O historiador e empresário Jaime Nogueira Pinto considerou ontem que a situação de instabilidade no norte do país, com ataques regulares desde há dois anos, exige uma acção militar de contenção, mas também acção psicológica na conquista das populações.
Para o também politólogo, "o Governo de Moçambique tem procurado, dentro dos constrangimentos de um período pré-eleitoral e das dificuldades da economia do país, controlar a situação".
Mas o cenário "exige, além de contenção militar, um esforço de ação psicológica e psicossocial junto das populações locais, que as separe e isole dos elementos subversivos", defendeu, em declarações à Lusa, dois anos após o primeiro ataque de grupos armados de origem ainda por apurar, em Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado.
"Este é o fator principal: depois de conter a subversão, tem de haver um esforço de conquista das populações", reforçou.
Num cenário que exige este tipo de ações, Jaime Nogueira Pinto considera que os russos podem ser os parceiros adequados para ajudar Moçambique a combater este problema.
"Aqui parece que os russos serão os mais indicados", afirmou.
A Rússia está num tempo de investir política e economicamente em África e o Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu recentemente o Presidente moçambicano Filipe Nyusi, em Moscovo, com quem assinou vários acordos, recordou Nogueira Pinto.
Por isso "pode estar a contemplar um apoio à segurança no Norte de Moçambique", avançou.
Por outro lado, também há várias notícias sobre a chegada de homens e material russo a Nacala e Nampula, duas cidades no norte de Moçambique, referiu.
Posted on 05/10/2019 at 12:35 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Frelimo diz que Manuel de Araújo incita eleitores a perturbarem ordem pública
O partido Frelimo, na província da Zambézia, reagiu contra o discurso de Manuel de Araújo, cabeça de lista da Renamo para governador naquela parcela do país, segundo o qual os eleitores, no próximo dia 15, devem votar e permanecer no local para controlar o voto.
“No dia da votação, quando vocês acabarem de votar, fiquem lá para defender o vosso voto. Levem o vosso coco, o vosso lanho, a vossa batata, a vossa mandioca… naquele dia, vão votar e fiquem lá mesmo até o resultado sair. Ninguém sai da votação antes de saber qual é o resultado. Se não aqueles malandros de vermelho vão roubar a urna e vão meter votos dele”, afirmou Manuel de Araújo durante um discurso.
Segundo entende o partido Frelimo, Manuel de Araújo está a incitar aos eleitores a cometerem a perturbação da ordem pública. António Gusse, mandatário da Frelimo naquela parcela do país, diz que Manuel de está a incitar aos eleitores a cometerem um crime, o de perturbação da ordem pública.
O PAÍS - 04.10.2019
NOTA:
Vejam aqui o que diz a legislação invocada por António Gusse:
Este artigo da lei citada apenas refere sobre a permanência nas Assembleias de Voto mas não no seu exterior.
MOÇAMBIQUE PARA TODOS apela a que logo afixadas as actas sejam as mesmas fotografadas e enviadas para os respectivos partidos.
Conheça aqui a Lei 3/19 de 31 de Maio invocada por António Gusse:
Posted on 05/10/2019 at 11:52 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
"Os outros a morrerem? Onde é que há paz?", questiona-se em Cabo Delgado
No dia em que Moçambique celebra a paz, população em Cabo Delgado marcha para pedir o fim do conflito armado. Lá, cidadãos entendem que não motivos para celebrar a paz.
Há cada vez mais vozes que se levantam em repúdio ao clima de terror que se vive em alguns distritos de Cabo Delgado, criado por indivíduos cuja identidade não é do domínio público.
Esta sexta-feira (04.10.), em Pemba, durante a celebração do 4 de Outubro, Dia do Acordo Geral de Paz, cidadãos exigiram das autoridades, medidas concretas para pôr fim aos ataques armados que já tiraram a vida a mais de 200 pessoas, entre civis, militares e supostos agressores.
Nazarena Mutemba, natural de Mocímboa da Praia, um dos distritos mais atingidos, disse que não vê motivo de celebração da data, e questiona: "A população está mal lá em Mocímboa da Praia, vamos dizer que estamos em paz? Paz dessa maneira? Os outros a morrerem? Onde é que há paz?"
