terça-feira, 27 de novembro de 2018

Populismo e combate à corrupção a ferro e fogo


O presidente populista, o JLo, apareceu em público com discurso de combate à corrupção, mas, curiosamente, não apresentou a sua estratégia de longo prazo sobre o assunto. Ou será que eu é que estou distraído?
Se eu estiver distraído, peço perdão! Se eu não estiver distraído, posso fazer uso das minhas liberdades e pensar que o presidente populista está a usar a estratégia do antigo presidente, que, curiosamente, não tem nada de populista. Ou sera que nem o antigo presidente tinha uma estratégia anti-corrupção? Será que aqui também estou distraído? Se eu estiver, peço igualmente, perdão.
Em todo o caso, sinto que ha tres coisas que estão erradas, nesse combate à corrupção a ferro e fogo. A primeira coisa é a estratégia. Até agora, estamos perante um one man show, pois ainda não vi a mesma contundência discursiva e de ação institucional que esteja a dar eco a “estratégia presidencial” de combate à corrupção. Ou será que eu estou outra vez distraído?
A segunda coisa é o populismo. Aqui, está patente a velha e insustentável estratégia do one man show. Está estratégia, geralmente, é de curta duração e criadora de inimigos. Será que o presidente JLo e os seus conselheiros tem a convicção de que vão atingir os seus objetivos e as suas metas de combate à corrupção, a curto prazo? Será que o presidente JLo não tem ambições de um segundo mandato partidário e do Estado?
A terceira e última coisa é o problema de procedimentos associados a cálculos políticos. A estratégia “ferro e fogo” é boa para ganhar corações e mentes de elites urbanas, geralmente com sentido de vítima de marginalização, mas não é determinante para atrair a simpatia de quem está arduamente lutando pelo pão a mesa. Estes, que vivem numa permanente incógnita sobre a quantidade e a qualidade de nutrientes que tardam a entrar nos seus estômagos, nas suas veias e nas suas células não estão predominante focalizados no combate à corrupção. Se não provar, por A+B, com resultados práticos, de que o combate à corrupção vai levar dinheiro ao bolso dessas pessoas, então...
Que tal se o procedimento fosse centralizado em fazer o aviso, estabelecer a maquina para fazer cumprir o aviso no segundo mandato? Que tal?
Calton
Ps: pelo que eu sei, o presidente JLo só avisou aos Cdas a cerca da sua ofensiva contra os seus Cdas prevaricadores, mas não apresentou nenhum plano de combate à corrupção junto dos órgãos do MPLA!
Ps: sera errado pensar que essa estratégia é só do Presidente populista, no lugar de ser do partido?! 🤔
Ps: sera errado visualizar um cenário de descontinuidade, com o próximo presidente do MPLA e, por essa via, um um fracasso? Ou será que temos que esperar pela estratégia do presidente populista para ver os objetivos e as metas? Só assim, vamos poder avaliar, sem paixões e sem precipitações, o combate anti-corrupção com tom populista?
Ps: eu estou a usar, de forma abusiva, a palavra estratégia. Estou ciente de que em alguns casos não é correcto. Entretanto, insisto na palavra, pois está na moda. Além disso, eu Só estou a imitar os outros que pensam que a palavra estratégia faz magias como, por exemplo, ser levado a sério!
Comentários
Alberto Branco Tens razao na argumentação. So ainda não percebi a razao de apelidares o J-Lo de populista.
Gerir
Rufino Sitoe E se o populismo for a estratégia? Está a ganhar os corações e mentes dos angolanos pelo menos. E a reduzir cada vez mais o espaço político da UNITA...não nos esqueçamos que ele vem recebendo raids das ex-filhas presidenciais. Possivelmente tenha atingido o ponto de saturação.
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Nadia Issufo Andas meio distraido...
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Abdul Givá Oh Calton Cadeado, pode dar um esclarecimento sobre o que é ser um Presidente Populista? Desculpe pela minha ignorância....
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Domus Oikos Abdul Givá sou intruso e vou responder. Populista em poucas palavras um que quer sair bem na foto (pra ser aplaudido pelo publico) mas na verdade é zero de acção. Algo sem conteúdo. Este adjectivo não é verdadeiro porque os resultados alcançados em pouco tempo são reais. Uns tem medo que este modelo chegue aqui em Moz. Uns estão ja aflitos pelos seus chefes. 😂😂😂😂...
