quarta-feira, 15 de abril de 2020

E para provocar outras abelhas


Elisio Macamo
13 Nisan, 18:06 ·

E lá vou eu de novo em contramão… Há uma discussão em curso sobre os milionários subsídios de reintegração social e outras regalias dos nossos deputados. Compreendo a indignação, mas acho que ela peca por olhar apenas para um lado da questão. Na verdade, ela tem dois lados.

Um lado é o princípio por detrás da remuneração dos deputados. A nossa democracia é resultado dum conflito. Mantê-la, pelo menos teoricamente, é a diferença entre ter conflito ou não ter conflito. Quem vai para a política faz, pelo menos teoricamente, um sacrifício pessoal pelo bem de todos. O seu desempenho pode ser mau – como geralmente é – e não ajudar realmente – como também é o caso actualmente – na preservação da paz, mas isso não invalida o princípio na base do qual se avalia o significado da sua participação política. O que pagamos ao deputado é o que custa a democracia.

O outro lado é o valor que o País deve despender para honrar esse sacrifício. Não me parece prudente calcular esse valor em função daquilo que a maioria não tem, por mais aliciante que esse argumento seja do ponto de vista ético. Usando esse argumento não haveria como justificar qualquer que fosse o salário no País. É claro que a capacidade financeira do Estado constitui um critério importante. O que me parece pesar mais, contudo, é o que aconteceria se não valesse à pena fazer política.

Seria bom para o sistema político que só fossem deputados aqueles que têm dinheiro suficiente e, por isso, não precisam do dinheiro público para sobreviverem? Que interesses defenderiam essas pessoas lá no parlamento? Seria bom para o sistema político que os deputados fossem vulneráveis à corrupção por receberem salários de miséria? Não digo que não sejam agora, mas o facto de cuidarmos bem deles agora dá-nos mais força moral para exigirmos deles outra postura.

Depois há ainda um problema estrutural sério que não estamos a equacionar. Os deputados das bancadas minoritárias dão uma percentagem dos seus rendimentos aos seus partidos. Sem acesso ao Estado como o partido no poder, estes outros dependem também do que os seus deputados auferem para se manterem. É um subsídio indirecto do estado aos partidos... e precisamos mais de partidos sólidos do que de OSC que também recebem, ainda que dos doadores, muito mais do que seria justificado.

A outra discussão que precisamos de fazer é sobre como avaliar o seu desempenho. Parte da indignação vem daqui. O desempenho dos deputados não é bom, mas isso reflecte um problema de todo o sistema político. Os deputados não representam os seus eleitores. Eles representam os partidos em cujas listas eles concorreram. Eles são fiéis ao partido, não a quem neles confiou para ajudar a resolver os seus problemas. Sem abordarmos seriamente este problema primeiro não vejo muita utilidade na discussão sobre a reintegração. Parece apenas inveja de quem fez essa opção. É como dizer que Cristiano Ronaldo não devia receber mais do que um enfermeiro. Bom tema, mas inútil...




