Os militares abandonaram a Venezuela em resposta ao apelo do autoproclamado Presidente Juan Guaidó.
O Governo venezuelano denunciou este sábado que mais de 500 militares que desertaram nos últimos dias e cruzaram a fronteira com a Colômbia planeiam uma incursão violenta no país com o apoio dos Estados Unidos da América.
"Denuncio e alerto o país que o narco governo de Ivan Duque com a desculpa do 'estatuto de refugiado' que atribuiu aos mercenários e traidores que fugiram no passado 23F [23 de fevereiro] , usa o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Cúcuta para cobrir a logística de alojamento", indicou, na rede social Twitter, o dirigente chavista Freddy Bernal.
O oficial, que foi designado pelo Governo de Nicolás Maduro como autoridade máxima do estado venezuelano de Táchira - fronteiriço com a Colômbia - referia-se às deserções que começaram no sábado passado durante os protestos antigovernamentais nesta região e das quais resultaram 300 feridos.
Assinalou que o grupo de desertores, que segundo a agência de migração e fronteiras da Colômbia chega aos 567, é liderado pelo general na reserva Cliver Alcalá, um antigo defensor do chavismo.
"Eles pretendem nos próximos dias fazer incursões violentas contra a Venezuela com armamento comprado pelos Estados Unidos na Europa de Leste", prosseguiu.
Pediu ainda ao ACNUR para que faça uma "revisão imediata do uso que o narco governo da Colômbia faz desta nobre agência e do estatuto de refugiados, atribuído a estes mercenários alojados em Cúcuta".
Os militares abandonaram a Venezuela em resposta ao apelo do presidente do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, que se autoproclamou Presidente da Venezuela contra o que considera a usurpação da Presidência por Nicolas Maduro, e conta com o apoio de cerca de 50 países, incluindo a Colômbia.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, disse, esta semana, que há pelo menos 109 desertores, tendo pedido a sua expulsão das Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) que, segundo disse, se mantém "fiel" a Maduro.
Lusa
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