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Abdul Givá Domus Oikos pois é Prof. Domus, eu coloquei essa pergunta ao Prof. Calton Cadeado em jeito de provocação de um debate. Sabemos que um dirigente do Estado populista refere - se aquele que busca a simpatia pelo povo,, defensor do povo, politico que se orienta pela obtenção do favor popoular, através de medidas que agradam sobretudo às classes com menor poder económico. Portanto, dirigente populista visa simplesmente granjear a simpatia e conquistar corações das massas, mas no entanto, em termos concretos e das suas promessas populistas nada de concreto e de conteúdo realiza. Ora, para o caso do Presidente Angolano, em que medida ele é um Presidente Populista? Há resultados concretos de combate a corrupção e ao crime económico....já há dirigentes detidos, já houve recuperação de uma parte dos dinheiros públicos desviados ( caso dos 500 milhões de dolares americanos), apenas pra citar alguns exemplos....portanto, há acções concretas e resultados visíveis....
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Matenglane Muchanga Domus Oikos perder tempo. O Cadeado é um lambebota porque só um cego e surdo pode ter dificuldades de ver o trabalho corajoso do JLo.
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Domus Oikos Matenglane Muchanga exacto graças a este presidente Angola começa.a ter esperança. Os dinheiros roubados ao povo começam a serem devolvidos.
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Raul Chambote Calton Cadeado, essa duvida metodica acrescenta valor aos seus questionamentos. E eu adicionava um: desde que a campanha "contra o ninho de marimbondo" iniciou, quantos USD retornaram para Luanda? Ou seja, algum ninho de marimbondo caiu?
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Domus Oikos Qual plano precisa ainda Calton CadeadoCarlton? Este é plano porque as acções são concretas. Fazer devolver os dinheiros roubados pela nomenclatura cleptocrática. Este homem é grande homem.
Gerir
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Jay Cee Malôa 1- Andas completamente distraído. Ele tem um plano a longo prazo e já está a executá-lo. 
2- Em Africa, onde as instituições sao fracas, o líder desempenha um papel primordial nas iniciativas de fortalecimento das mesmas. Tinha que ser ele mesmo a dar 
a cara no assunto. Lembras quando Guebuza fez o mesmo e chamou JAC de "Deixa Andar"? Infelizmente no trajecto complicou-se e nao chegou a ser contundente como está a ser este a quem o chamas de One Man Show.
3- Não existe política fluída sem uma dosagem de populismo. Vide o exemplo de Putin e quantos ele encavilhou. Populismo não é sinónimo de burrice. É possível se ser populista e ao mesmo tempo genial.
4- Estratégias não precisam ser públicas. Principalmente as que visam lidar com corrupção. A Lava Jato é um bom exemplo disso. Quando começou, ninguem imaginava a amplitude e olhe, até hoje, quantos estao recolhendo aos calabouços.
5- Não creio que One Man Show seja insustentável. Angola é um país de regime presidencialista. Sabes quanto poder lhe assisti? Imagine um Moçambique, em que o PR até nomeia reitores. Como nao ser autoritário em certos assuntos?
6- Quanto ao seu terceiro e último ponto, nao estas em contacto com o povo angolano. Nao é a elite urbana que esta aplaudindo efusivamente o seu PR. O povo angolano já precisava de algo parecido a muito, e porque nunca comeu a custa de elite nenhuma, sua preocupação definitivamente nao esta na quantidade de nutrientes que entram no seu prato por via eatas acções. O povo lá esta sedento de justiça. Agora, se ela vai chegar ou não, esse pode ser outro debate.
Faça a sua justiça Willy Piassa.
Gerir
Calton Cadeado Jay Cee Malôa, my friend!
Como é que se chama o tal plano? Aonde é que foi aprovado? Quais são os objetivos? Quais são as metas?
Gerir
Jacinto Américo Calton Cadeado se vai se combater a corrupção qual seria o objetivo na eventualidade de existir tal plano ? é uma pergunta meio desnecessária. É politicamente obrigatório que o plano tenha nome? se sou diretor e pretendo combater algo na instituição tenho que obrigatóriamente apresentar para ser aprovado? depende do caso.
Gerir
Jay Cee Malôa No seu texto questionavas sobre estratégias. Argumentei a volta disso. Agora me perguntaste sobre o plano. Encontre em anexo:
Gerir
Narciso Sandulane Acho não foi o Professor Calton Cadeado que escreveu o texto,é muita distração para alguém que ensina e pesquisa relações internacionais.vou mesmo parar por aqui mas estou desapontado com o Professor,minha filha de 10 anos sabe o que está a acontecer em Angola via noticiarios e imagine alguém que vive rodeado de livros e TICs de ponta anda distraido.