108Manuel Araujo, Ricardo Santos ve 106 diğer kişi

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Celia Meneses Eu acho que a questão tem haver com o momento que vivemos, em que as pessoas não conseguem vender nem comprar nada pois ou estão no desemprego ou sem
clientela e vêm estes marmanjos comer como se nada se passasse a sua volta. Precisamos urgentemente de gente humana e solidária.
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Elisio Macamo sem dúvidas. mas é preciso separar as coisas. há o princípio e há a aplicação. eu acho que o princípio é bom. os deputados precisam de boas condições de trabalho. isso é importante para a democracia.
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David Adriano Nota Prof. Moçambique é um país de "bananas". Num país como nosso, com problemas graves de saúde, educação deficitária, quase a metade da população a viver na miséria, ainda vão dar 4 milhões de meticais aos deputados para se reintegrarem na sociedade, Hehehehehehehe, que reintegração? Porque não integram os jovem que abandonam os estudos e vão para a vida militar? Estes jovens recrutas quando voltam a vida civil são abandonados a sua sorte. Vão dar 4 milhões a um deputados que já ganhem bem, e concorreram por livre e espontânea vontade para serem deputados. Outra coisa, boa parte dos deputados em Moz tem profissão, quando cumprem o mandato e não são reeleitos, voltam ao seu emprego normalmente. Todos nós vamos ser políticos em Moz, acho é a única via para sermos "ricos". Eu ainda não li o tal decreto ou lei que dá estes benefícios absurdos, mas quantas vezes vão ter que reintegrar um deputado? Ele é eleito para um mandato e depois não consegue se reeleger, aí lhe são os 4 milhões, fica por fora uns 5 anitos e depois volta a ser eleito, depois vai ter que lhe reintegrar de novo. Kkkkkk
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Elisio Macamo isto é demagogia. num país como o nosso faria sentido que toda a gente fosse paga uma miséria para não ser diferente da maioria. vamos com calma! pode se discutir o montante, mas essa discussão não pode partir do princípio de que não é preciso dar boas condições aos deputados porque têm profissões.
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David Adriano Nota Elisio Macamo eles ja tem boas condições salariais e regalias, a questão é, reintegrar oque? Eles não estão integrados?
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Elisio Macamo David Adriano Nota, está a discutir o supérfluo.
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Francisco Carmona David Adriano Nota e porquê é preciso pagar para ele se reintegrar. Estava desintegrado? Donde? Do povo que reclama representar? Ha gente que toma banhos intermináveis em Mambone para poder estar em lugares elegíveis nas listas partidárias. Ser deputado é um bom tacho. Concordo que é preciso remunerar bem os nossos representantes, médicos, professores etc, mas de que o processo "reintegracao" é pornográfico, isso é.
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Sebastiao Conceiçao Niko ga. Pornographic
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Isabel Maria Casimiro Não tens razão Elísio. Ja fui deputada 1 mandato e quando não havia as fantásticas condições que MP's têm hoje. Eu sempre fui docente, recebia 3 vezes mais como deputada na 1@ legislatura multipartidária. Vamos avaliar o tra alho dessa gente, piorou e bem e as suas mordomias aumentaram exponencialmente - palavra muiro repetida hoje. Essa gente não precisa de reveber por reintegração nenhuma. Há quem volte ao seu emprego anterior como já dito e há wuem tenha criado redes que facitarãoa sua vida. Posso falar-te de muitas/os que estiver comigo e eu encontrei depois como empresárixs em várias partes de Moç
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Ricardo Santos Está dito e mão mexe mais!
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Alfredus Ezequias Tchambule “... dão uma percentagem dos seus rendimentos aos seus partidos.”