E Nazarena apela: "Temos que ter união para eliminarmos aquilo que está a acontecer do outro lado, porque são moçambicanos. Eu estou a chorar muito."
Ataques no centro também são preocupação em Cabo Delgado
O grito de socorro vem também das confissões religiosas, que organizaram uma marcha nas ruas da cidade de Pemba, com apelos para a preservação da paz, como condição essencial para o progresso de Moçambique.
Os crentes lamentam também o recrudescimento da violência armada no centro de Moçambique e lembram que só se pode alcançar o progresso se todos abraçarem a causa da paz.
Posted on 05/10/2019 at 10:55 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
"ANTICIDADANIA" da STV
Por: Venancio Mondlane
Decorreu no passado dia 03.10.2019, Quinta-feira, no Hotel VIP, um debate sobre os manifestos dos 4 (quatro) partidos com candidatos Presidenciais.
Para além da apresentação dos manifestos pelos representantes dos candidatos Presidenciais, antecedeu uma "feira dos manifestos", onde cada partido, no seu stand, fez a exposição do seu material de propaganda eleitoral e "vendia" os seus ideais aos que visitavam a feira de acesso livre.
O formato do debate resumia-se no seguinte: a. Apresentação dos manifestos durante 10 minutos e b. Perguntas da plateia e sociedade civil aos painelistas, que tinham 2 minutos para resposta.
Os quatro partidos (Frelimo, Renamo, MDM e Amusi) fizeram as suas apresentações no tempo pré-definido e seguiu-se o debate, com respostas e contra-respostas.
No diário de campanha transmitido pela STV no jornal da noite, o debate foi referido como um simples apêndice de um laudo acusatório contra Renamo, sem direito ao contraditório, do porta-voz da Frelimo onde dizia que as agressões perpetradas em Gaza contra a oposição eram resultantes de "pessoas infiltradas" que queriam manchar o bom nome da Felimo.
Para além deste erro clavicular em jornalismo profissional, a voz off que acompanhava a edição dizia que "a Renamo inviabilizou o discurso do representante do candidato Presidencial da Frelimo."
Em suma, para STV o debate dos manifestos acabou ficando resumido nos apupos que sofreu o representante do partido de regime e ao mesmo debate se engendrou uma conexão lógica com uma suposta atitude de violência cuja autoria a Frelimo se convertia num anjo da luz e a Renamo, dito por preterição, era por dedução a protagonista. Que jornalismo de vaga ainda por nomear? Caso de estudo.....!!!!
Para a STV deixou de ser notícia de interesse público o seguinte:
Posted on 05/10/2019 at 10:36 in Eleições 2019 Gerais, Informação - Imprensa, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
04/10/2019
RTP-2077 - 10 Segundos Para o Futuro (video)
Inteligência Artificial. Nanotecnologia. Fusão Homem/Máquina. Genética
Estamos no ponto de partida de uma mudança tecnológica exponencial. Nas próximas décadas viveremos a desmaterialização da tecnologia. Os computadores abandonarão as secretárias para se instalar nos olhos, nas paredes e em tudo o que nos rodeia. Os chips estarão integrados em praticamente tudo à nossa volta, transmitindo informação vital. A qualidade e a esperança média de vida aumentarão espantosamente e o envelhecimento será retardado. Teremos capacidade de escolher genes para os nossos filhos e criar novas formas de vida.
Estamos no ponto de partida de uma mudança tecnológica exponencial. Nas próximas décadas viveremos a desmaterialização da tecnologia. Os computadores abandonarão as secretárias para se instalar nos olhos, nas paredes e em tudo o que nos rodeia. Os chips estarão integrados em praticamente tudo à nossa volta, transmitindo informação vital. A qualidade e a esperança média de vida aumentarão espantosamente e o envelhecimento será retardado. Teremos capacidade de escolher genes para os nossos filhos e criar novas formas de vida.
