Pensar até doer a cabeça
Recebi de várias fontes o texto que partilho em seguida. Deve ser brasileiro. Tem uma abordagem que manifesta algumas das limitações na nossa maneira de abordar o país. Comento-o nos parênteses que abri no próprio texto.
Bom dia ilustre.
Recebi este texto muito coerente. Nos impõe a responsabilidade de pensar um pouco mais sobre nossas ações, especialmente num ano de escolhas para nosso Pais.
Leitura recomendável.
Ademar Seccatto
A Diferença entre as Nações Pobres e Ricas não é a Idade da Nação [falso: nem sempre a idade duma nação constitui bom critério para determinar o sucesso, ou não, duma nação. Contudo, o tempo que um país teve para desenvolver as suas estruturas políticas e económicas pesa no sucesso. Ademais, como o exemplo da China e da Índia demonstra, a idade ajuda quando depois duma interrupção como o colonialismo, uma nação pode se basear nas experiências do passado. Alías, foi isso que permitiu a recuperação da Europa após a Segunda Guerra Europeia].
Isto pode ser demonstrado por países como *Índia e Egito,* que têm mais de 2000 anos e *são países pobres* ainda [falso: o que se demonstra aqui são os efeitos nefastos da colonização. De resto, há aqui o viés da disponibilidade que exclui o Império Romano da equação. Na medida que esse Império já não existe, se calhar o Egipto é um caso de sucesso!].
Por outro lado, *Canadá, Austrália e Nova Zelândia,* que há 150 anos atrás *eram insignificantes,* hoje são países desenvolvidos e *ricos.* [falso: Nenhum desses países foi colónia no sentido em que outros países foram. Todos eles basearam-se na expropriação de populações autóctones e foram a continuação de nações europeias dominantes].
A diferença entre a *nação pobre e rica não depende também dos recursos naturais disponíveis.* [impreciso: Isto não quer dizer nada. Os recursos naturais têm conjuntura e a sua exploração depende de muito mais do que a sua disponibilidade. Há países que se afundam em guerras por terem recursos naturais]
*Japão* tem um território *limitado*, 80% montanhoso, inadequado para a agricultura ou agropecuária, mas *é a segunda economia do mundo.* O país é como uma imensa fábrica flutuante, *importando matéria-prima de todo o mundo e exportando produtos manufaturados.* [Ilógico: o Japão beneficiou dum momento muito particular; não é todo o país sem recursos naturais que se deu bem, da mesma maneira que não é todo o país com abundância de recursos que se deu mal. É preciso entender que brecha estrutural mundial beneficiou as decisões que o Japão tomou num determinado momento]
Segundo exemplo é *a Suíça,* onde *não cresce cacau* mas produz os *melhores chocolates do mundo.* Em seu pequeno território ela cuida de suas vacas e *cultiva a terra apenas por quatro meses ao ano,* não obstante, *fabrica os melhores produtos de leite.* Um *pequeno país* que é uma imagem de segurança que *tornou-se o banco mais forte do mundo.* [incompleto: o Gana e a Costa do Marfim são os maiores produtores de cacau e têm uma indústria de produção de chocolate. Mas antes de dizer que eles deviam ter vergonha é preciso olhar para o contexto dentro do qual eles tiveram que desenvolver isso e a vantagem – estrutural, política e económica – que a Suíça levou, para além de que o “sucesso” suíço se deveu a uma invenção fortuita feita por um homem num momento particularmente auspicioso]
*Executivos* de países ricos que *interagem* com seus homólogos dos países pobres não mostram nenhuma diferença intelectual significativa. [irrelevante: inteligência não é igual a inteligência. O contexto é determinante para fazer valer a inteligência. Os executivos de países ricos movimentam-se em contextos onde as coisas funcionam, por isso podem dedicar a sua energia intelectual a coisas essenciais]
Os *fatores raciais* ou de cor, também, *não têm importância:* imigrantes fortemente *preguiçosos* em seus países de origem, *são altamente produtivos em países ricos* da Europa. [estúpido: não há imigrantes fortemente preguiçosos. Existem condições estruturais que podem fazer com que as pessoas não se apliquem o suficiente. As economias funcionais dos países ricos constituem um forte incentivo à aplicação]
*Então, qual é a diferença?*
A *diferença é a atitude das pessoas, moldadas durante muitos anos pela educação e cultura.* [bullshit! A diferença é todo um conjunto de circunstâncias históricas, económicas, militares e políticas que colocou certos países na senda do desenvolvimento e travou o desenvolvimento de outros países. A estrutura económica dominante assenta no jogo da soma zero com vantagem para quem num determinado momento teve a oportunidade de construir o mundo à sua imagem]
Quando analisamos o comportamento das pessoas dos países ricos e desenvolvidos, observa-se que *uma maioria respeita os seguintes princípios de vida:* [falso: não são as pessoas que respeitam esses princípios. É o contexto que torna o respeito por esses princípios a única maneira de garantir a sobrevivência das pessoas e do sistema social; o vendedor informal que ignora a legislação não o faz porque é bandido por natureza]
1. Ética, como princípio básico. [falso: não existe “ética” sem qualificação. Nos países ricos viola-se a ética local]
