segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Câmara dos Representantes dos EUA traça retoma de trabalhos sem ceder a Trump




Os democratas da Câmara dos Representantes preparam uma estratégia que permita retomar os trabalhos legislativos, sem conceder os fundos pretendidos por Trump para construir o muro com o México.


ERIK S. LESSER/EPA

Os democratas da Câmara dos Representantes norte-americana preparam uma estratégia que permita retomar os trabalhos legislativos, sem conceder os fundos pretendidos pelo Presidente Donald Trump para construir o muro com o México, noticia a agência Associated Press.
Segundo um assessor que divulgou o plano sob anonimato, citado pela agência norte-americana AP, a legislação para financiar o Departamento da Segurança Interna manter-se-á a inicialmente prevista – 1,3 mil milhões de dólares para o controlo fronteiriço -, abaixo dos 5 mil milhões que o Presidente Donald Trump exige para construir o muro na fronteira com o México.
A Câmara dos Representantes está a preparar-se para votar o projeto na quinta-feira, quando o novo Congresso se reunir.
A câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos e o Presidente Donald Trump mantêm há dez dias um braço de ferro que causou a paralisia parcial da administração federal.
Entretanto, já depois de se conhecer a intenção da Câmara dos Representantes para desbloquear o impasse legislativo, Trump insistiu, como habitualmente através da rede social Twitter, na intenção de construir um “muro sólido” na fronteira com o México.
A declaração surge também um dia depois das indicações do secretário-geral da Casa Branca, John Kelly, de que a Administração teria abandonado “a ideia de um muro sólido e concreto”.
As negociações entre democratas e republicanos para acabar com a paralisação parcial (shutdown) do governo federal dos Estados Unidos fracassaram na quinta-feira e deverão continuar esta semana.
Sem orçamento, muitos ministérios e agências governamentais fecharam as portas no sábado de manhã, deixando cerca de 800 mil funcionários em licença sem vencimento ou, em serviços considerados essenciais, forçados a trabalhar sem remuneração em pleno período de festas.

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