Se isto é verdade, então eu vivo no planeta Marte.
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Elisio Macamo é o que consta, mas posso estar equivocado.
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Alfredus Ezequias Tchambule Elisio Macamo: isso não faz ciência.
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Cremildo Bahule ...acho que hoje o cálice irá cair.
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Brazao Catopola Bem interessante está percepção. Vamos em partes. A nossa democracia resulta de um conflito. Não deixa de ser verdade este facto mas peca primeiro por conduzir a uma percepção de que para sempre se viva nesse argumento de viver bem porque esteve na guerra, portanto, mais 11 eleições não sei se isso seria sustentável. Segundo, os deputados ao longo do período dos seus mandatos e têm salários muito avultados para além de outras regalias o que a prior presume estar melhor que qualquer outro mortal, que seja pago pelo erário publico. É sim necessário pensar nas condições estruturais para a seleção dos deputados faz tempo que digo e mantenho a posição de que não concordo com uma eleição com listas fechadas pois estes, deputados, jamais, pelo menos na nossa conjuntura, prestarão contas aos seus representantes mas aos partidos daí a logica (não tenho dados- de dadarem parte dos seus ordenados). A terceira questão prende-se com o não comparar as funções. Claro que não se deve comparar, no entanto é preciso entender que esses deputados são "funcionários públicos" e ao logo da sua prestação de mandato estão em melhores condições que qualquer um outro. Neste sentido o termo de comparação não pode ser o que eles já fizeram para receberem o tal substituição, mas sim o que lhe deu condições para estar naquela condição de mais benefícios ... Eu não estou a favor desse subsídio
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Elisio Macamo o argumento das condições em que a nossa democracia nasceu é forte, não importa se concorda ou não. é um sacrifício que eles fazem por todos nós, sim senhor! se vai ser sempre assim é outro assunto, daí que eu sugiro que a discussão não comece por aí, mas sim pela questão de como a gente avalia o seu desempenho e se este modelo é funcional. agora, mesmo na função pública há diferenças enormes no salário. que justificação há para isso senão a importância relativa que se confere a uma coisa? porque é que é que um professor catedrático deve auferir muito mais do que um associado ou assistente? que diferença há na productividade? como você mede a qualidade? a questão do subsídio não é a mais importante, é o que estou a dizer aqui.
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Sebastiao Conceiçao Professor Macamo levanta aqui uma questao quanto a mim muito importante, que vezes me veio, ao reflectir sobre o que se toma em conta para melhor remuneracao no nosso solo patrio. Creio que a questao de facto é maior, é um sistema global. Julgo relevante partirmos da produtividade para concluirmos se sicrano ou beltrano merece a remuneracao ou não. Com o sindroma do Diploma e dumbanengues que funcionam em garagens a proliferarem titulos como fabricas de salchichas, vemos gente com mobilidade estonteante sem produtividade a merecer e gozar de altos beneficios sem oficios. Na discussao em causa de facto há gente que faz 2 ou mais mandatos e sai sem dizer nada e muito menos fazer, mas no final é reintegrada em igualdade de circunstancias com quem foi conhecido por suas intervencoes e accoes. A questao da produtividade quanto a mim é basica. Precisamos de uma balanca, nao interessa se mecanica ou electronica, em todas esferas de oficio, que nos permite pesar as razoes de presenca de cada membro. Ainda estamos distante e por esta razao precisamos trabalhar mais.