2. Integridade. [falso: os países ricos não foram primeiro íntegros, depois se desenvolveram]
3. Responsabilidade. [falso: os países ricos não foram primeiro responsáveis, depois se desenvolveram]
4. O respeito pela legislação e regulamentação. [idem mesma coisa...]
5. O respeito da maioria dos cidadãos pelo direito do outro. [impreciso: que “direito” do outros?]
6. O amor ao trabalho. [bullshit: então aqueles vendedores informais que ficam todo a deambular pela cidade não enriquecem porque não amam o trabalho?]
7. O esforço para poupar e investir. [falso: como é que você poupa e investe o que não tem?]
8. A vontade de ser produtivo. [bullshit: quem não tem essa vontade? Então os negros americanos não evoluíram porque naqueles anos de escravatura não tinham a vontade de ser produtivos?]
9. A pontualidade. [falso: a pontualidade é efeito da industrialização]
10. O orgulho de cumprir com o seu dever. [delírio!]
Nos países pobres, uma pequena minoria segue esses princípios básicos em sua vida diária. [Não! Nos países pobres seguir estes princípios não constitui receita de sucesso]
Não somos pobres porque nos falta recursos naturais ou porque a natureza foi cruel conosco.
*Somos pobres porque nos falta atitude.* Falta-nos vontade de seguir e ensinar esses princípios de funcionamento das sociedades ricas e desenvolvidas. [Triste! É como Harriet Trubman disse: ela teria salvo mais gente se as pessoas soubessem que eram escravas...]
ESTAMOS NESTE ESTADO PORQUE *QUEREMOS LEVAR VANTAGEM SOBRE TUDO E TODOS.* [bullshit!]
ESTAMOS NESTE ESTADO PORQUE VEMOS ALGO FEITO DE FORMA ERRADA E DIZEMOS - *"Não é meu problema"* [bullshit!]
DEVERÍAMOS LER MAIS E AGIR MAIS! [é evidente que a leitura não ajudou o autor do texto]
SÓ ENTÃO SEREMOS CAPAZES DE MUDAR NOSSO ESTADO PRESENTE. [bullshit!]
Se você não encaminhar esta mensagem nada vai acontecer com você. [vai sim! Você vai se sentir bem por não circular Fake News]
Mas, *se você ama seu PAÍS* tente fazer circular esta mensagem para que o máximo número de pessoas possível, *reflita sobre isso.* [por favor, não!]
Recebi este texto muito coerente. Nos impõe a responsabilidade de pensar um pouco mais sobre nossas ações, especialmente num ano de escolhas para nosso Pais.
Leitura recomendável.
Ademar Seccatto
A Diferença entre as Nações Pobres e Ricas não é a Idade da Nação [falso: nem sempre a idade duma nação constitui bom critério para determinar o sucesso, ou não, duma nação. Contudo, o tempo que um país teve para desenvolver as suas estruturas políticas e económicas pesa no sucesso. Ademais, como o exemplo da China e da Índia demonstra, a idade ajuda quando depois duma interrupção como o colonialismo, uma nação pode se basear nas experiências do passado. Alías, foi isso que permitiu a recuperação da Europa após a Segunda Guerra Europeia].
Isto pode ser demonstrado por países como *Índia e Egito,* que têm mais de 2000 anos e *são países pobres* ainda [falso: o que se demonstra aqui são os efeitos nefastos da colonização. De resto, há aqui o viés da disponibilidade que exclui o Império Romano da equação. Na medida que esse Império já não existe, se calhar o Egipto é um caso de sucesso!].
Por outro lado, *Canadá, Austrália e Nova Zelândia,* que há 150 anos atrás *eram insignificantes,* hoje são países desenvolvidos e *ricos.* [falso: Nenhum desses países foi colónia no sentido em que outros países foram. Todos eles basearam-se na expropriação de populações autóctones e foram a continuação de nações europeias dominantes].