Gerir
Calton Cadeado Meus caros amigos! Eu li e reli os manifestos eleitorais de eleição que colocou JES e de JLo no poder. Eu sugiro que façam o mesmo. Procurem lá a questão de corrupção. Para início de conversa, procurem simplesmente a palavra corrupção. Depois venham, aqui, com toda humilde, dizer quantas vezes a palavra corrupção aparece mencionada! Depois vamos debater!
Meus caros amigos! O Estado, sublinho, o Estado é muito mais do que indivíduos. O Estado não pode viver de vontades de indivíduos. O Estado tem que viver de vontades do Estado que devem ser construídas com caracter institucional. Isto é importante porque as pessoas passam. Mas, as instituições devem ficar, principalmente o Estado! Quem vai garantir a continuidade do bem intencionado projeto de combate à corrupção do Presidente JLo se o projeto estiver só na cabeça dele? Será que ele não precisa de ter documento/ estratégia porque ele acredita que vai resolver ou acabar a corrupção, em Angola? 
Essa é uma falácia grande dizer que não precisa ver documento. O pior de tudo é não ver que o JLo está a agir como o “One man show , a moda Luís XIV - o Estado sou eu”
Gerir
Jay Cee Malôa Queria citar artigos, buscar este e aquele exemplo... mas... não vale a pena. Te conheço eu hehehe... 😂 Bom fim de semana meu amigo. Te incomodarei no teu proximo post.
Gerir
Willy Piassa Jay Cee Malôa, não percebi bem se estavas a concordar ou a discordar totalmente com o meu post. Mas pronto! Eu penso que o JLO fez e está a fazer uma leitura correcta dos anseios do povo. Quando ele disse que “somos milhões e contra milhões ninguém combate”, ele está a chamar o povo para si contra os tubarões no país que detém o poder económico e que estão contra as reformas profundas que ele quer implementar. Na verdade, como estudantes de política, não nos vamos esquecer que na maior parte das grandes nações de hoje, tiveram um dia alguém de punho forte que teve que colocar as bases pelas quais as futuras gerações hoje trilham. Penso que esta é igualmente a leitura que o Paul Kagame fez no Rwanda. É verdade que em África as divisões étnicas alimentaram o nego-patrimonialismo e fez com que muitos líderes se preocupassem mais arranjar formas assegurarem o seu poder do que servir o povo. Em Angola, no geral, não existem problemas tribais na escolha de quem nos governa. Portanto, se não houver atentados contra a figura do PR, acredito que ele pode operar mudanças que podem mudar o nosso actual landscape político. Mas o caminho é longo e muito escorregadio.
Gerir
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Calton Cadeado Willy Piassa!
Eu concordo contigo quando dizes que quase todos Estados que se desenvolveram foram, de certa forma, governados com mão dura. Alguns Estados até se desenvolveram com base em ditadura. Esses são os chamados casos de ditaduras desenvolvimen
tistas. Esses são os casos dos “ditadores benevolentes”... Nestes casos, está provado que se trata de One Man Show!
Eu não tenho problemas em relação a necessidade e a legitimidade de o Presidente JLo desenvolver o combate contra a corrupção. O meu problema está na forma e na sustentabilidade. Pela forma personificada como está a acontecer o combate e pela velocidade que está a tomar, não tarda a criar um desgaste. JLo está a entrar para a situação de Luís XIV - o Estado sou Eu...
Gerir
Willy Piassa Calton Cadeado , o que está a acontecer em Angola não é bem one-man show, como diz. Existem no seio do próprio MPLA muita gente ávidas na mudança estrutural da forma de governação e no combate cerrado à corrupção. Aliás, é bom que não se perca de vista que historicamente o MPLA sofreu várias cisões/frações que visavam mudanças foram reprimidas pelas lideranças porque colocava em causa os privilégios que a liderança proporcionava. Nos últimos anos, as pessoas que se reviam na liderança de JES dentro do próprio MPLA não passava de meia centena e havia quase um consenso que era tempo de mudanças. É claro que esta luta poderá levar muitos a prisão.
Gerir
Calton Cadeado Willy Piassa!
Mudanças sempre geram resistências. Sempre! 
Desejo de mudança é algo natural. Mas, sempre vai gerar resistências!

Portanto, a resistência vira de quem vai ganhar e de quem vai perder com a mudança!
No caso de JLo, a coragem de impor mudança é apreciada como uma forma de ganhar mentes e corações. A mudança é apreciada como uma forma de fazer a substituição de elites. A mudança até é apreciada como uma forma de fazer a vingança em relação à elite personificada na figura de JES!
