segunda-feira, 9 de março de 2020

DENNIS JETT PROVA QUE É MAU PROFESSOR QUANTO PÉSSIMO EMBAIXADOR


Por Gustavo Mavie
Qualquer um que avalie, de boa fé, o estado actual de desenvolvimento social e económico em que está hoje Moçambique, e compará-lo com o que estava quando a FRELIMO declarou a sua independência em 1975, ou mesmo a partir do fim da devastadora guerra da RENAMO em 1992, concluirá que este País registou múltiplos melhoramentos em todas as áreas, e não há nada que sugere que ‘’é um Estado fracassado’’, como diz o antigo embaixador dos EUA em Maputo, Dennis Jett, num maldoso artigo que publico na edição de 07 deste mês, da Revista Foreigner Policy.
Tais melhoramentos são tão visíveis quanto palpáveis que não escapam mesmo aos leigos em questões de desenvolvimento, muito menos aos professores de nível superior, daí que é para mim má fé, ou revelação da sua incompetência como professor, quando Dennis Jett diz nesse artigo manipulativo que ‘’é Moçambique é um Estado fracassado’’. Com este artigo, concluo que Dennis Jett prova que é tão mau professor quanto foi um péssimo embaixador.
Comecei este artigo em que vou desmontar o mau enredo de Jett, fazendfo refrencia ao passado de Moçambique, porque acredito como válida a tese do filósofo Voltaire, de que para se avaliar o presente, há que se ter em conta sempre o passado, ou que temos que saber donde se partiu. Se de facto Dennis Jett fosse um professor que estuda as realidades, devia saber que quando a FRELIMO proclamou a independência, a maioria das zonas rurais do Pais não tinham escolas primárias suficientes, como não havia sequer escolas secundárias como há às centenas hoje, e muito menos havia universidades como ha' hoje em todas as 10 províncias do Pais. No que tange às universidades só havia uma especie de embrião na então Lourenço Marques (hoje Maputo) e que só veio a ser desenvolvida como universidade de facto pela mesma FRELIMO que Jett diz que não fez nada desde que assumiu o poder em 1975. Estou falando da actual UEM. Aliás, o próprio Jett reconhece que o colonialismo não permitia a educação dos moçambicanos de raça negra, através duma asserção contida nesse seu artigo em que pautou por escamotear a realidade, para criar a errónea percepção de que Moçambique é de facto um País fracassado que se le assim: Quando Moçambique abruptamente conquistou sua independência em 1975, estava totalmente despreparado para se auto governar porque as autoridades coloniais portuguesas não haviam investido nada na educação da população local. Como resultado, quando os portugueses partiram, eles entregaram o governo à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), um grupo guerrilheiro marxista-leninista que lutava pela independência de Portugal há mais de uma década.
Por isso, para Jett avalizar melhor Moçambique de forma justa o que é hoje, deve tomar em consideração o que era este País em 1975 ou em 1992 no fim da guerra que o apartheid moveu contra ele através da RENAMO, e que matou mais de um milhão de civis e forçou mais de quatro milhões ao exílio nos países vizinhos. Como professor, Jett deve saber que a guerra que a RENAMO moveu ao serviço do apartheid havia destruído todas as escolas e outras infra-estruturas que a FRELIMO havia constituído nas zonas rurais, mas foram (re)construídas pelos sucessivos governos da FRELIMO desde que essa guerra terminou em 1992.
DENNIS JETT USOU A TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO DOS FACTOS PARA CRIAR UMA PERCEPÇÃO DE QUE MOÇAMBIQUE ESTÁ SENDO MUITO MAL GOVERNADA
