terça-feira, 24 de julho de 2018

Assassinado pelo regime comunista

Assassinado pelo regime comunista
Fernandes Baptista é meu irmão. Em Março de 1981, foi preso na onda de prisões que Samora Machel desencadeou, quando o exército sul-africano atacou a Cidade da Matos, nos primeiros de Janeiro daquele ano. O meu irmão tenentes coronel das forças armadas e chefe do departamento de reconhecimento e engenharia no Estado Maior General. Era membro do Comité Central do partido Frelimo. Tinha, à altura dos factos 28 anos de idade.
O regime de Samora Machel para esconder a sua face de fraco, prendeu uma série de oficiais das forças armadas, para dar a entender que o feiticeiro só entra quando alguém de dentro lhe abre as portas.
O meu irmão foi detido e conduzido à cadeia da máxima segurança onde foi duramente torturado. Transferido, na companhia de outros prisioneiros, para um campo de concentração, algures na província de Cabo Delgado, mais tarde levado para a fortaleza da Ilha de Moçambique, onde as torturas prosseguiram. Como consequências dessas torturas, ficou completamente cego e com o corpo todo deformado.
Por último, como já tinha sido inutilizado, o chefe da da Cntra-Inteligencia Militar, o de triste memória, então coronel Lago Lidimo, foi encarregue de o atirar, juntamente com o tenente-coronel Jossias Dhlakama, para o fundo do mar, algemado dos pés às mãos, metidos em sacos de ráfia com pedras, para que os seus corpos não emergissrm e o caso não se tornasse público.
A família, até hoje, ainda não foi informado sobre as razões ou as possíveis culpas de que o acusaram. Nós conhecemos a identidade de toda a equipa que participou no assassinato do meu irmão. Conhecemos los por nome de cada um deles. Estamos profundamente feridos e esperamos, ao sol, pela chegada do grande dia da justiça. Continuamos a exigir que nos digam para onde o jogaram. Queremos justiça e a nossa voz não se casará jamais.
Os assassinos do meu irmão continuam a cruzar os nossos caminhos e, por vezes, com um sorriso satânico entre os lábios. Hoje fingem que respeitam o direito à vida das pessoas e até se proclamam heróis da pátria.
Onde está o meu irmão e o que ele fez de tão cruel para merecer uma morte tão cruel. Os que decidiram a morte de Fernandes Baptista e os seus executores tem uma dívida eterno para connosco. Pior que tudo isso, o meu irmão não foi julgado por nenhum tribunal conhecido. Tratou-se de uma decisão extrajudicial baseada em questões que até ao presente momento desconhecemos. Foi uma decisão tomada por alguns indivíduos que detinham o poder de tirar a vida aos outros sem necessidade de uma sentença de qualquer tribunal. Eles aliam acima de qualquer instância judicial. Punham e dispunham do destino de todos nós. Somos muitos que passamos pela escvatura desses sacanas e canalhas. A listas das suas vítimas em circunstâncias semelhantes é demasiadamente longa e interminável.
O meu irmão abandonou a sua juventude, a sua vida estudantil e de futebolista promissor, na Textafrica e foi à Tanzânia, em 1972, juntar-se ao movimento de libertação, porém, contra todos factos, caminhou ao encontro da morte.
Entreguem-nos as suas ossadas porque ele merece um túmulo!
Comentários
Jose Majasse Dombe Sinto muito Edwin Hounnou.
Uma história que culmina com lágrimas nos olhos.
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4 h
Jr Chauque Triste muito triste
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Jasmim Alberto Gerivaz Enfim, os facinoras ajudam-se a defender.Para quando a Comissão da Verdade e Reconciliação, pare esses canalhas se assumirem.É que ,os que nada têm a ver com isso passam a pagar com a mesma moeda Abram os olhos.
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4 hEditado
Rudolfo Cossa Triste, mas muito triste mesmo.
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Guilhermina Cossa Uma história triste
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Edy Da Cristina Sinto muito e me parece que isso passou hoje me doeu e continuar a me doer o coração,isso até hje em dia acontece
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Costa Joao Natal Natal Os assassinos são os que nós aplaudimos quando tiram palavras bonitas só para nos gozarem.
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Edy Da Cristina Eu tmbém fui preso injustamente na morte de Amurane
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Fernando Seda Triste...
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Egidio Goncalves Bom , ele nao foi o único, temos a Joana Simeao etc , etc que até hoje ninguém diz as verdades e as pessoas responsáveis até hoje estao vivos e sao os ditos libertadores da patria que nem teem a coragem de pedir desculpas a desgraça que causaram a certas familias
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Gervasio Jose Sinto muito.pela tua perta esses nossos derijentes fazem e disfaz o pais e deles mano
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Onesio Mabote Triste...um dia a justiça se fara presente em Moz
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Inora Zondane Mapilele Que Deus o tenha. Rip
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Jordao José Triste😟
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Jose Manuel Esses assassinos ainda estão vivos essa corja imunda di que o povo e covarde jamais essa corja para pelos crimes cometidos
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Unay Cambuma Ela foi vitima do tribalismo sulista da frelimo.
Descanse em paz irmão.
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Jonas Arone Tembe Filipe Samuel Magaia foi morto e assassinado dentro da FRELIMO, não tem nada ver com regime sulista como você quer fazer parecer, por mais razão que você tenha, todos teus argumentos e fundamentos caiem por terra quando você fáz esses apelos ao tribalismo...
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3 hEditado
Carlitos Santos Manuel Muito triste. Quantos, quantos anónimos terao sido mortos em circunstancias semelhantes sem culpa por esta gente....?
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Jorge Luis Luis Triste historia.oque tbem quizerao fazer o mesmo como meu pai.è pena escapou a morte. Eu ainda me record muito bem
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Jorge Luis Luis Meu deus faça justinça
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Dalas Cadango Lamento muito ilustre. Porém, a justiça tarda mais não falha. A FRELIMO deve pagar pelos crimes em demasia cometidos pela sua ideologia tribalista
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48 minEditado

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