Em 2007, um smartphone tinha mais potência do que os computadores da NASA que levaram o homem à Lua em 1969. Em 2077 é provável que controlaremos os objetos à nossa volta através do pensamento. É unânime a opinião de que a revolução em curso é a maior e mais rápida de todas, com a interceção da genética, da nanotecnologia e da inteligência artificial. As consequências são inúmeras e transversais, com grande impacto na saúde.
No entanto, a ascensão da máquina lança desafios sem precedentes, até a possibilidade de extinção da própria Humanidade.
No entanto, a ascensão da máquina lança desafios sem precedentes, até a possibilidade de extinção da própria Humanidade.
Veja os 4 primeiros episódios em https://www.rtp.pt/play/p4286/2077-10-segundos-para-o-futuro
Posted on 04/10/2019 at 23:15 in Internet - Informática, Musica, vídeo, cinema | Permalink | Comments (0)
Assassinato de Amurane há dois anos continua por esclarecer
No dia em que se assinalam dois anos da morte de Mahamudo Amurane, cidadãos de Nampula prestam homenagem ao edil. Ainda não há culpados e a investigação continua, depois de o caso ter sido devolvido à procuradoria.
O dia 4 de outubro é uma data duplamente lembrada na província de Nampula, no norte de Moçambique. O primeiro motivo é a assinatura dos acordos gerais de paz em Roma, em 1992. O segundo é o assassinato do edil Mahamudo Amurane, em 2017.
As autoridades ainda não encontraram os culpados e também não houve responsabilização criminal. É uma situação que preocupa os cidadãos de Nampula. Amina Amade, vizinha de Amurane, pede o esclarecimento do caso. "Sinto muito. Eu não estou satisfeita [ com o ritmo de investigação], porque gostaria que fosse achado o assassino", disse à DW África.
Gamito dos Santos, antigo diretor de Mercados e Feiras na governação de Mahamudo Amurane, também critica a falta do esclarecimento do caso.
"Não podemos olhar só para as questões políticas. [O assassinato] também pode estar ligado a questões empresariais, porque havia pessoas que se sentiam pressionadas pela maneira de governar do presidente Amurane. Havia empresários que sentiam-se mal. Havia pessoas cujos negócios já estavam parados, porque o presidente Amurane era um presidente mão-de-ferro", conta.
Homenagem especial a Amurane
Para o dia não passar despercebido, esta sexta-feira (04.10) haverá uma homenagem especial a Mahamudo Amurane. "Vamos visitar o túmulo do falecido. E estamos a pensar em sentarmo-nos e refletirmos em torno dos projetos do presidente Amurane, sobre o que nós pensamos e como é que será a sua efetivação, uma vez o presidente já se foi", revelou Gamito dos Santos.
Posted on 04/10/2019 at 18:54 in Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
O Agravamento do Endividamento Público e as Consequências para a Economia de um Estado em Desenvolvimento: O Caso de Moçambique por Miguel Luis José(2019)
Resumo:
O trabalho que agora ganha corpo propõe-se a apresentar um estudo sobre as consequências do elevado nível de endividamento público para a economia de um Estado em desenvolvimento, tendo como exemplo prático o caso de Moçambique no espaço temporal de 2011 à atualidade. Procuramos ao longo deste destacar o efeito recessivo que a dívida pública pode causar ao se tornar demasiado elevada e mal gerida e os riscos que esta pode representar para estabilidade macroeconómica de países em desenvolvimento como Moçambique. Concluímos que o elevado nível de endividamento que tem caracterizado as finanças públicas do Estado Moçambicano, no período em estudo, tem influído negativamente na economia deste país. Este facto é comprovável, por exemplo, com a excessiva inflação, a desvalorização da moeda nacional, a menor capacidade de provimento de serviços públicos básicos pelo Estado, o aumento do desemprego, a redução do consumo, e do respetivo investimento privado, afetando assim o desenvolvimento do país não apenas a curto prazo como também a longo prazo.
Posted on 04/10/2019 at 17:45 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)
Dívidas Ocultas: Julgamento nos EUA adiado para 15 de outubro
A justiça norte-americana adiou por uma semana o início do julgamento do esquema de corrupção das dívidas ocultas de Moçambique, para 15 de outubro, quando é selecionado o painel de júris, disse hoje à Lusa uma fonte oficial.
