domingo, 1 de setembro de 2019

Ontem foi o funeral do Rodolfo.

Ontem foi o funeral do Rodolfo.
Estiveram presentes muitos familiares e amigos.
Dentre o familiares destaco a Tirza Couto, a sua filha mais velha, que veio de Londres; Paula e Jorge Couto, que vieram de Maputo e Beira.
A minha despedida pessoal foi a seguinte:
Mensagem de despedida a Rodolfo Couto
Estamos aqui hoje para o último adeus a Rodolfo José Ferreira Couto, filho de Alfredo João do Couto e da minha queridíssima avó Filomena José Ferreira. Nasceu no Bairro Chabeco, de parto tradicional, natural na nossa geração.
Foi casado com Maria Augusta Umbelina Couto, com quem teve três filhos, a Tirza, a Natacha e o Cuca (o Rodolfo pequenino).
Rodolfo era irmão da minha mãe mas mais velho que eu alguns meses (durante três meses tínhamos a mesma idade).
Crescemos juntos a partir dos dez anos de idade, pois antes eu estava em Tete.
O que fascinava no Rodolfo era a intensidade com que vivia cada momento, cada vivência, cada experiência.
Isso transfigurava cada realidade, cada pessoa, cada livro, cada acontecimento, tornando-o impar, único. Tinha essa lente de aumento para com aquilo que o encantasse.
E essa forma de encarar a realidade capturava cada familiar, amigo, amante, filho, neto.
Era, por essência e natureza, um seduzido sedutor, rendido ἁ vida.
Outras características eram a sua alegria, a sua capacidade de encarar a vida não muito seriamente. Cada contrariedade era reduzida nas suas dimensões e transfigurada, por vezes até ao ridículo.
Isso fez com que cada um de nós que vivemos com ele tivéssemos uma vivência única, inesquecível. Os que cresceram com ele, a mulher que amou e com quem casou, os filhos, os amigos, ficaram indelevelmente capturados pela sua personalidade.
Por tudo isso, não se identificava com o regime que empobrecia a nossa sociedade e a cada um de nós.
Rodolfo Couto faleceu com 71 anos de idade. Passou por todas as vicissitudes que o ser humano deve passar: cresceu, brincou, namorou, trabalhou, viajou, casou, teve filhos e netos, ganhou umas batalhas e perdeu outras. Enfim, viveu.
Então agora e para a eternidade, que a tua alma descanse em paz, tio, irmão, amigo, cúmplice de tantos momentos, alegres ou não, até sempre!
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