quinta-feira, 28 de junho de 2018

“Sempre houve compromisso de se avançar às eleições sem armas”


“Sempre houve compromisso de se avançar às eleições sem armas”
Uma semana depois do adiamento da sessão extraordinária, prevalece o braço-de-ferro entre a Frelimo e a Renamo na Assembleia da República. A bancada maioritária exige “sinais concretos” de desarmamento e desmilitarização dos homens da Renamo, como condição para a realização da sessão extraordinária que vai aprovar a revisão da legislação eleitoral para as autárquicas de 10 de Outubro.
Mas Eduardo Mulémbwè diz que mais do que uma exigência, trata-se de um compromisso assumido com a própria Renamo de se avançar às eleições num ambiente livre do “fantasma das armas”, apesar de hoje o partido reagir com surpresa quando confrontada com a questão do desarmamento e desmilitarização dos seus guerrilheiros.
“É um compromisso que se assumiu ao longo dos tempos: vamos às eleições aprofundar a nossa convivência democrática, mas sem receios de que no fim do pleito se alguém não estiver satisfeito com os resultados, volte a ameaçar a estabilidade que experimentamos no país”, explicou.
Membro da Comissão Política e chefe da brigada central para a província de Maputo, Mulémbwè fez notar que para a Frelimo é fundamental emitir-se sinais de estabilidade no país. “Eu creio que todos nós estamos conscientes disso e haverá gente de boa vontade, gente que acha que sim, é preciso que caminhemos para as eleições com as mãos livres das armas”.
Apesar de não haver ainda nenhum sinal do Parlamento para a realização da sessão extraordinária, o membro da Comissão Política acredita que a realização das eleições ainda não está em risco.
 “O assunto depende de vários autores, mas creio que se nós podermos encontrar a solução o mais depressa possível, ainda se mantém a data de 10 de Outubro para a realização das eleições. Todos nós temos que fazer o esforço para que o mais cedo possível possa ocorrer esse facto (desarmamento) que nos tranquilize que as eleições vão decorrer num ambiente de paz e que no fim não haja ameaças”, disse.
Eduardo Mulémbwè aceitou responder às perguntas sobre o diferendo que opõe a Frelimo e a Renamo durante a conferência de imprensa, havida esta quinta-feira, sobre os preparativos das eleições de cabeças-de-lista do partido na província de Maputo. “Se o calendário não sofrer qualquer alteração, na próxima semana iremos divulgar os candidatos a cabeças-de-lista”, prometeu.

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