Ontem foi o funeral do Rodolfo.
Estiveram presentes muitos familiares e amigos.
Dentre o familiares destaco a Tirza Couto, a sua filha mais velha, que veio de Londres; Paula e Jorge Couto, que vieram de Maputo e Beira.
Dentre o familiares destaco a Tirza Couto, a sua filha mais velha, que veio de Londres; Paula e Jorge Couto, que vieram de Maputo e Beira.
A minha despedida pessoal foi a seguinte:
Mensagem de despedida a Rodolfo Couto
Estamos aqui hoje para o último adeus a Rodolfo José Ferreira Couto, filho de Alfredo João do Couto e da minha queridíssima avó Filomena José Ferreira. Nasceu no Bairro Chabeco, de parto tradicional, natural na nossa geração.
Foi casado com Maria Augusta Umbelina Couto, com quem teve três filhos, a Tirza, a Natacha e o Cuca (o Rodolfo pequenino).
Rodolfo era irmão da minha mãe mas mais velho que eu alguns meses (durante três meses tínhamos a mesma idade).
Crescemos juntos a partir dos dez anos de idade, pois antes eu estava em Tete.
Crescemos juntos a partir dos dez anos de idade, pois antes eu estava em Tete.
O que fascinava no Rodolfo era a intensidade com que vivia cada momento, cada vivência, cada experiência.
Isso transfigurava cada realidade, cada pessoa, cada livro, cada acontecimento, tornando-o impar, único. Tinha essa lente de aumento para com aquilo que o encantasse.
E essa forma de encarar a realidade capturava cada familiar, amigo, amante, filho, neto.
Isso transfigurava cada realidade, cada pessoa, cada livro, cada acontecimento, tornando-o impar, único. Tinha essa lente de aumento para com aquilo que o encantasse.
E essa forma de encarar a realidade capturava cada familiar, amigo, amante, filho, neto.
Era, por essência e natureza, um seduzido sedutor, rendido ἁ vida.
Outras características eram a sua alegria, a sua capacidade de encarar a vida não muito seriamente. Cada contrariedade era reduzida nas suas dimensões e transfigurada, por vezes até ao ridículo.
Isso fez com que cada um de nós que vivemos com ele tivéssemos uma vivência única, inesquecível. Os que cresceram com ele, a mulher que amou e com quem casou, os filhos, os amigos, ficaram indelevelmente capturados pela sua personalidade.
Isso fez com que cada um de nós que vivemos com ele tivéssemos uma vivência única, inesquecível. Os que cresceram com ele, a mulher que amou e com quem casou, os filhos, os amigos, ficaram indelevelmente capturados pela sua personalidade.
Por tudo isso, não se identificava com o regime que empobrecia a nossa sociedade e a cada um de nós.
Rodolfo Couto faleceu com 71 anos de idade. Passou por todas as vicissitudes que o ser humano deve passar: cresceu, brincou, namorou, trabalhou, viajou, casou, teve filhos e netos, ganhou umas batalhas e perdeu outras. Enfim, viveu.
Então agora e para a eternidade, que a tua alma descanse em paz, tio, irmão, amigo, cúmplice de tantos momentos, alegres ou não, até sempre!
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