quinta-feira, 28 de março de 2019

Houve uma frase na sequência do 25 de Abril que foi emblemática - "O povo unido jamais será vencido". O império jogou forte na tentativa de tomar o controle dos grandes recursos da Venezuela (com o lamentável seguidismo de alguns lacaios europeus), única coisa que lhe interessa. Estivesse o governo venezuelano disposto a alinhar nesse desejo e seria o mais legítimo e democrático dos governos. O império não olhou a meios. Lançou mão de açambarcamentos de bens essenciais, promoveu o desvio de medicamentos, decretou sanções a políticos, militares e juizes, e procedeu a sabotagens de todo o tipo, bem como o congelamento de vultosos fundos no exterior. O império esperou que tais medidas voltassem a população contra o governo. Mas, pelo menos até agora, foi exactamente o contrário que sucedeu. O povo está mais do que nunca do lado do governo e contra as ingerências. Alguém ouviu, desde o início da crise, o império ou o fantoche por si designado reclamar por eleições? Pois é, interessa-lhes é o poder e sabem que por aí não vão lá.

Guaidó impedido para exercer cargos públicos durante 15 anos

Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, foi esta quinta-feira inabilitado para exercer cargos públicos
Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, foi esta quinta-feira inabilitado para exercer cargos públicos durante 15 anos, anunciou Elvis Amoroso, responsável por zelar pela transparência do Estado venezuelano.
Amoroso, avançaram a Reuters e a BBC, considerou que Guaidó apresentou inconsistências nos seus registos financeiros e um nível de despesas que não batem certo com os rendimentos de que aufere oficialmente.
Guaidó, de 35 anos, declarou-se presidente interino da Venezuela a 23 de janeiro, depois de ter encabeçado uma campanha a nível internacional para a rejeitar a tomada de posse, 13 dias antes, de Nicolás Maduro.
Apoiado pelos EUA, países latino-americanos como o Brasil e europeus como Espanha, Reino Unido e Portugal, Guaidó tem mobilizado os venezuelanos a revoltarem-se nas ruas contra o regime chavista.
Mas, do outro lado da barricada, a apoiar Maduro, sucessor de Hugo Chávez no poder, estão potências não menos importantes como Rússia, China, Irão e Turquia. E os militares venezuelanos. Daí que, até agora, ainda não tenha caído.
Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu na Casa Branca a mulher de Guaidó, Fabiana Rosales. "A Rússia deve sair [da Venezuela]", declarou Trump, no final de um encontro com a ex-jornalista.
"Pedimos à Rússia que suspenda todo o seu apoio ao regime de Maduro, apoie Juan Guadió e permaneça ao lado das nações em todo o continente, até que seja restaurada a liberdade", afirmou Mike Pence, o vice-presidente de Trump.
O número 2 da Administração norte-americana disse que Rosales é uma mulher "corajosa" e garantiu que os EUA estão incondicionalmente ao lado da oposição a Nicolas Maduro, liderada pelo marido, Juan Guaidó.

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