settlement continua, ao subestimar a importância do elemento económico.
  • Carlos Quembo Um bom exemplo Jose José Jaime Macuane e a teoria da Mao invisivel de Adam Smith. Ele se refere ao mecanismo de funcionamento do mercado e apela a intervencao minimalista do estado no mercado. E um conceito que se refere as relacoes economicas, concretamente a procura e a oferta. Nao se refere as relacoes politicas. Mas, e obvio de que as relacoes politicas sao determinantes no mercado. Alias, a propria teoria se refere ao estado. Mas se quisermos USAR esta teoria, no minimo e preciso estar Claro sobre o seu objecto. A aplicabilidade dum conceito e uma coisa. O seu objecto do conceito, o seu foco, e outra. E isso nao pode estar cinzento.
  • Carlos Quembo Well, parece estarmos a caminhar para um conundrum. EU nao negligencio a dimensao economica. Esta e sem duvidas um dos principais factores dinamizadores dos political settlement (sem negligenciar outros de naturesa sociocultural, etnico, tribal, etc), que sao politicos e nao economics. E digo claramente no meu comentario, que os political settlement tem um impacto directo no economico.
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