Dennis Jett espelha a imagem de que a FRELIMO não fez nada de vulto depois de assumir os destinos do País em 1975, o que é uma grosseira mentira urdida na base de ma fé ou da sua ignorancia. Isto porque quando a FRELIMO assumiu o leme deste País, mais de 90% dos pouco mais de 10 milhões de moçambicanos que perfaziam então o povo moçambicano eram analfabetos, e os que não eram, as suas habilitações não estavam para além da 4.a classe. Eu próprio era um destes últimos, mas graças às escolas de todos os níveis escolásticos que logo após a independência foram construídas pela mesma FRELIMO, consegui correr atrás da educação e fazer já adulto os níveis secundário e superior. O mesmo fizeram milhões de outros moçambicanos que tal como eu, se matricularam tardiamente embora nos diferentes graus de ensino nas instituições escolásticas que a FRELIMO foi construindo nos primeiros 10 anos da nossa independência nacional, incluindo os moçambicanos que ingratamente são tão críticos e/ou contra a FRELIMO, tal como o é Jett. Graças ao esforço titânico que foi sendo feito tanto pelos sucessivos governos da FRELIMO, foi possível reduzir o analfabetismo em quase 40% e os moçambicanos com níveis médio e superior é bem maior do que os que havia na hora da nossa independência.
E veja que foram mais de 500 anos de colonialismo contra 45 apenas em que o País é governado pela FRELIMO! Seja justo para a FRELIMO senhor professor Jett. Mesmo aí no seu País os seus sucessivos governos não foram justiceiros quanto foi a FRELIMO. No seu País houve centenas de anos em que os índios e negros foram discriminados e tratados como bestas para carga sem justa causa. Deviam aprender com o anti-racismo da FRELIMO e que por isso tratou sempre bem ou com humanismo todos os residentes do País. Graças às dezenas de centenas de escolas primárias, secundárias e as várias universidades que o País tem agora, todas as crianças moçambicanas estudam, um direito que não tiveram os seus avos e muito menos bisavôs que nasceram no tempo colonial, onde não era permitido às pessoas de raça negra estudar. Graças às políticas humanistas que foram promovidas pela FRELIMO, o próprio povo moçambicano multiplicou-se rapidamente de pouco mais de 10 milhões para 30 milhões agora neste ano, o que corresponde ao triplo, em apenas 45 anos. Na verdade pod9iam estar acfima dos 30 milhoes se nao tiivesse havbido a gerra da RENAMO. Este aumento é consequência lógica da melhoria das condições de saúde pública que adveio também da construção, pela mesma FRELIMO que Dennis Jett diz que não tem feito nada, de centenas de centros de saúde e hospitais em todo o País. Antes de a FRELIMO assumir o Poder, as crianças que nasciam estavam mais condenadas a morrer durante o parto ou antes de completar um ou cinco anos de vida, vítimas de todo o tipo de doenças. Aliás, uma boa parte morria durante o parto, porque não havia maternidades para assistir às parturientes ou mulheres grávidas de raça negra. Não é por acaso que há quase consenso de que Moçambique pós independência e pós-guerra da RENAMO é uma história de sucesso africana, mas que Jett tenta negar que seja de facto. É um sucesso senhor Jett. Tentar negar que é, é o mesmo que negar que o Sol não existe. Não deixará de ser visível como não deixa de ser visível que Moçambique registou grandes progressos desde a proclamação da independência como após o fim da tenebrosa guerra terrorista da RENAMO.
HÁ NO PAÍS UMA REALIDADE QUE DESMENTE NARRATIVA MALDOSA DE JETT
Esses melhoramentos têem como corpo ou revelação os mares de crianças e jovens de ambos os sexos tão bem vestidos e alegres que enchem as nossas escolas e universidades, como enchem as nossas cidades, vilas e aldeias de todo o nosso vasto território. Já não são aquela massa de gente desnutrida, pelada e descalça que divagava desesperadamente antes da nossa independência e durante a guerra da RENAMO que tu rotula erradamente de Oposição, quando devia rotular de grupo terrorista que ainda hoje mata civis nos meios de transporte público ou nas suas próprias viaturas no Centro do País. No seu artigo, pinta uma imagem de que só os ditos insurgentes que matam cruelmente em Cabo Delgado é que são TERRORISTAS e que a RENAMO