domingo, 1 de outubro de 2017

Catalunha. Polícia espanhola invade assembleias de voto e remove urnas

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O dia do desafio catalão começa marcado pela intervenção policial em algumas assembleias de voto. Mais de 30 pessoas ficaram feridas, mas a votação prossegue. Siga aqui em direto.
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Atualizações em direto
  • "Cassetetes contra urnas", diz chefe do governo catalão

    Puigdemont lê agora uma declaração institucional: “A resposta definitiva será dada hoje ao final do dia, quando seremos muitíssimos a ter ido votar”. E resume o que se está a passar com a frase “cassetetes contra urnas”.
  • 38 feridos resultantes das cargas policiais

    Os serviços de emergência da Catalunha dão conta de que assistiram 38 pessoas, em resultado das cargas policiais. Dessas, 35 são feridos ligeiros e três são feridos “pouco graves”.
  • Andoni Ortuzar, presidente do PNV (Partido Nacionalista Basco), diz no Twitter que estão a “evitar o inevitável” e que a solução é “colocar urnas, em vez de retirá-las”. Para saber como é que o PNV e outros movimentos nacionalistas de País Basco, Galiza e a Andaluzia estão a acompanhar este referendo, leia o especial do Observador.
  • Colau pede demissão de Rajoy

    Ada Colau, presidente da câmara de Barcelona, pede a demissão do primeiro-ministro espanhol.
  • Chefe dos Mossos falta a reunião com Polícia espanhola

    O maior responsável dos Mossos d’Esquadra, Josep Lluís Trapero, não está presente numa reunião conjunta de Mossos, Corpo Nacional de Polícia e Guardia Civil que está a decorrer, conta o La Vanguardia. O objetivo do encontro é o de coordenar esforços para impedir a celebração do referendo, cumprindo ordens judicias. Mas Trapero não está presente — o que poderá ser um sinal sobre a postura dos Mossos, que têm evitado intervir nas assembleias de voto, citando razões de segurança.
  • "O Estado espanhol perdeu mais do que tinha perdido até agora, a Catalunha ganhou mais", diz Puigdemont

    No pavilhão de Sant Julià de Ramis, onde devia ter votado, o líder do governo catalão fez declarações condenado a ação policial. “O uso injustificado e irresponsável da violência por parte do Estado espanhol é evidente. Perante a violência injustificada, os cassetetes, as balas de borracha… Urnas, boletins de voto e assembleias de voto“, disse, assegurando que “hoje o Estado espanhol perdeu muito mais do que tinha perdido [até agora], a Catalunha ganhou muito mais.” “O uso da violência por parte do Estado espanhol demonstra o que está em jogo em dias como hoje.”
  • Imagens das cargas policiais em várias assembleias de voto

    A delegação catalã da Cadena SER compôs uma fotogaleria com imagens dos vários cenários nas assembleias de voto: numas houve ações policiais violentas, noutras há filas para votar com tranquilidade.
  • Polícia confirma um ferido com balas de borracha

    O El País informa que a Polícia confirma que houve confrontos entre civis e as Unidades de Intervenção Policial (UIP) em Diputació con Cerdenya, em Barcelona. “Há pelo menos um ferido por balas de borracha”, escreve o jornal.
  • Na Escola Mediterrània, na Barceloneta, a Polícia apreendeu as urnas — mas a organização conseguiu esconder uma delas. Continua a votação nesta assembleia de voto.
  • Quais as assembleias de votos com problemas?

    O El País responde, através deste mapa, onde é possível ver quais os distúrbios assinalados em toda a Catalunha ao longo desta manhã.
  • Turull pediu a demissão de Enric Millo, delegado do governo na Catalunha, “pela repressão, uma violência de Estado franquista e pelo seu vocabulário de abusador”.
  • Jordi Graupera, investigador em Princeton, garante que a Guardia Civil disparou balas de borracha contra algumas pessoas e colocou uma série de fotos e vídeos para comprovar o momento.
  • 73% das mesas de voto abertas, segundo dados da Generalitat

    Jordi Turull, porta-voz do governo catalão, garante que “73% das mesas eleitorais estão abertas e a funcionar, ou seja, 4661”. O político pediu “serenidade e paciência” e recordou que apesar dos bloqueios informáticos levados a cabo pelo executivo espanhol, os responsáveis das assembleias de voto “têm um telefone para contactar a assistência ténica”.
  • Os Mossos de Esquadra, polícia catalã, dizem que estão a trabalhar para cumprir a ordem do Tribunal Superior da Catalunha com “proporcionalidade” e adequando-se “a cada situação”.
  • O ministério do Interior publicou um vídeo com uma urna apreendida e pediu “colaboração e respeito”, a fim de “cumprir uma ordem judicial direta de forma pacífica”.
  • O presidente da Òmnium (uma associação cultural catalã pró-independência), Jordi Cuixart, pediu aos catalães que coloquem “as mãos ao alto” e que gritem “somos gente de paz” face às intervenções policiais, segundo conta o La Vanguardia.
  • O presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, já votou. A sua assembleia de voto, em Sant Julià de Ramis, foi encerrada pela Guardia Civil, por isso Puigdemont votou em Cornellà de Terri. O governo catalão já tinha previsto esta situação, tendo por isso promulgado uma medida que permite a um eleitor votar em qualquer assembleia de voto de uma determinada zona. Puigdemont, um independentista inveterado, cresceu na pastelaria da família, passou para os jornais e acabou na política. Leia aqui o perfil do líder do governo catalão.
    Carles Puigdemont: o rapaz da pastelaria cresceu e afronta Rajoy e o Rei
  • Também Pablo Iglésias, líder do partido Podemos, se pronunciou no Twitter sobre as cargas policias em algumas assembleias de voto na Catalunha, declarando que as ações do Partido Popular “o repugnam”.
  • No plano político, esgrimem-se opiniões:
    • “Vergonha eleitoral”. Foi assim que o governo espanhol já comentou esta abertura das urnas, dizendo que as declarações do governo catalão — dando conta aos eleitores de que podem votar com boletins de voto impressos em casa — “liquidaram qualquer vestígio de respeitabilidade democrática”.
    • “Um presidente de governo cobarde”, diz a autarca de Barcelona Ada Colau sobre o primeiro-ministro Mariano Rajoy, referindo-se à operação policial.
    Os ânimos já estão quentes e as urnas abriram há apenas um par de horas.
  • Há relatos que dão conta de uma intervenção musculada da Polícia Nacional. No vídeo do jornalista Alfonso Congostrina, do El País, é possível ver a dimensão do aparato na Barceloneta.
  • Referendo está em marcha

    Bom dia! O referendo à independência catalã está marcado para este domingo e a votação já se iniciou. No entanto, e como era de esperar, o dia começou agitado. A força policial catalã, os Mossos de Esquadra, têm assistido à votação, mas sem intervir — o que levou a Polícia Nacional a entrar à força em vários locais de voto e a apreender as urnas.
Catalunha

Ventos de Espanha

Miguel Alvim
Para quem queria saber como é que podia ser o Bloco de Esquerda realmente arvorado no poder, basta olhar para o que está a acontecer na Catalunha

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