Aí está o problema. A personificação. Esta personificação até tem contornos de emboscada!
Eu li o manifesto eleitoral do MPLA que colocou JES na presidência e li trechos de manifesto eleitoral que colocou JLo no poder. Em ambos manifestos, a corrupção não é assunto de destaque! Porquê? Afinal o manifesto eleitoral não é a base do programa nacional de desenvolvimento?
A questão da corrupção só apareceu destacada no discurso de JLo no Congresso extraordinária que o legitimou como presidente do MPLA. Por que será que JLo esperou o Congresso para mostrar a sua ação discursiva contundente contra a corrupção? 
Eu tenho muitas outras perguntas para fazer, mas vou ficar por aqui, com a certeza de que o JLo vai ser um artista que morre no princípio do filme. A morte aqui será o desgaste e a descontinuidade. Só não posso falar de fracasso total porque não vi e não conheço a estratégia ou o documento de longo prazo de JLo que sustenta o combate à corrupção. 
Ps: enquanto isso, eu continuo seguindo atentamente, como sempre segui, a política (doméstica e internacional) de Angola até ver os objetivos e as metas de JLo no combate à corrupção!
Gerir
Willy Piassa Não é verdade que a questão da corrupção só apareceu no congresso que legitimou o JLO como presidente do MPLA. Acho que o Calton não acompanhou bem a campanha eleitoral como diz. Há uma palavra célebre empregue por JLO na província a do Zaire quando disse que vamos colocar sal na gasosa que ilustrava bem a determinação do mesmo em combater a corrupção. A luta contra a corrupção foi o grande cavalo de batalha do JLO e é exactamente por isso que a maior parte do povo está agradado com ele. Ele prometera durante a campanha que ninguém é rico em demasia que não pode ser julgado ou pobre demais que não pode ser protegido pela justiça. Durante a campanha ele esteve todo o tempo a prometer o que iria ou queria fazer. Portanto, Ele está a mostrar-se coerente com aquilo que prometeu. O problema é que a luta contra a corrupção tem estado nos discursos e agendas do MPLA nos últimos 10 anos e muitos pensavam que o JLO seria mais um JES que prometeu imprimir uma nova dinâmica nessa luta e pouco fez. A tolerância zero e a lei da probidade são todas viradas para o combate à corrupção. Aliás, o quadro legal de Angola no que tange ao combate à corrupção é rica. O seu problema foi sempre a sua implementação. Portanto, não é verdade a sua afirmação. Estes tipos de análise sem muita informação podem ser perigosas, caro Calton.
Gerir
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Calton Cadeado Eu não tenho o mesmo nível de informação que alguém que vive o dia a dia político de/ em Angola. Mas, não duvide do meu envolvimento no acompanhamento da política doméstica da SADC, incluindo Angola. 

Quanto a expressão “Sal na gasosa”, eu acompanhei 
esse dado que, quanto a mim, estava direcionado ao pobre cidadão. Neste caso, JLo estava direcionar o seu discurso ao pobre cidadão que tem que pagar gasosa para aceder a serviços públicos como, por exemplo, saúde, educação e segurança. Esse era o foco, meu caro. O discurso cerrado de combate à corrupção, inclusive direcionado aos seus Cdas, continuo a dizer que só apareceu no congresso extraordinário. 

A pergunta que não quer calar, amigo Willy, é: por que motivo, o MPLA não colocou acento tônico ao combate à corrupção , quer no manifesto eleitoral de JES, quer no manifesto eleitoral de JLo? A outra pergunta que não quer calar é: por que é que JLo so falou do combate à corrupção, incluindo os Cdas, durante a campanha eleitoral? Por que é que só fez isso no congresso? Era uma emboscada contra os Cdas?
Gerir
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Willy Piassa A luta contra a corrupção é em todos os níveis. Existem muitos funcionários dos vários níveis a responderem por casos nos tribunais e alguns já foram condenados. Por outro lado, não é verdade que o tónico da luta contra a corrupção virado contra os camaradas foi apresentado somente no acto de tomada de posse de JLO como presidente do MPLA. A grande diferença foi quando ele falou sobre a necessidade do MPLA liderar de frente e alguns dirigentes poderem ser os primeiros a cair nesta luta. Mas é importante não nos esquecermos que governadores provinciais tais como Rui Falcao e antes Isaac do Anjos, dois altos dirigentes do MPLA já há muito que haviam lançado as bases sobre a necessidade de haver uma luta cerrada contra a impunidade. Marque está palavra “impunidade”. Tudo aqui se resume a isso, luta contra a impunidade.