já não é uma organização TERRORISTA. Isto revela que não és um bom professor, porque tanto os ditos insurgentes como a RENAMO são ambas organizações terroristas. Mesmo o seu Departamento de Estado assumiu como valido o RRELATORIO Gersony elaborado nos finais dos anos 80 em que concluiu que ‘’a RENAMO é uma Organização Terrorista’’. Tal Relatório está disponível na Google, bastando busca-lo através da designação Gersony Report ou Relatório Gersony. O que condiz a esta conclusão são os métodos terroristas que usam e que visam quase sempre os civis como são os ataques que a RENAMO faz contra os autocarros, carros civis e contra os centros de saúde.
Os melhoramentos de que falo revelam-se pela crescente expansão das nossas cidades, vilas e povoações. Por exemplo, quando estiveste cá como embaixador, a cidade de Maputo mantinha as mesmas dimensões geográficas ou os mesmos bairros do tempo da independência, mas agora temos varias outras que foram sendo construídas e que agora fazem parte do que é designado por Grande Maputo constituído por vários novos bairros ou novas zonas residenciais. Estas melhorias são tão abrangentes e não se limitam à nossa capital, como são visíveis e palpáveis noutras cidades como as de Nampula, Tete, Pemba e até Niassa que até ao fim da guerra da RENAMO era um lugar inóspito que mais parecia uma antiga pré-cidade ou cidade da era pré-histórica. Quando visitei Lichinga pela primeira vez em 1996, podia se dormir numa as suas principais estradas se que se corresse o risco de ser esmagado por um carro. Mas hoje há tanto carro que isso seria fatal e até já montaram-se semáforos devido ao incremento de tráfico. Isto tudo e muito mais que não posso elencar aqui por razoes de espaço é prova de que Moçambique é um País com um futuro próspero garantido e não um Estado fracassado.
É um facto que o per capita de Moçambique está longe de se igualar ao dos EUA, mas é um facto também que está bem acima do que era na hora da nossa independência, como está acima também do que era quando a guerra da RENAMO terminou. Se os moçambicanos que morreram antes da independência ressuscitassem, não acreditariam que estão nas mesmas zonas em que morreram, quando vissem tantos negros a viveram em casas de alvenaria e tantos outros a conduzirem carros próprios, incluindo belas e alegres jovens de ambos os sexos. Até à independência só os brancos estavam em condições de comprar carros ou de construir casas de alvenaria. Os negros que tinham carros próprios e casas de alvenaria contavam-se aos dedos das duas mãos. Os mais adultos que viveram parte da sua vida no tempo colonial sabem quão Jett está a mentir. Os negros moçambicanos viviam em piores condições que os negros norte-americanos em Harlem nos arredores de Nova Iorque, quando eram oficialmente discriminados nos EUA e que mesmo assim, viram-se forçados a lutar sob a liderança do heróica de Martin Luther King Jr, e que acabou pagando com a sua vida ao ser assassinado por racistas, a liberdade em que agora vivem, tal como Eduardo Mondlane pagou também com a sua vida, ao ser também assassinado pelos colonialistas portugueses, a liberdade em que vivemos agora nós os moçambicanos.
O FRACASSO DA RENAMO E DO RESTO DA OPOSIÇAO DEVE-SE À SUA TENDÊNCIA CRIMINOSA E À SUA INCOMPETÊNCIA
Sobre as suas alegações sobre as alegadas fraudes que terão sido feitas pela FRELIMO para evitar a vitória da Oposição ou da RENAMO como aponta como sendo no seu artigo, estás de novo equivocado. Não houve fraude nenhuma. O que houve foi a percepção popular de que só Nyusi e a sua FRELIMO é que estão em condições de manter o Estado moçambicano e promover o seu desenvolvimento. Não podia eleger quem os mata deliberadamente. Este pode ser o seu desejo, mas não é certamente o desejo da maioria dos moçambicanos. Para que entenda que a RENAMO não é ainda um Partido politico capaz de ganhar as