Assassinado pelo regime comunista
Fernandes Baptista é meu irmão. Em Março de 1981, foi preso na onda de prisões que Samora Machel desencadeou, quando o exército sul-africano atacou a Cidade da Matos, nos primeiros de Janeiro daquele ano. O meu irmão tenentes coronel das forças armadas e chefe do departamento de reconhecimento e engenharia no Estado Maior General. Era membro do Comité Central do partido Frelimo. Tinha, à altura dos factos 28 anos de idade.
O regime de Samora Machel para esconder a sua face de fraco, prendeu uma série de oficiais das forças armadas, para dar a entender que o feiticeiro só entra quando alguém de dentro lhe abre as portas.
O meu irmão foi detido e conduzido à cadeia da máxima segurança onde foi duramente torturado. Transferido, na companhia de outros prisioneiros, para um campo de concentração, algures na província de Cabo Delgado, mais tarde levado para a fortaleza da Ilha de Moçambique, onde as torturas prosseguiram. Como consequências dessas torturas, ficou completamente cego e com o corpo todo deformado.
Por último, como já tinha sido inutilizado, o chefe da da Cntra-Inteligencia Militar, o de triste memória, então coronel Lago Lidimo, foi encarregue de o atirar, juntamente com o tenente-coronel Jossias Dhlakama, para o fundo do mar, algemado dos pés às mãos, metidos em sacos de ráfia com pedras, para que os seus corpos não emergissrm e o caso não se tornasse público.
A família, até hoje, ainda não foi informado sobre as razões ou as possíveis culpas de que o acusaram. Nós conhecemos a identidade de toda a equipa que participou no assassinato do meu irmão. Conhecemos los por nome de cada um deles. Estamos profundamente feridos e esperamos, ao sol, pela chegada do grande dia da justiça. Continuamos a exigir que nos digam para onde o jogaram. Queremos justiça e a nossa voz não se casará jamais.
Os assassinos do meu irmão continuam a cruzar os nossos caminhos e, por vezes, com um sorriso satânico entre os lábios. Hoje fingem que respeitam o direito à vida das pessoas e até se proclamam heróis da pátria.
Onde está o meu irmão e o que ele fez de tão cruel para merecer uma morte tão cruel. Os que decidiram a morte de Fernandes Baptista e os seus executores tem uma dívida eterno para connosco. Pior que tudo isso, o meu irmão não foi julgado por nenhum tribunal conhecido. Tratou-se de uma decisão extrajudicial baseada em questões que até ao presente momento desconhecemos. Foi uma decisão tomada por alguns indivíduos que detinham o poder de tirar a vida aos outros sem necessidade de uma sentença de qualquer tribunal. Eles aliam acima de qualquer instância judicial. Punham e dispunham do destino de todos nós. Somos muitos que passamos pela escvatura desses sacanas e canalhas. A listas das suas vítimas em circunstâncias semelhantes é demasiadamente longa e interminável.
O meu irmão abandonou a sua juventude, a sua vida estudantil e de futebolista promissor, na Textafrica e foi à Tanzânia, em 1972, juntar-se ao movimento de libertação, porém, contra todos factos, caminhou ao encontro da morte.
Entreguem-nos as suas ossadas porque ele merece um túmulo!
O regime de Samora Machel para esconder a sua face de fraco, prendeu uma série de oficiais das forças armadas, para dar a entender que o feiticeiro só entra quando alguém de dentro lhe abre as portas.
O meu irmão foi detido e conduzido à cadeia da máxima segurança onde foi duramente torturado. Transferido, na companhia de outros prisioneiros, para um campo de concentração, algures na província de Cabo Delgado, mais tarde levado para a fortaleza da Ilha de Moçambique, onde as torturas prosseguiram. Como consequências dessas torturas, ficou completamente cego e com o corpo todo deformado.
Por último, como já tinha sido inutilizado, o chefe da da Cntra-Inteligencia Militar, o de triste memória, então coronel Lago Lidimo, foi encarregue de o atirar, juntamente com o tenente-coronel Jossias Dhlakama, para o fundo do mar, algemado dos pés às mãos, metidos em sacos de ráfia com pedras, para que os seus corpos não emergissrm e o caso não se tornasse público.
A família, até hoje, ainda não foi informado sobre as razões ou as possíveis culpas de que o acusaram. Nós conhecemos a identidade de toda a equipa que participou no assassinato do meu irmão. Conhecemos los por nome de cada um deles. Estamos profundamente feridos e esperamos, ao sol, pela chegada do grande dia da justiça. Continuamos a exigir que nos digam para onde o jogaram. Queremos justiça e a nossa voz não se casará jamais.
Os assassinos do meu irmão continuam a cruzar os nossos caminhos e, por vezes, com um sorriso satânico entre os lábios. Hoje fingem que respeitam o direito à vida das pessoas e até se proclamam heróis da pátria.
Onde está o meu irmão e o que ele fez de tão cruel para merecer uma morte tão cruel. Os que decidiram a morte de Fernandes Baptista e os seus executores tem uma dívida eterno para connosco. Pior que tudo isso, o meu irmão não foi julgado por nenhum tribunal conhecido. Tratou-se de uma decisão extrajudicial baseada em questões que até ao presente momento desconhecemos. Foi uma decisão tomada por alguns indivíduos que detinham o poder de tirar a vida aos outros sem necessidade de uma sentença de qualquer tribunal. Eles aliam acima de qualquer instância judicial. Punham e dispunham do destino de todos nós. Somos muitos que passamos pela escvatura desses sacanas e canalhas. A listas das suas vítimas em circunstâncias semelhantes é demasiadamente longa e interminável.
O meu irmão abandonou a sua juventude, a sua vida estudantil e de futebolista promissor, na Textafrica e foi à Tanzânia, em 1972, juntar-se ao movimento de libertação, porém, contra todos factos, caminhou ao encontro da morte.
Entreguem-nos as suas ossadas porque ele merece um túmulo!
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