O poder de Ossufo Momade vai manter-se ainda por muito tempo e o facto dessa posição não levantar uma contestação significativa nas bases da Renamo, reforça a ideia de que a hora do Guerrilheiro transformado em político chegou e, é para durar.
Esta posição é reforçada pelo facto do maior partido da oposição ter feito saber esta quinta-feira, que não existem datas para a realização do congressso, reunião que possui o poder de eleger o novo líder da “perdiz”.
Assim, o poder do maior partido da oposição vai manter-se por um período indeterminado na comissão política nacional, cujo o coordenador é o própio Ossufo Momade.
A Renamo justifica a não realização do congresso nesta altura pelo facto de estar concentrado no Pacote de Descentralização (documento já aprovado por unanimidade pelo Parlamento) e a integração dos seus homens armados nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
"Pretendemos que os militares da renamo sejam integrados nas FADM, em todos os ramos da Polícia da República de Moçambique (PRM), Serviços de Informação e Segurança, e aqueles que não tiverem requisitos deveram ser integrados na sociedade". Referiu Alfredo Magumisse, membro do mais elevado órgão do partido.
A comissão política esclarece que está apenas a dar continuidade o que já havia sido avançado nos contactos permanentes entre o presidente da República Filipe Nyusi e o falecido Afonso Dhlakama.
"Este diálogo está a ser dirigido pela comissão política, recebemos bem o sinal, reiniciamos o contacto, o diálogo. - garantindo em seguida que tudo o que foi tratado pelas duas figuras ficou registado." Há registo de tudo quanto aconteceu, razão pela qual aprovamos a Revisão Pontual da Constituição". Disse Magumisse.
Ossufo Momade é esta altura tido como o único homem capaz de liderar a renamo sem ferir o legado deixado por Dhlakama.
FRELIMO QUER QUE A GUERRILHA RENAMO SEJA DESMOBLIZADA PARA ROUBAR VOTOS A VONTADE
É urgente desmobilizar braço armado da Renamo
Combatentes da Renamo, na Serra da Gorongosa em Moçambique
A Frelimo e a Renamo defenderam a urgência da desmobilização e a reintegração do braço armado do principal partido de oposição em Moçambique. A questão da desmobilização continua em suspenso no diálogo para a paz entre o executivo e a principal força de oposição.
Combatentes da Renamo, na Serra da Gorongosa em Moçambique
A Frelimo e a Renamo defenderam a urgência da desmobilização e a reintegração do braço armado do principal partido de oposição em Moçambique. A questão da desmobilização continua em suspenso no diálogo para a paz entre o executivo e a principal força de oposição.
As declarações foram feitas esta quinta-feira na Assembleia da República durante aprovação na generalidade da revisão da Constituição tendo em vista o processo de descentralização.
Margarida Talapa, chefe da bancada da Frelimo, partido no poder, reiterou a urgência em desmobilizar o braço armado da antiga guerrilha.
“Esperamos que com a nova liderança da Renamo que o processo da desmilitarização, desmobilização e a reintegração das forças residuais da Renamo na vida civil, em actividades económicas e sociais e nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique continuem pois é crucial para que se conforme com os trâmites da Constituição da República de Moçambique”, explicou.
Por sua vez, Ivone Soares, chefe da bancada do movimento da perdiz, Renamo, pediu que se avance urgentemente com as questões militares, nomeadamente a desmobilização das tropas da antiga guerrilha e sua inserção nas forças de defesa e segurança.
“Queremos urgentemente que se avance com as questões militares. Queremos ver os comandos da Renamo integrados nas Forças de Defesa e Segurança. Era essa a vontade do presidente Dhlakama e continua sendo a vontade de cada uma de nós, seus fiéis seguidores”, declarou.
A questão da desmobilização continua em suspenso no diálogo para a paz entre o executivo e a principal força de oposição.
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