eleições, leia o meu artigo com o titulo ‘’Refutando o Relatório da União Europeia sobre as Eleições de 15 de Outubro (de2019) que publiquei no dia 17 de Fevereiro último no Jornal Noticias de Maputo. Nesse artigo dava provas de que a RENAMO e toda a Oposição não conseguiam sequer usar todos os tempos de antena que à luz da Lei era lhes reservado pela Rádio Moçambique e pela Televisão de Moçambique, TVM. Portanto, não é por falta de condições para a RENAMO ou toda a Oposição desenvolver as suas actividades políticas, como alega no seu artigo. É por serem ineptos ou incapazes. Não é fácil ser um partido capaz de estar à altura dos desafios. Não é por acaso que a FRELIMO é um dos menos de 10 que sobrevive de entre os mais de 50 que lutaram com armas ou não pelas independências dos países africanos. É prova de que a FRELIMO foi fundada por homens sérios e que é mantido por outros homens sérios, incluindo este Nyusi que o Senhor Jett insinua que recorreu à fraude para ganhar em 73% contra os 57% com que ganhou nas primeiras eleições em 2014. Para sua informação, Nyusi foi capaz de manter o País em pedra e cal mesmo com o bloqueio económico a que o País e o seu governo foram sujeitos durante todo o seu primeiro mandato. Portanto, ele frustrou o plano diabólico de afundar financeira e economicamente o País que tal bloqueio visava e por consequência a queda da própria FRELIMO. Por isso a maioria dos seus compatriotas aperceberam-se desse seu acto heróico e o premiaram votando quase em massa nele e na FRELIMO.
Mesmo a corrupção que aponta, está sendo combatida e a prova disso é que há antigos membros do governo detidos ou e em julgamento ou já condenados. É verdade que não é ainda na medida do mal, mas é na medida da capacidade do que as nossas instituições ainda em formação são capazes. Como sabe, mesmo aí no seu País os tribunais nunca estiveram sempre à altura do mal. Houve aí também tempos em que o crime compensava, incluindo a corrupção. Sugiro-te que leia o The Reverse of the United States (o Reverso dos Estados Unidos), de L.L.Mathias que verá que o nosso sistema judicial pode ter começado bem do que o do seu País. Não queira que sejamos tão bons com apenas 45 anos de independência quanto são vocês com mais de 300 anos de independência. Seja justo e saiba elogia os que fizeram tanto em tão pouco tempo e com tão poucos recursos. Os que nos ajuda com recursos é porque apercebem-se que somos ainda um País em criação de tudo a partir do zero como bem o diz no tal seu parágrafo que já citei. Os colonialistas não só nos mantiveram fora das escolas e universidades, como nos privaram de tudo que faz dos homens, homens sábios e habilidosos. Aprenda mais antes de ir dar aulas ou antes de escrever um artigo senhor Dennis Jett! gustavomavie@gmail.com e Watsaap 847360397

6 comentários:

  1. Acho muito absurdo qualquer posicionamento contra o pesamento do antigo Embaixador Americano, só um louco ou os próprios corruptos no poder podem contrariar o pensamento do Dennis Jett.
    Um povo mal representado ha anos e sem sinal do seu desenvolvimento pode colar a Frelimo como um bom menino? Nós outros acostumamos com os falsos comentários e propagandas em todos quadrantes do pais,mas a verdade vocês não são nenhuma opção para o povo moçambicano.
    Roubam, matam, desgraçam, mentem e vandalizam um pais inteiro que governo do mundo vos sóis?

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  2. Exactamente que o ultimo que um demente tem, é a liberdade social.

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  3. Gustavo Mavie, porque nao te calas? Por acaso podes dendender o indefensivel. Nao seja irracional, tentantando fechar o sol com a peneira. Dure o tempo que durar tereis o vosso fim. Escreva o que digo. Beba, coma, durma como rwi enquanto e' tempo. Estamos de olho...

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