Nos últimos tempos Ivone Soares teceu duras críticas em relação ao processo de descentralização, quando o mesmo estava encalhado no ponto que dizia respeito a questão dos administradores distritais.
Mas foram as declarações que se seguiram com a morte de Afonso Dhlakama que causaram mais incômodo, ao Presidente da República que lado a lado com o líder finado mantinha secretamente o diálogo para restabelecer a paz.
A chefe da bancada parlamentar da renamo numa das suas contestações a proposta da frelimo que defendia a indicação dos administradores pelo ministro da tutela, citou Dhlakama.
"Ele bateu com o pé até ao último minuto que os administradores têm que ser indicados pelo governador que é eleito", disse recentemente a líder parlamentar.
Ivone Soares ainda no referido dia foi mais longe e pediu que os partidos políticos existentes no país e a sociedade civil não fossem cobardes e para isso deviam pressionar a bancada parlamentar da Frelimo e o Governo a recuar da ideia de ser o ministro a indicar o administrador.
"Não nos acovardemos, por favor. Dhlakama já não está entre nós para sair em nossa defesa e obrigar a Frelimo a aceitar a descentralização, agora nós todos temos que ser Dhlakama, porque se não vamos ter uma descentralização centralizada. Defendeu a deputada na altura.
Soares voltou a carga no velório de Dhlakama, tendo desferido fortes ataques ao regime do dia, que estava representado pelo Presidente da Repúbica que ouviu serenamente os recados.
Entretanto, demorou mas parce que esta quinta-feira chegou a resposta do Chefe de Estado.
"Há uma coisa que quero pedir e pedi isso mesmo quando o presidente da renamo estava vivo.-calma. Quando há diálogo, quando há discussão, quando há conversações ao mais alto nível, é preciso não haver oportunismo".
Filipe Nyusi espera que não haja bloqueio do sistema negocial em curso.
"Então, queriamos que toda a gente acreditasse naquela estrutura legalmente colocada pela renamo, para que não haja pessoas de fora e de dentro que queiram bloquear o sistema", reforçou.
Para Nyusi quem critica não possui autonomia de fazer, pois o faz sem nenhum mandato conferido pelos entrevenientes, que na sua visão são os únicos que têm conhecimento da matéria em discussão.
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