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Jaime Luis Jemuce No dia em que chegarmos no nível de votarmos no deputado, e não na chapa do partido, aí teremos como exigir o deputado, agora só podemos exigir a chapa dos partidos no qual eles estão vinculados para que nos prestem contas.
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Elisio Macamo aí está! essa é a discussão.
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Tomas Mario Não, não posso concordar consigo, neste assunto em particular, caro Prof. Elisio Macamo!
As questões que coloca, sobre o nosso sistema politico- que é mais uma partidocracia do que uma democracia – são tão obvias quanto antigas! A esse respeito já muito se escreveu e debateu: o povo não tem eleito nenhum deputado; quem os elege, na verdade, são os respectivos partidos políticos, ficando para o povo o mero acto de os …sufragar!
Por ser assim, este sistema não permite ao povo pedir contas a estes deputados, pois eles, individualmente considerados, não assumiram qualquer contrato com os eleitores. Este é um assunto estrutural da nossa democracia. A ele estão associados outros, como – também já largamente debatida – a questão dos super poderes do Presidente da República que, entre outras consequências, nos empurraram para as famigeradas dividas ocultas Por aqui estamos conversados.
Agora a consideração de que fazer politica em Moçambique seria um sacrifício, cujo consentimento deva ser bonificado, a qualquer custo…bom, só pode mesmo lembrar-me a célebre frase do ditador português, Antonio Oliveira Salazar, que disse um dia ao seu povo ( cito de memoria esta frase, lida algures:
“se soubésseis quão difícil é governar… haveríeis de obedecer sem nunca reclamar…”
Ninguém fica Deputado a contragosto. Antes pelo contrario: rolam rios de dinheiro nas eleições internas dos Partidos Políticos, para se assegurar lugares elegíveis nas listas. Disto sabemos todos.
Não creio, pois, que os cidadãos se devam exonerar do seu direito legítimo de questionar sobre a moralidade da vida pública e em particular, sobre o que me parece serem sinais de absoluto desprezo pelas condições abjectas em que vive a maioria dos moçambicanos.
Assiste-nos, sim, e seja em que regime politico o pais estiver a ser governado, o direito de exigir, da conduta dos servidores públicos, algum sinal, por ténue que seja, de que escutam o clamor dos cidadãos e são solidários para com as suas solicitações humanas, tão paralisantes. Tomo aqui de empréstimo uma expressão sua: uma questão de decência!
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Elisio Macamo com todo o respeito, Tomas Mario, acho o comentário algo irrelevante. a questão que o post levanta é a importância do princípio que é promovido pela remuneração. agora, como o deputado chega lá, quanto paga a quem, como faz o seu trabalho, etc. é num primeiro momento totalmente irrelevante. a gente não vai deixar de remunerar os médicos moçambicanos só porque eles têm a reputação de não fazerem bem o trabalho. a gente remunera a importância que o seu trabalho tem para a sociedade, independentemente da forma como eles fazem o trabalho. contudo, é legítimo colocar a questão de saber se eles fazem bem o trabalho e como ele deve ser avaliado. podemos fazer essa discussão sem pôr em causa o princípio. não vejo como salvaguardar a democracia em moçambique sem deputados bem remunerados. é injusto para todos os outros que não estão na política, mas é importante para a democracia.
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Helio Filemone Inguane Os deputados fixam salário e ainda devem receber um "delta" de integração. Esse valor está a anos luz da nossa realidade.
1. O valor acho exagerado
2. Outra nódoa é o facto de todos receberem mesmo estando nesta legislatura
3. Porque não se cria um fundo para todo servidor público?

