quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Eu seria facilmente eleito

Terça-feira, 3 de setembro de 2019
'Eu seria facilmente eleito'

O procurador Deltan Dallagnol considerou se candidatar ao Senado nas eleições de 2018, revelam mensagens trocadas via Telegram e entregues ao Intercept por uma fonte anônima. Num chat consigo mesmo, ele chegou a se considerar “provavelmente eleito”. Também avaliou que a mudança que desejava implantar no país dependeria de “o MPF lançar um candidato por Estado” — uma evidente atuação partidária do Ministério Público Federal, proibida pela Constituição.

Em 29 de janeiro de 2018, numa longa mensagem enviada para ele mesmo, Dallagnol refletiu: “Tenhoapenas 37 anos. A terceira tentação de Jesus no deserto foi um atalho para o reinado. Apesar de em 2022 ter renovação de só 1 vaga e de ser Álvaro Dias, se for para ser, será. Posso traçar plano focado em fazer mudanças e que pode acabar tendo como efeito manter essa porta aberta”.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA →  
Editor Contribuinte Sênior
Repórter

Destaques

Leia a série com as mensagens secretas da Lava Jato
The Intercept Brasil
Uma enorme coleção de materiais nunca revelados fornece um olhar sem precedentes sobre as operações da força-tarefa anticorrupção que transformou a política brasileira e conquistou a atenção mundial.
Áudios: Corregedor-geral do MPF acobertou confissão de procurador da Lava Jato que pagou por outdoor ilegal
Amanda Audi, Rafael Neves, Victor Pougy
Oswaldo Barbosa abafou caso depois que Deltan Dallagnol atuou para proteger o procurador Diogo Castor de Mattos.
Lava Jato usava chats para pedir dados fiscais sigilosos sem autorização judicial ao atual chefe do Coaf
Paula Bianchi, Leandro Demori
Procuradores realizavam consultas "informais" para saber até se seguranças de Lula compraram geladeira e fogão para o sítio de Atibaia.
Deltan e Lava Jato usaram Vem Pra Rua e instituto Mude como lobistas para pressionar STF e governo
Rafael Neves, Rafael Moro Martins
Procurador agiu ocultado por movimentos em pautas que envolviam decisões do Supremo e de Michel Temer.
A turma protegida pela Lava Jato: bancos, FHC, Guedes, Álvaro Dias e Onyx
João Filho
O antipetismo selou a união entre o presidente e Lava Jato. Agora que o objetivo foi alcançado, o romance acabou.
20 dias caçando médicos do SUS no bairro paulistano em que se morre mais cedo
João de Mari
Tâmara Pereira sofre para equilibrar o emprego e cuidar dos filhos em Cidade Tiradentes, extremo leste da maior cidade do país.

Sem comentários:

Enviar um comentário

MTQ