O julgamento, inicialmente previsto para 07 de outubro, foi adiado para oito dias depois, precedido por uma audiência no dia 11 de outubro, através de uma ordem do juiz William Kuntz.
Desta forma, o tribunal federal de Brooklyn, oficialmente do distrito leste de Nova Iorque, vai iniciar os procedimentos do julgamento com a escolha de 12 jurados e seis suplentes, no dia 15 de outubro, a partir das 09:30, hora local.
A mesma fonte confirmou à Lusa que a seleção dos jurados pode demorar mais do que um dia e que o argumento oral dos acusados, dos quais Jean Boustani é o principal suspeito e único em prisão preventiva nos EUA, só começa no dia seguinte à seleção ter sido finalizada.
Na prática, o julgamento propriamente dito será marcado para dia 16 ou 17 de outubro.
Na audiência da próxima sexta-feira vai ser delimitado o mapa temporal e ser estabelecida a ordem de testemunhas, assim como vão ser discutidas as tecnologias usadas.
O caso investiga um esquema de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro que somou, de forma ilegal e oculta, mais de 2,2 milhões de dólares à dívida pública de Moçambique até 2016.
Posted on 04/10/2019 at 17:07 in Dívidas ocultas e outras, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Dívidas ocultas: Início do julgamento em Nova Iorque e a reviravolta de Jean Boustani
Muitas surpresas é o que se espera do julgamento do caso dos crimes financeiros associados às dívidas ocultas moçambicanas, advinha especialista em direito internacional. EUA querem fazer arresto dos bens de Nhangumele.
Para o processo que corre em Moçambique, o julgamento que começa nos Estados Unidos da América (EUA) já nesta segunda-feira, 7 de outubro, pode trazer mais provas. E nos EUA já há sinais de reviravolta: é que Jean Boustani, tido como um dos principais mentores do crime, contesta a competência do tribunal americano em julgá-lo entre outras coisas.
Neste processo que corre nos EUA são acusados os moçambicanos Manuel Chang, ex-ministro das Finanças, Carlos do Rosário, um ex-alto quadro da secreta moçambicana, e Teófilo Nhangumele, que agia em nome do Gabinete do Presidente da República.
No Processo que decorre em Moçambique, onde pra além dos três nomes estão envolvidas cerca de 17 outras pessoas.
Teófilo Nhangumele em situação grave
O arranque do julgamento nos EUA vai ter um impacto muito grande, entende o especialista em direito internacional Andre Thomashausen: "Claro que o que vier a ser julgado nos EUA, embora seja um pronunciamento de um tribunal norte-americano, sempre terá algum efeito porque vai conter documentação e provas que vão servir como material de prova em Moçambique, em Londres e outras jurisdições e na África do Sul, no caso do Manuel Chang."
Mas o especialista em direito internacional alerta que "no caso do senhor Teófilo Nhangumele a situação é bastante grave, porque parece que o tribunal já tomou uma decisão preliminar nos fins de setembro para organizar um confisco dos seus bens, no montante daquilo que é acusado de ter pago como subornos, 8,5 milhões de dólares."
O primeiro em tribunal norte-americano
Mas na estreia do julgamento não estarão ainda no banco dos réus os suspeitos moçambicanos. Jean Boustani, o negociador da Privinvest, tido como um dos principais mentores da arquitetura criminosa, e o primeiro detido pelas autoridades americanas, é quem deverá ser ouvido primeiro.
Posted on 04/10/2019 at 17:00 in Dívidas ocultas e outras, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 66- 04 de Outubro de 2019
Camião capota e fere mais de duas dezenas de pessoas em campanha da Frelimo
Um camião de carga transportando dezenas de simpatizantes da Frelimo capotou e feriu pelo menos 26 pessoas no distrito de Massingir, Gaza, resultado de capotamento de um camião que transportava simpatizantes da Frelimo ontem. O caso deu-se ontem, quinta- feira (03 de outubro).
O camião saía da aldeia de Banga para Massingir, levando pessoas para comício do candidato da Frelimo, Filipe Nyusi, reportam os nossos correspondentes.