Gerir
Responder2 dia(s)Editado
Calton Cadeado O Isaac dos Santos foi governador de Benguela no consulado de JES... O assunto é a estratégia populista de JLo no combate à corrupção. 
Ps: Eu não conheço conheço nenhuma ação populista de combate à corrupção de Isaac dos Santos, nem de JES.
Ps: o julg
amento e condenação de funcionários corruptos não começou, agora, no consulado de JLo. 
Ps: eu não conheço, sublinho, não conheço, nenhuma estratégia populista de combate à corrupção que tenha sido bem sucedida. Agora, temos a oportunidade de ver novidades com a estratégia populista de JLo!
Gerir
Willy Piassa Sim, Isaac dos Anjos foi governador provincial no tempo de JES, de Benguela e outras três províncias. Mas é claro que não havia estratégias de combate à corrupção e esta foi sempre a crítica que a oposição e a sociedade civil no geral tinham contra a governação de JES. A grande diferença é que JLO está a colocar em prática aquilo que sempre esteve nos discursos dos dirigentes do MPLA e no quadro legal vigente no país. Portanto, não vejo as coisas nessa tônica de populismo, como coloca. JLO não está a inventar nada.
Sim, houve julgamentos esporádicos de funcionários por desvios mas nunca de uma forma sistemática. Eu tenho andado por esta Angola dentro e sinto o impacto da luta conta a corrupção por onde tenho passado. Gosto do que vejo.
Gerir
Jay Cee Malôa Sempre que alguem vai ao encontro das necessidades do povo, é populista. Se for de encontro com as acções nefastas da elite (nao confundir ao/de encontro) a coisa piora, não é prudente, esta a desconcentrar-se, blablabla. Entao, argumentos neste debate, nao sao frutiferos. Estamos perantes idiossincrasias de classes. Tens defensores ferenhos de status quos, que por inerencia de propositos, dificilmente sairão do seu viés. I am out by now. Mas nesse debate do JES vs JLo, prometo voltar.
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Willy Piassa Jay Cee Malôa, valeu pelo debate. Para terminar, não interessa se chamemos isso de populismo ou não, mas sou daqueles que acha que a luta contra a impunidade será necessária em Angola, Moçambique, África do Sul, Tanzânia e mesmo em Botswana onde os líderes dos partidos que proclamaram as independências desses países se tornaram em verdadeiros aligarcas. Não é um processo fácil e que muitos concordem, mas é necessário. Caso contrário, não estou a ver como criarmos países competitivos.
Gerir
Calton Cadeado Willy Piassa!
Valeu! Debater assim, com argumentos e contra-argumentos e com muita informação dá muito gosto! Thanks! Aquele abraço
Gerir
Willy Piassa Calton Cadeado , kanimambo, mano!
Gerir
Sura Rebelo de Oliveira Ele é populista por mexer com os "fundadores"corruptos? Posso entender q uma figura como JLO seria um pesadelo em Mocambique./Burro nao tem nada ele deve saber o q anda fazer e nao deve andar a construir castelos no ar
Gerir
Odibar Joao Lampeao Valá aquele que sem estratégia combate, há geografias onde estratégia tá cheio de páginas, realizam se seminários em hotéis, comem Chamussas e etc, mas combater mesmo nyente... já não sei esse tal de populismo onde anda
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Calton Cadeado Vá lá mesmo! Vá lá! Mas, isso não retira o demérito do populismo, do One man show que está provado que é prejudicial para as instituições, para o Estado!
Gerir
Abdul Givá Oh Calton Cadeado, em África sobresai a figura do One man show, devido a cultura da governação e caracteristicas das Instituições do Estado em muitos paises deste continente. O líder ou seja, o dirigente máximo do Estado é mais forte em relação às Instituições dos Estado, em alguns casos supera em termos decisórios alguns Órgãos de soberania....Portanto, há q fortificar e solidificar as Instituições do Estado e não se centrar no dirigente....
Gerir
Olivio Kilumbo Kilumbo É discutível e ao mesmo tempo aceitável. Precisamos de mais para crer, mas como disse alguém um dia "vamos dar o benefício de dúvida" enfim, dar-lhe mais um pouco de tempo...
Gerir
Pedro Comissario O que parece problemático é atacar o predecessor em viagem no exterior. Ainda por cima um país ex-colonizador. O que se pretende? Discurso legitimador? Não parece haver contenção nestes discursos. Mesmo nisso, deve haver uma atitude de estado!
Gerir

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