quarta-feira, 9 de julho de 2025

Israel atacou prisão no Irão. "O tiro saiu pela culatra"

 

epa12208092 Members of the media report from a damaged section of Evin Prison after recent Israeli airstrikes, in Tehran, Iran, 01 July 2025. Iran's judiciary stated that at least 71 people were killed in Israeli airstrikes on Evin Prison, which occurred on 23 June 2025. This incident took place during the 12-day Iran-Israel conflict, which started on 13 June. A US-mediated ceasefire between Iran and Israel was announced on 24 June. EPA/ABEDIN TAHERKENAREH© ABEDIN TAHERKENAREH/EPA

Faltavam poucos minutos para o meio-dia quando a primeira bomba israelita atingiu a prisão de Evin no dia 23 de junho. Perante o impacto, a assistente social Zahra Ebadi saiu do seu gabinete e correu para a zona dos visitantes, onde deixara Mehrad, o filho de cinco anos, a brincar – tinha levado o filho para o trabalho por não ter encontrado quem ficasse com ele nessa segunda-feira. Zahra foi morta por uma segunda explosão, assim como Mehrad, um colega que o tentou proteger dos estilhaços e outras quatro assistentes sociais que trabalhavam na prisão. O ataque de Israel à prisão iraniana foi reconstituído pelo New York Times, baseado em relatos de testemunhas a diferentes media iranianos.

Ao todo, em poucos minutos, Israel terá lançado seis ataques aéreos contra quatro áreas do complexo prisional. O ataque matou pelo menos 71 pessoas, incluindo vários funcionários e guardas, mas também reclusos e civis que se encontravam na prisão durante o horário de visitas. Localizada no norte de Teerão, Evin foi construída em 1971, pelo regime do Xá Reza Pahlevi, mas ganhou notoriedade internacional sob a República Islâmica, pela detenção de opositores políticos e cidadãos internacionais (muitas vezes sujeitos a julgamentos sumários) pelo recurso à tortura contra os prisioneiros e por levar a cabo execuções.

A justificação israelita para os ataques a este alvo foi dupla: por um lado, o porta-voz do Exército israelita, Effie Defrin, declarou que a prisão era de “operações dos serviços de informação contra o Estado de Israel, incluindo contraespionagem”. Já o ministro dos Negócios Estrangeiros classificou o ataque como uma resposta aos ataques iranianos contra alvos civis em Israel. “Avisámos o Irão uma e outra vez: parem de visar civis! Eles continuaram, incluindo esta manhã. A nossa resposta: Viva la libertad, carajo!”, escreveu Gideon Sa’ar no X.

Para ler este artigo na íntegra, clique aqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário

MTQ