As vítimas deram entrada ontem no Centro de Saúde de Massingir, sendo cinco em estado grave e os restantes ligeiros. Dos graves quatro foram evacuados para o Hospital Rural de Chókwe e um permaneceu em tratamento no mesmo centro de saúde.
O candidato da Frelimo, Filipe Nyusi, esteve no distrito de Massingir, onde dirigiu um comício pelas 9 horas num Campo de futebol. Este é o segundo capotamento de camião de carga transportando simpatizantes da Frelimo de ou para comícios de Nyusi. O primeiro caso deu-se no distrito de Cahora Bassa, transportando simpatizantes da Frelimo para Magoé, donde haviam partido para assistir a campanha de Nyusi em Songo. Sete pessoas morreram nesse acidente e dezenas foram feridos.
Leia aqui Download Eleicoes-Gerais-66-04-10-19
Posted on 04/10/2019 at 16:49 in Eleições 2019 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
“Não estamos distraídos com os actos macabros que ocorrem no centro e norte”
Celebram-se hoje 27 anos dos acordos gerais de Paz, o Presidente da República, Filipe Nyusi, dirigiu as cerimónias centrais, na Praça dos Heróis Moçambicanos, na vila da Manhiça. Nyusi começou por saudar o povo moçambicano pela passagem dos 27 anos.
“Celebramos esta data num momento em que abraçamos o desafio de consolidação da paz, que deve ser assumida como um juramento da pátria para que cultivemos a concórdia em palavras e em actos”, disse o Presidente.
Nyusi apelou às instituições democráticas e a sociedade civil a fazer sua parte para assegurar que as diferenças e conflitos sejam resolvidas através do diálogo.
“O mundo testemunhou a paz e acredita nos moçambicanos e a sua capacidade de reconciliação. Celebramos este dia homenageando a todos que deram e continuam a dar o melhor de si com elevado sentido de pátria”, acrescentou o estadista.
As eleições de 15 de Outubro foram também um dos pontos abordados pelo Presidente da República, exortando que o espírito de Paz e de festa seja o mesmo a prevalecer ao longo de todo processo eleitoral.
“Não estamos distraídos e não nos podem distrair com os actos macabros que se registam em algumas zonas no centro do país e com alguma intensidade no norte”, disse Nyusi acrescentando que o Governo está atento e não vão deixar o povo morrer.
O estadista disse que o Governo vai continuar a exortar as Forças de Defesa e Segurança para defender, e que seja o último soldado a não poder defender.
O PAÍS – 04.10.2019
Posted on 04/10/2019 at 12:02 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Política - Partidos | Permalink | Comments (2)
A complexidade da situação em Cabo Delgado
O Wagner Group é um grupo de mercenários Russos, do empresário Yevgeny Prigozhin, que já atuou na Ucrânia, Síria, Republica Centro Africana, Sudão, Venezuela e Líbia.
Trata-se de um empresário muito próximo do círculo do Presidente Putin.
A Nacala chegaram cerca de 200 elementos num Antonov e vieram acompanhados por três helicópteros, que já estarão a caminho de Cabo Delgado para combater os insurgentes.
Oficialmente não foi dada nenhuma explicação pelo governo de Moçambique, mas será para treinar e apoiar as tropas Moçambicanas a combater os insurgentes.
Uma empresa de mercenários muito semelhante à Black Water de Eric Prince que já se tinha oferecido para oferecer segurança antes de os problemas dos insurgentes terem surgido em Cabo Delgado.
O que levanta muitas suspeitas é de quem estará a financiar os insurgentes??
Em Cabo Delgado nunca existiram problemas de segurança, o Sr. Eric Prince aparece como sócio da Ematum e grande benevolente para ajudar a proteger Moçambique, de uma ameaça que nunca tinha existido??
De repente iniciam-se os ataques dos Insurgentes no dia 5 de Outubro de 2017, faz agora 2 anos.
Será que foi o Sr. Eric Prince que abriu a caixa de Pandora em Cabo Delgado, para criar negócio para a sua empresa Black Water??
