Dos
28 acusados de desviar 170 milhões de meticais do Fundo de
Desenvolvimento Agrário (FDA), dois foram despronunciados e outros dois
serão julgados em processos separados, por residirem em outras
províncias e por motivos de saúde. No Tribunal Judicial da Cidade de
Maputo são agora julgadas 24 pessoas.
Numa sessão em que deveriam ser ouvidos quatro acusados, Setina Titosse acabou sendo a única a responder perante do juiz.
Foram
necessárias pouco mais de cinco horas de tempo para Titosse esclarecer o
seu envolvimento no esquema que lesou o Fundo de Desenvolvimento
Agrário em perto de 170 milhões de meticais. Acusada de aprovar
projectos falsos, pagar remunerações indevidas e receber na sua conta
dinheiro ilícito, Titosse justificou que ainda não terminou o período de
implementação dos projectos para se considerar que sejam falsos, que
parte dos bens que adquiriu, como duas viaturas Toyota e Mazda, além de
casas, foi graças a negócios pessoais e que o FDA tem liberdade de dar
bónus aos seus funcionários como forma de estimulá-los.
Acompanhe parte dos seus argumentos perante o juiz:
É
acusada de aprovar projectos falsos, sendo que os proponentes nem
espaço tinham para a sua implementação. Tem alguma coisa a dizer?
“Os
projectos ainda estão dentro do prazo e vão até 2019, tem um prazo de
três anos. Quando alguém solicita um crédito é livre de gerir. O
importante é reembolsar dentro dos prazos estabelecidos. Tentávamos
facilitar mesmo sem termos prova de terreno para a sua implementação,
porque maior parte dos moçambicanos solicitam terra, mas para obter o
DUAT é um processo demorado”.
Como explica a transferência de dinheiro para a Toyota, na compra de uma viatura.
“Quem
trabalhava para mim era Milda Cossa (outra arguida). Eu mandava ela
para cuidar dos meus assuntos pessoais, como a compra de viaturas,
porque eu não tinha tempo. Ela recebia por esse trabalho. Os carros que
comprei da Toyota, e outra Mazda, a casa, que ainda não está em meu nome
por não ter terminado de fazer os pagamentos, é resultado de valores
não somente do FDA, mas de outros negócios pessoais. Tenho criação de
poedeiras, cerca de seis mil, para a produção de ovos, criação de
frangos e projectos agrícolas. Tenho grande plantação de mangueiras”.
Como se explica que os proponentes de alguns projectos aprovados pelo FDA tenham depois transferido valores para a sua conta?
“Tenho
criação de gado. Algumas pessoas com projectos financiados pelo FDA
compravam gado na minha instituição, que era gerida por um contratado
meu”.
E sobre os bónus que pagava aos funcionários do FDA nas datas comemorativas, o que tem a dizer?
“O
Fundo de Desenvolvimento Agrário tem independência financeira. Quando
eu visse um bom desempenho dos funcionários, dava bónus para
estimulá-los”.
Refira-se
que os bónus dados aos funcionários do FDA nas datas comemorativas,
como 25 de Junho, 7 de Setembro, 4 de Outubro, eram no mesmo valor do
salário de cada funcionário.
Por
outro lado, o Fundo de Desenvolvimento Agrário teria celebrado
contratos com algumas empresas, entretanto parte delas transferiram
valores para contas pessoais de conhecidos e familiares da ex-PCA da
instituição.
Setina Titosse, engenheira agrónoma de profissão, disse não se recordar muito bem deste assunto.
A sessão terminou por volta das 15 horas. A próxima está marcada para amanhã.
Muzungu Ndini está com Nitafa Hi Nomo e 2 outras pessoas.
SOBRE O CASO DO ROUBO DOS MAIS DE 170 MILHÕES DE METICAIS DO FDA.
. Ontem, quinta-feira (14), uma das declarantes em juízo no caso do surrupio dos mais de 170 milhões de meticais do Fundo de Desenvolvimento Agrário foi a Milda Cossa, amiga braço direito da ex-PCA daquela instituição, Setina Titosse.
. Ontem, quinta-feira (14), uma das declarantes em juízo no caso do surrupio dos mais de 170 milhões de meticais do Fundo de Desenvolvimento Agrário foi a Milda Cossa, amiga braço direito da ex-PCA daquela instituição, Setina Titosse.
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De acordo com a acusação, Milda Cossa terá junto com a ex-PCA forjado
projectos para ser financiados pelo FDA num esquema que envolveu seus
três irmãos. Nas suas declarações, Milda disse ao tribunal que só via o
dinheiro a ‘chover’na sua conta e que o trabalho dela foi simplesmente
drenar tais valores num grosso de 57 milhões de meticais. Em
contrapartida, ela terá de acordo com a acusação se beneficiado de
6.150.000,00 (seis milhões, cento e cinquenta mil) meticais
. Nota: Tem sorte. Enquanto o Muzungu para trazer o pão à mesa precisa usar todas as suas forças no trabalho criando animais para depois ir atrás de compradores camionistas que passam por aqui na EN1, há quem não precisou fazer qualquer ginástica. Só ficou num gabinete climatizado com ar condicionado vendo suas contas bancárias se robustecendo de dinheiro. QUEM ME DERA.
. PRIMO DA SETINA GASTOU 12 MILHOES NA COMPRA DE 305 BOIS MAS JÁ NÃO TEM NEM UM.
. Humberto Cossa, primo da ex-PCA do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA) beneficiou-se de um financiamento na ordem de pouco mais de 12 Milhões de Meticais. Com este valor comprou apenas 305 cabeças de gado bovino. Humberto Cossa foi o último declarante no terceiro dia consecutivo de julgamento em que também foi ouvida sua esposa, Milda Cossa e a antiga Directora-Adjunta do FDA Neide Xerinda. Falando para o tribunal Cossa disse já não ter uma única sequer cabeça de gado no curral que nem em seu nome está registado.
. Nota: Tem sorte. Enquanto o Muzungu para trazer o pão à mesa precisa usar todas as suas forças no trabalho criando animais para depois ir atrás de compradores camionistas que passam por aqui na EN1, há quem não precisou fazer qualquer ginástica. Só ficou num gabinete climatizado com ar condicionado vendo suas contas bancárias se robustecendo de dinheiro. QUEM ME DERA.
. PRIMO DA SETINA GASTOU 12 MILHOES NA COMPRA DE 305 BOIS MAS JÁ NÃO TEM NEM UM.
. Humberto Cossa, primo da ex-PCA do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA) beneficiou-se de um financiamento na ordem de pouco mais de 12 Milhões de Meticais. Com este valor comprou apenas 305 cabeças de gado bovino. Humberto Cossa foi o último declarante no terceiro dia consecutivo de julgamento em que também foi ouvida sua esposa, Milda Cossa e a antiga Directora-Adjunta do FDA Neide Xerinda. Falando para o tribunal Cossa disse já não ter uma única sequer cabeça de gado no curral que nem em seu nome está registado.
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