Pertencer a um grupo significa desprendimento da nossa vontade em detrimento da vontade do grupo. Isto significa que deixamos de existir para dar lugar e sentido a algo maior: o grupo. E quando o grupo deve prevalecer, nós nos tornamos pequenos, porque há quem deve ficar maior que nós: o grupo.
A decisão de pertencer ou não a um grupo deve ser voluntária, para que saibamos respeitar e salvaguardar os seus interesses, mesmo quando algumas vezes vão contra os nossos interesses.
A decisão de pertencer ou não a um grupo deve ser voluntária, para que saibamos respeitar e salvaguardar os seus interesses, mesmo quando algumas vezes vão contra os nossos interesses.
Esse respeito aos interesses do grupo é o que designamos disciplina. E é disciplina do grupo porque acordado por este. Porém não se pode ignorar a dimensão individual: aquela que é obrigada ao indivíduo e o põe permanentemente de acordo com os objectivos do grupo, como sua contribuição para a sua harmonia disciplinar.
Não há disciplina do grupo se não há disciplina individual, isto porque disponível ao indivíduo aceitar ou não as regras do grupo.
Ora, quando não aceitamos as regras do grupo, algumas soluções podemos adoptar, dentre as quais: discutir no sentido de influenciar os outros a mudarem de posição, tomando em conta que quando somos vencidos, devemo-nos submeter às regras do grupo, ou então não concordando, e estando as regras da disciplina do grupo a ferirem as nossas próprias regras, tomarmos a decisão correcta de nos retirarmos desse grupo.
O que não está correcto, é que quando vencidos, e no lugar de nos submetermos às regras do grupo, ou então nos retirarmos deste, ficamos de longe a desferirmos golpes ao grupo e depois assinarmos em baixo que ainda somos partes do grupo.
E a questão que não cala é: como podemos continuar a pertencer a um grupo do qual não concordamos com as suas regras? Não estaremos a ser incoerentes connosco? Ou se calhar queremos marcar diferença no sentido de que todos estão errados e os certos somos nós?
Saindo desta e olhando para a capa de Savana
Penso ser enganosa a capa de Savana, aliás, faz parte de um plano que não sei a quem interessa, de dar a entender que há partes em conflito: apoiantes do Presidente Guebuza e apoiantes do Presidente Nyusi.
Penso ser enganosa a capa de Savana, aliás, faz parte de um plano que não sei a quem interessa, de dar a entender que há partes em conflito: apoiantes do Presidente Guebuza e apoiantes do Presidente Nyusi.
Sem querer discutir se estas partes existem ou não, queria antes dizer que o Presidente Guebuza foi dos Presidentes que mais se opôs, de forma livre e aberta, contra os camaradas que se posicionavam fora do dos órgãos; o Savana foi dos jornais que mais o combateu, quando ele mostrava que discutir assuntos do partido fora dos seus órgãos era nocivo ao partido e à sua disciplina interna.
Isto significa, usando o simples argumento de maioria de razão, que quem se posiciona hoje fora da FRELIMO, ainda que com razão, trai o pensamento, a vontade e crença do Presidente Guebuza.
Ninguém, portanto, pode apoiar, ao meu ver (e usando a lógica), a alguém, quando na prática este (o apoiante), subverte a vontade do apoiado. (traduzido: ninguém pode estar a apoiar ao Presidente Guebuza se vai contra o que ele mais acredita).
Portanto, penso que é enganosa a capa do Savana, e a mesma faz parte de uma corrente que pretende se alimentar da ideia de que há Frelimo de Guebuza e de Nyusi, e maxime da ideia de que o anterior Presidente ainda controla.
Nos grupos há sempre vontades que não podemos controlar por serem intrínsecas as próprias pessoas, no entanto, prevalecendo a vontade as vontades, não passarão sequer disso. Acredito que haja pessoas dentro da Frelimo que olham para o exemplo de liderança tendo como referência Eduardo Mondlane, não se pode matar isto, mas o mérito, reside na assumpcao deste membro, de que Mondlane já não existe e mesmo existindo (vivo) se o Presidente é outro então, deverá dedicar todas as suas forças e inteligências ao serviço deste Presidente, porque resultado da escolha do grupo.
É um mérito perceber isto.
É um mérito perceber isto.
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