Por agora, o negócio esta montado não para a Black Water mas sim para a Wagner e os 880 milhões de usd das mais valias da venda da Anadarko à Total vão direitinhos para pagar os mercenários Russos e não como o Anjinho Nyusi apregoa para pagar os prejuízos do Idai e do Kenneth.
Mais uma vez o povo Moçambicano não vai ver nada da apregoada riqueza de Moçambique.
O modo de actuação dos insurgentes é simples, jovens predominantemente Macuas estão a ser recrutados em Nacala, Memba, Nampula, etc.. com falsas promessas de emprego e bolsas de estudo, são levados para Cabo Delgado e quando chegam aos locais é que se apercebem que o emprego afinal é cortar cabeças e queimar casas de Mwanis.
Por cada cabeça cortada são 1000 Meticais, por cada casa queimada são 500 Meticais, o dinheiro é transferido por Mpesa, para as contas da família que pensa que os seus filhos finalmente arranjaram um trabalho decente em Cabo Delgado.
Quando tentam fugir ou regressar a suas casas, são ameaçados de morte ou as suas famílias sofrerão represálias.
As autoridades, os Imãs das mesquitas tem uma maneira mais inteligente e barata de combater os insurgentes, lançar uma campanha fortíssima de informação destes jovens desempregados, de que as promessas de emprego e de bolsas de estudo não passam de mentiras e que, o que os espera em Cabo Delgado é uma catana para cortar cabeças dos Mwani.
Estes jovens estão a ser enganados e depois de cometerem o primeiro ataque estão envolvidos numa trama em que as autoridades nunca mais os irão deixar em paz, sendo a única solução a fuga para a frente e continuar a cometer crimes até serem abatidos.
Sr. Presidente Nyusi é fundamental lançar uma campanha de informação nas televisões, rádios, igrejas, mesquitas de que os jovens Macuas da província de Nampula estão a ser enganados com falsas promessas de emprego e de bolsas de estudo.
(Recebido por email)
Posted on 04/10/2019 at 11:31 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião | Permalink | Comments (1)
Secretário da FRELIMO assassinado em Manica
O secretário da FRELIMO na região de Paúnde, distrito de Mossurize, em Manica, foi morto a tiros por três homens. Polícia investiga o caso. Em outro ataque armado no centro de Moçambique, uma pessoa morreu na Gorongosa.
Cabeça-de-lista da FRELIMO em Manica, Francisca Tomás, visita a casa do secretário assassinado
A pouco mais de 10 dias das eleições gerais, Moçambique regista mais um ato de violência contra membros de partidos políticos. Desta vez foi o assassinato do secretário da FRELIMO na região de Paúnde, no distrito de Mossurize, província de Manica, centro do país. A polícia já está a investigar o caso.
O crime foi protagonizado por três homens armados com metralhadoras AK47, que na madrugada da última quarta-feira (02.10) alvejaram Samuel Ndlovo, secretário da FRELIMO em Paúnde, segundo informou a polícia esta quinta-feira (03.10).
O secretário tinha duas esposas e uma delas explicou à imprensa que o ato aconteceu na calada de noite, quando surpreendentemente três pessoas arrombaram a porta da sua casa.
"Chegaram três pessoas e bateram à porta e o meu esposo questionou perguntando quem era e de que se tratava. Eles empurraram a porta e disseram-lhe 'cala-te', e arrastaram-no para fora de casa. Eu vendo isso desci da cama e sai pela janela. Já fora ouvi o meu esposo a dizer: porque me querem matar? E sem demoras ouvi som de arma. E ela tocou uma vez. Aconteceu isso a minha vista", contou a esposa.
"Um grande quadro da FRELIMO"
A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), através da cabeça-de-lista Francisca Domingos Tomás, solidarizou-se esta quinta-feira junto à família e a população daquela zona, que está aterrorizada em virtude do chamado "ato macabro”.
Posted on 04/10/2019 at 11:13 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Violência em Cabo Delgado começou há dois anos e continua por controlar - analistas
Os ataques armados a aldeias do Norte de Moçambique continuam fora de controlo, quando se completam dois anos, no sábado, desde a primeira incursão, disseram hoje analistas ouvidos pela Lusa.
