domingo, 1 de julho de 2018

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Editorial
Escrito por Redação  em 29 Junho 2018
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Não restam sombras de dúvidas de que o Governo de Filipe Nyusi está empenhada em colocar o povo moçambicano numa situação de aperto já mais visto antes e pós-independência nacional. Esta semana, em mais um dos seus habituais e obscuros reajustes do preço de combustível, Nyusi e a sua turma decidiram agravar pela quarta vez, desde o início de 2018, o preço da gasolina.
A partir da última quarta-feira (27), os moçambicanos passaram a adquirir a gasolina ao preço de 66,55 meticais. Este é, sem dúvidas, o mais alto preço de todos os tempos. É importante referir que este valor em vigor é praticado somente em Maputo, Beira, Nacala, Monapo e Pemba, pois no resto de Moçambique a situação é mais dramática. Ou seja, os outros moçambicanos são forçados a aceitar o preço definido na lei que determina que o preço é acrescido de custos do transporte e embalagem.
A desculpa usada para esses sistemáticos aumentos do preço de combustível está no discurso segundo a qual os preços são revistos sempre que se verificar alteração nos custos de importação e na taxa de câmbio. Ou seja, o Governo no âmbito da aplicação do Decreto 45 tem estado mensalmente a fazer a revisão dos preços dos combustíveis.
Na verdade, isso não passa de mais uma prova de incompetência por parte do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, pois a cada dia a situação tende a deteriora-se. Aliás, é sabido que no mercado internacional o preço do crude não tem sofrido alterações há bastante tempo. Surpreendentemente, assistimos em Moçambique a subida galopante do preço, que provocam um verdadeiro tsunami nas contas dos moçambicanos.
A título de exemplo, estes 4,49 meticais de agravamento por litro representam um grande revés na conta dos trabalhadores que este ano tiveram aumentos salariais de somente 5 a 18 por cento.
O mais desconfortante é que os aumentos do preço do combustível são feitos em função da suposta alteração do custo de importação, aspecto esse que encontra os moçambicanos desprevenidos. Nesse sentido, questiona-se o porquê do Governo da Frelimo não definir uma taxa ou preço fixo para os combustíveis, de modo a evitar esse todos os meses os moçambicanos sejam obrigados a rever o seu pobre orçamento doméstico.

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