São muitas perguntas
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Elisio Macamo Helio Filemone Inguane, está a misturar assuntos, infelizmente.
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Tomas Mario Elisio Macamo Estou, obviamente, de acordo, que os deputados e quaisquer outros servidores públicos sejam bem pagos: claro que sim! Só que não é disso que a polemica trata!
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Elisio Macamo Tomas Mario, e o que digo é que antes dela ser sobre o montante devia ser como avaliar o desempenho. qualquer pessoa pode dizer que é muito, mas se não há clareza sobre o que remuneração recompensa e protege essa discussão vai ser inútil. eu não os considero uns santinhos, mas não olho para eles individualmente. olho para o significado dessa remuneração. é isso que o texto defende.
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Raul Junior Livro Verde do Muammar Gaddafi!!!
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Dioclécio Ricardo David Senhor Professor Elisio Macamo, permito-me, sem querer - até porque não conseguiria - questionar o método empregue para a sua problematização ao tema, a questão prévia não devia ser a de “por que razão deve haver uma reintegração social do deputado no nosso contexto democrático”? Creio que a legitimação desta reintegração social é que, por conseguinte, propiciaria um debate profícuo em relação às condições e termos da aludida reintegração social. Muito obrigado.
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Elisio Macamo não, a questão prévia é como garantir que as pessoas se interessem pela política activa.
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Dioclécio Ricardo David Senhor Professor Elisio Macamo, entendo e até julgo um excelente ponto de partida para um debate estruturado, complexo e holístico em relação aos pressupostos subjectivos e objectivos para cooptação dos cidadãos para o exercício da política activa. Contudo, há bocado reverifiquei alguns direitos do deputado que me parecem interessantes para o debate cuja consagração surpreendi no Estatuto do Deputado, nomeadamente (i) dispensa da actividade laboral, (ii) contagem integral do tempo do seu mandato para efeitos de antiguidade e promoção no local de trabalho, (iii) acréscimo, para efeitos de aposentação no Estado, de 50% na contagem de tempo de serviço, correspondente ao período do exercício do mandato, (iv) GARANTIA DE MANUTENÇÃO DO POSTO DE TRABALHO, e (v) promoção e progressão nos termos da lei. Ora, Senhor Professor, sem embargo de possivelmente estar a desviar o busílis da questão, os direitos estatutariamente consagrados a favor do deputado que referenciei não garantem que um cidadão se interesse pela política activa? Vejo isto numa perspectiva de se ele, o cidadão que queira ser deputado ou mesmo o deputado, mantém todos os direitos e regalias relativos ao seu anterior emprego, então por que deve merecer uma reintegração social se o seu posto de trabalho está legalmente assegurado? Daí a minha questão prévia relativa a legitimidade da reintegração social? E esta questão não a faço por estar contra ou a favor - até porque isso seria irrelevante para a discussão (a existir!). Faço-a, pois o exercício da política activa confere ao cidadão outros ganhos indirectos tais como visibilidade, influência, informação privilegiada, rede de contactos, etc etc. e decerto não seria a reintegração social o atractivo determinante.
Muito obrigado.
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Elisio Macamo Dioclécio Ricardo David, esse é um reparo excelente. não dispunha desse dado e ele traz novos elementos para a discussão do assunto. mas repare que isso reforça parte do que estou a dizer aqui. a questão, contrariamente ao que se discute por aí, não é que eles não precisam porque não estão a fazer favor a ninguém, mas sim que porque, segundo os dados que traz aqui, isso já está previsto na lei! esse é o ponto de partida para a discussão! percebe?
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Dioclécio Ricardo David Senhor Professor Elisio Macamo, percebo e muito obrigado pela atenção.
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Cristiano Daniel Rosario Naene Totalmente em desacordo, estamos a premiar a mediocridade dos nossos politicos, e a um custo incalculavel, para mais a esta altura e nestas circunstâncias ....