A diferença entre a *nação pobre e rica não depende também dos recursos naturais disponíveis.* [impreciso: Isto não quer dizer nada. Os recursos naturais têm conjuntura e a sua exploração depende de muito mais do que a sua disponibilidade. Há países que se afundam em guerras por terem recursos naturais]
*Japão* tem um território *limitado*, 80% montanhoso, inadequado para a agricultura ou agropecuária, mas *é a segunda economia do mundo.* O país é como uma imensa fábrica flutuante, *importando matéria-prima de todo o mundo e exportando produtos manufaturados.* [Ilógico: o Japão beneficiou dum momento muito particular; não é todo o país sem recursos naturais que se deu bem, da mesma maneira que não é todo o país com abundância de recursos que se deu mal. É preciso entender que brecha estrutural mundial beneficiou as decisões que o Japão tomou num determinado momento]
Segundo exemplo é *a Suíça,* onde *não cresce cacau* mas produz os *melhores chocolates do mundo.* Em seu pequeno território ela cuida de suas vacas e *cultiva a terra apenas por quatro meses ao ano,* não obstante, *fabrica os melhores produtos de leite.* Um *pequeno país* que é uma imagem de segurança que *tornou-se o banco mais forte do mundo.* [incompleto: o Gana e a Costa do Marfim são os maiores produtores de cacau e têm uma indústria de produção de chocolate. Mas antes de dizer que eles deviam ter vergonha é preciso olhar para o contexto dentro do qual eles tiveram que desenvolver isso e a vantagem – estrutural, política e económica – que a Suíça levou, para além de que o “sucesso” suíço se deveu a uma invenção fortuita feita por um homem num momento particularmente auspicioso]
*Executivos* de países ricos que *interagem* com seus homólogos dos países pobres não mostram nenhuma diferença intelectual significativa. [irrelevante: inteligência não é igual a inteligência. O contexto é determinante para fazer valer a inteligência. Os executivos de países ricos movimentam-se em contextos onde as coisas funcionam, por isso podem dedicar a sua energia intelectual a coisas essenciais]
Os *fatores raciais* ou de cor, também, *não têm importância:* imigrantes fortemente *preguiçosos* em seus países de origem, *são altamente produtivos em países ricos* da Europa. [estúpido: não há imigrantes fortemente preguiçosos. Existem condições estruturais que podem fazer com que as pessoas não se apliquem o suficiente. As economias funcionais dos países ricos constituem um forte incentivo à aplicação]
*Então, qual é a diferença?*
A *diferença é a atitude das pessoas, moldadas durante muitos anos pela educação e cultura.* [bullshit! A diferença é todo um conjunto de circunstâncias históricas, económicas, militares e políticas que colocou certos países na senda do desenvolvimento e travou o desenvolvimento de outros países. A estrutura económica dominante assenta no jogo da soma zero com vantagem para quem num determinado momento teve a oportunidade de construir o mundo à sua imagem]
Quando analisamos o comportamento das pessoas dos países ricos e desenvolvidos, observa-se que *uma maioria respeita os seguintes princípios de vida:* [falso: não são as pessoas que respeitam esses princípios. É o contexto que torna o respeito por esses princípios a única maneira de garantir a sobrevivência das pessoas e do sistema social; o vendedor informal que ignora a legislação não o faz porque é bandido por natureza]
1. Ética, como princípio básico. [falso: não existe “ética” sem qualificação. Nos países ricos viola-se a ética local]
2. Integridade. [falso: os países ricos não foram primeiro íntegros, depois se desenvolveram]
3. Responsabilidade. [falso: os países ricos não foram primeiro responsáveis, depois se desenvolveram]
4. O respeito pela legislação e regulamentação. [idem mesma coisa...]
5. O respeito da maioria dos cidadãos pelo direito do outro. [impreciso: que “direito” do outros?]
6. O amor ao trabalho. [bullshit: então aqueles vendedores informais que ficam todo a deambular pela cidade não enriquecem porque não amam o trabalho?]
7. O esforço para poupar e investir. [falso: como é que você poupa e investe o que não tem?]
8. A vontade de ser produtivo. [bullshit: quem não tem essa vontade? Então os negros americanos não evoluíram porque naqueles anos de escravatura não tinham a vontade de ser produtivos?]
9. A pontualidade. [falso: a pontualidade é efeito da industrialização]
10. O orgulho de cumprir com o seu dever. [delírio!]
Nos países pobres, uma pequena minoria segue esses princípios básicos em sua vida diária. [Não! Nos países pobres seguir estes princípios não constitui receita de sucesso]
Não somos pobres porque nos falta recursos naturais ou porque a natureza foi cruel conosco.
*Somos pobres porque nos falta atitude.* Falta-nos vontade de seguir e ensinar esses princípios de funcionamento das sociedades ricas e desenvolvidas. [Triste! É como Harriet Trubman disse: ela teria salvo mais gente se as pessoas soubessem que eram escravas...]
ESTAMOS NESTE ESTADO PORQUE *QUEREMOS LEVAR VANTAGEM SOBRE TUDO E TODOS.* [bullshit!]
ESTAMOS NESTE ESTADO PORQUE VEMOS ALGO FEITO DE FORMA ERRADA E DIZEMOS - *"Não é meu problema"* [bullshit!]
DEVERÍAMOS LER MAIS E AGIR MAIS! [é evidente que a leitura não ajudou o autor do texto]
SÓ ENTÃO SEREMOS CAPAZES DE MUDAR NOSSO ESTADO PRESENTE. [bullshit!]
Se você não encaminhar esta mensagem nada vai acontecer com você. [vai sim! Você vai se sentir bem por não circular Fake News]
Mas, *se você ama seu PAÍS* tente fazer circular esta mensagem para que o máximo número de pessoas possível, *reflita sobre isso.* [por favor, não!]
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