"Não me parece que a situação esteja controlada", referiu Fernando Lima, presidente do grupo de comunicação social Mediacoop e um dos jornalistas que acompanha a situação.
Segundo as contas feitas pela Lusa, com base nos relatos noticiados, o número de mortes já deverá rondar as 250.
Desde que a violência começou, têm havido mais ataques, tanto contra civis como contra militares - sendo que alguns parecem ter raízes em extremismo islâmico que já ameaçava a região, mas a maioria tem motivações desconhecidas.
Fernando Lima defende uma "estratégia multidisciplinar" por parte do Governo, que acautele o combate no terreno para o qual as autoridades devem estar mais bem preparadas, por exemplo, ao nível da recolha de informação.
Mas também se deve promover a paz religiosa e a melhoria das condições de vida na região, porque a pobreza pode estar a causar revolta.
"Não basta opor terror ao terror", referiu.
O analista defendeu também maior abertura por parte das autoridades para que passem a informar sobre o que se passa e a trabalhar com académicos que têm experiência neste tipo de cenários.
Tristan Gueret, analista na consultora Risk Advisory, em Londres, disse que os ataques "estão longe de estar controlados": São "mais frequentes este ano que em 2018" e espalharam-se para sul e leste desde o início, em Mocímboa da Praia (vila do primeiro ataque, a 05 de Outubro de 2017), afectando mais distritos de Cabo Delgado.
Posted on 04/10/2019 at 11:03 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião | Permalink | Comments (0)
03/10/2019
Ataques: Governo anuncia reforço de equipamento militar fornecido pela Rússia
O ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, José Pacheco, anunciou hoje que a Rússia forneceu equipamentos militares a Moçambique para apoiar as forças governamentais no combate a grupos armados em Cabo Delgado.
"Este apoio pontual, que ocorre no âmbito da cooperação com a Rússia, tem a ver com o reforço da nossa capacidade para defender as pessoas e manter a ordem, segurança e tranquilidade pública", disse José Pacheco, durante uma conferência de imprensa momentos após aterrar no Aeroporto Internacional de Maputo, no regresso de Assembleia Geral das Nações Unidas.
Fotos do material russo a ser descarregado num aeroporto do norte do país começaram a circular em Setembro nas rede sociais, associadas a textos sobre uma suposta presença de tropas para apoiar o combate a uma onda de ataques armados que afecta a região há dois anos.
O chefe da diplomacia moçambicana não especificou se, além do equipamento, há militares russos na região - facto negado pela embaixada da Rússia em Moçambique. Também não revelou que tipo de equipamentos nem que quantidade foi fornecida.
Em nota enviada à Lusa há duas semanas, a representação diplomática referiu que a deslocação de unidades das forças armadas russas ao estrangeiro requer "o convite do Estado-parceiro", a assinatura dos respectivos acordos e "a aprovação da câmara alta do Parlamento da Federação da Rússia, como ocorreu no caso da Síria".
Segundo Pacheco, "todos os apoios são bem-vindos" para devolver a segurança às comunidades afectados pelos ataques no norte de Moçambique.
Posted on 03/10/2019 at 23:37 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (1)
Russian mercenaries win contract to fight in Mozambique
A private Russian military group has reportedly beat off competition from American rivals to a Mozambique government contract, that will see troops take on militant Islamist groups in the country.
According to a report in The Times, the Wagner Group, a privately organisation that has been reportedly been involved in conflicts in Ukraine and Syria, saw off competition from an operation owned by Erik Prince, founder of Blackwater, a US private security company that has been in Iraq.
At least 200 soldiers, including highly trained elite troops, and three attack helicopters are thought to be in Mozambique as part of operations.
According to a report in The Times, the Wagner Group, a privately organisation that has been reportedly been involved in conflicts in Ukraine and Syria, saw off competition from an operation owned by Erik Prince, founder of Blackwater, a US private security company that has been in Iraq.
At least 200 soldiers, including highly trained elite troops, and three attack helicopters are thought to be in Mozambique as part of operations.
Posted on 03/10/2019 at 23:20 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Gás - Petróleo - Biodiesel, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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