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Elisio Macamo não é possível discutir opinião.
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Reginaldo Mutemba "Deixamos de discutir a prestacao de deputado, discutimos os ganhos"! Nao ha decencia, nisso, pelas condicoes em que sao eleitos, e, o que realmente fazem pelos eleitores... 90% deles dormem durante as sessoes, acordam apenas para votar, nao teem iniciativa legislativa, nao protegem o Estado e aos eleitores, mas a barriga deles... Sabendo se que apenas recebem apenas por estarem na politica de barriga, nao ha "decencia", nisso, como professor tem dito.
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Elisio Macamo a questão que levanto é essa. vamos discutir primeiro a prestação, depois os ganhos ajustados aos critérios que tivermos definido. andar aí a gritar que eles são medíocres e recebem muito parece-me inútil.
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Cristóvão Nenengue Opss, sem querer ser pessimista, este poderia ser um falso debate, na medida em que os que supostamente devíam ser os dignos representantes do povo já habituaram ao povo o desrespeito à sua vontade, por um lado, sendo que por outro lado este mesmo povo torna-se a foragem da qual os políticos se alimentam nos períodos pré-eleitorais e eleitorais! Ora vejamos, este povo que se fez sustentáculo para que os membros dos partidos políticos tomassem o poder, hoje estão feito abelhas zumbindo trancadas numa colmeia, por conta de um favo sem mel, do qual deliciam-se os apicultores das vitórias retumbantes e esmagadoras, bem como a oposição destrutiva representada pelas duas bancadas minoritárias, q apenas votam a favor de coisas q lhes poderão ser posteriormente benéficas! De que reinserçã social do deputado se trata? Os deputados, eles não estavam antes inseridos numa comunidade e não continuam ligados a tais comunidades (seus círculos eleitorais)? De que reinserção se trata!? Numa altura em que estamos em conflito nas regiões Centro e Norte do país (onde os soldados e militares ressentem-se de problemas básicos de logística) e ainda enfrentamos um problema global (a covid-19), toda medida de contenção de custos é salutar. Os deputados precisam revestir-se do rosto do povo e não de um lobo vestido a carneiro que só se encontram junto do povo quando houver intentos por alcançar, porém, depois o devora!! Precisamos de um governo que pede apoios que estão à altura daquilo que são as reais necessidades do país. Na minha humilde opinião, não pode haver avultadas somas de dinheiro para caprichos adicionais sobretudo numa altura em que falamos de falta de condições básicas para fazer face à pandemia da dimensão da covid-19. Isto pode estar a revelar mais uma vez, a lacunaminosodade do nosso governo, pode estar igualmente a revelar um grande sentido de irresponsabilidade, muita falta de bom-senso, falta de respeito e de solidariedade para com o povo que lhes confiara o poder.
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Noe Nhancale Prof. Elisio Macamo wa hi nhika manervo kkkkkkkkkkk, mesmo concordando com a premissa de analisarmos primeiro o desempenho destes, julgo que o mote da descordia salvo melhor opiniao e a tal reintegracao e nao necessariamente o salario que eles auferem. Uma coisa e fixar salario o que ja e muito bom e ioutra a tal reintegracao como se tivessem feito um grande sacrificio como ir a tropa. E a segunda questao e estarmos cientes que estamos a sustentar uma classe cuja qualidade e produtividade deixa muito a desejar....
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Elisio Macamo eu acho que quem faz política precisa de ser reintegrado na sociedade, isto é na vida profissional. o deputado interrompe a sua carreira profissional para fazer política. fica, teoricamente, em desvantagem em relação a quem não faz essa interrupção. a não ser que a gente queira que os deputados aproveitem os seus mandatos para arranjarem empregos... depois não nos queixemos quando eles aprovarem leis que beneficiam certas empresas ou ramos...
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Lorena Massarongo We've bought the idea that there is A Box, that is why people often tell you you're playing out of The Box.
Well, I don't even own A Box, and I won't get in Your Box!
In fact, THERE IS NO BOX!
Lisa Nichols

Gosto de pensar fora da caixa, e apreciei a integração das diversas variáveis a considerar, incluindo o facto de o CR e o enfermeiro serem empregados de entidades não somente diferentes, como também uma é pública e a outra, por excelência de gestão privada.
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Elisio Macamo eu não estou a pensar fora da caixa. estou a fazer um exercício lógico simples que consiste em separar o essencial do supérfluo. a discussão que acontece agora é sobre o supérfluo (talvez esse seja o pensamento fora de caixa). a questão é: é ou não imp…Daha Fazlasını Gör
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Lorena Massarongo Elisio Macamo a pergunta que não quer calar é A/Até Que Preço Será Sustentável "Proteger a Democracia"?
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Elisio Macamo pois, para saber isso vai ser necessário discutir o que a democracia vale para nós e como ela está a ser praticada. só reclamar o preço sem discutir isso não adianta muito.
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Lorena Massarongo O que vale para cada uma das partes: a que cobra e a que se vê "obrigada" a pagar, com ênfase para a primeira.
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Armistício Mulande Não sei se concordo que a democracia valha tanto sacrifício dos nossos cidadãos. Na verdade, acho que não. Mas concedo o ponto, de que é preciso criar condições para a sua protecção, e da política no geral.
O problema, porém, surge quando os actores políticos começam a usar esta prerrogativa para espoliar os poucos recursos de que o país dispõe. Numa sociedade que se preze, esse exercício pode levar a um alto grau de descontentamento, à alienação de muitos (ou pelo menos à desconfiança de muitos) à política e seus actores, à anarquia e, por consequência, à supressão do processo democrático. É nessas condições que surgem e se alargam movimentos populistas, demagógicos e autoritários, que podem seduzir uma grande parte dos cidadãos. É sempre bom encontrar o equilíbrio nestas coisas.
Mas como disse, concordo com o princípio. Precisamos fazer algo para proteger a política e o processo democrático. Mas este algo não deve ser apenas material.
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Elisio Macamo essa é também a minha posição. não emiti opinião sobre os valores em si. chamei atenção para o princípio e para a necessidade de a gente separar os assuntos. temos que primeiro discutir como avaliar o desempenho dos deputados e depois veremos de que maneira podemos proteger o princípio que está na base da sua remuneração. saltar logo para atacar o que auferem parece-me inútil.
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Régis Rembeleki Huuuum! Parece "tudo correcto" o que traz na publicação. Porém me faz questionar. Pagar salário bom e não de miséria, é sinónimo de pagar quantias absurdamente exorbitantes à quem não produz, não faz ou se sim faz mal o trabalho a que foi confiado? Temos que ter em conta, tal como outros escreveram aqui, o deputado não representa os interesses dos eleitores, mas do seu partido, razão pela qual assistimos o desfile barato de incopetência impune.
Traz ainda a necessidade de se defender e preservar a democracia, tendo que pagar, o que de certa forma é comprar tal democracia e de certa forma a paz, aplacando a guerra? Tem que se pagar para que um deputado ou outro detentor de um cargo político tenha princípios éticos e morais?
Ainda em exercício de s
Se sim, por que motivo os professores do ensino geral público, enfermeiros, polícia e forças armadas não são pagos bons salários para que se evite que sejam corrompidos ou propensos a corrupção. Porquê não pagar também a eles bons salários para que não fiquem descontentes e minem a qualidade de seus serviços e a estabilidade social?
O deputado durante o seu mandato recebe um salário astronômico para a nossa realidade, isso acoplado as regalias de que dispõe, nao reclamaria miséria ou fome. Tal é diferente dos outros que juraram a bandeira e servir a nação ou país, até dar sua vida e dão-na literalmente_quando o seu trabalho é mal feito_mesmo que não tenham condições básicas e nem estímulo ao moral são cobrados e vaiados, porém recebem uma ninharia e são exigidos postura e integridade no exercício de suas funções. Está a falar-se de subsídio de reintegração de alguém que recebia e muito bem, pois bem. Questiono por que motivo os jovens militares que após dois anos de serviço militar em regime de efectivo normal, recebendo 3306 mt mensalmente_que forçosamente abandonaram a escola e a família a qual alguns sustentavam , após bater o pé na parada e receber a sua cédula militar o subsídio é imediatamente cortado, deixado a própria sorte_é este ex militar menos importante ou perigoso para a manutenção da paz e democracia no país?
Por vezes é necessário tratar-se os assuntos com ética. A ciência ou lei sem ética e moral só servem para aumentar as assimetrias socio-económicas e sentimento de exclusão e desejo de vingança.
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Elisio Macamo acho que está a misturar assuntos e isso não ajuda a discussão a fluir. repare, pagar bem aos deputados como forma de garantir a democracia não impede ninguém de pagar bem a todas as outras profissões pelo significado que têm. se isso não é feito, pagar aos deputados pelo significado que têm não perde mérito. depois, o meu post não diz que os montantes agora aprovados são justos como pagamento da democracia. deixa essa discussão em aberto e dependente da discussão sobre como avaliar o desempenho. o princípio que se protege com a boa remuneração é indiferente, por enquanto, à questão de saber se o deputado serve os interesses do partido ou do povo. vamos fazer uma discussão mais organizada. traga, por favor, elementos novos para eu não ter de repetir o que já disse em resposta a comentários semelhantes.
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Isabel Maria Casimiro Deputadxs já recebem bastante bem e não é por isso que a democracia está bem cuidada ....
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Isabel Maria Casimiro Concordo plenamente com o TVMario. Claro@
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Rubi Kandisky Triste, deputados "alienados" e querem mais regalias, será que este orçamento estava planificado no orçamento do estado ou é a revelia!? Deputados dorminhocos nunca entendi o papel dos nossos deputados a tal chamada escolinha do barulho. Outro ponto quem faz a monitorização do trabalho deles, alguns nem sequer se dão tempo de ir aos distritos de jurisdição. Outro ponto nesta altura de dificuldades a nível da saúde, educação, cultura e muitas pessoas estão em via de ser desempregados e eles é que se dao o direito de aumento!? Pedem dinheiro para a pandemia e tem dinheiro para enriquecer os deputados!! Como diz o Paulo portas isso é que é insultar a minha inteligência.
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Beğen
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Cláudio Rofino Prof. Elisio Macamo Da mesma forma que eles pagam aquela viatura zero Km podiam fazer retencao na fonte apartir do salario deles que no final do mandato pode ser entregues os que forem a renovar seram reembolsados essa minha opinao.
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Beğen
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1 comentário:

  1. Na verdade, não se discute opinião individual mas sim interessa discutir o ponto chave do post. Reintegração, regalias, vantagens e muito mais benefícios ao deputado não constituem problema até merece quelquer que seja. O importante é avaliar o desempenho para que justifique
    esse abono embora concordo que no nosso sistema seja dificil partir de avaliar o desempenho do deputado

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