Centelha por Viriato Caetano Dias(viriatocaetanodias@gmail.com )
O único animal que mata por prazer é o Homem. Os animais (ditos) irracionais matam por necessidade estomacal. Extraído de uma conversa com o Pe. AD.
Algumas instituições que aparentemente tutelam os direitos humanos no país estão a servir de ponta de lança dos governos imperialistas para lançar boatos e irradiar a discórdia entre os moçambicanos.
Como no passado, a falta de união conduziu-nos à escravidão, presentemente a desinformação também está a ser utilizada como uma poderosa arma para destruir a nossa unidade. O apetite de transformar Moçambique numa nova colónia ainda não foi definitivamente sepultado pelas potências imperialistas. Infelizmente, uma parte da juventude moçambicana está a ser severamente instrumentalizada para a sua autodestruição. Como? Usando meios de comunicação social para desacreditar o Governo moçambicano e considerar o colonialismo como uma doutrina misericordiosa.
Todos os dias são produzidas mensagens corriqueiras e lançadas nas redes sociais para aniquilar o Governo moçambicano, como se fosse o pior do mundo, esquecendo-se (os seus mentores) que há países do dito primeiro mundo que continuam a cometer violações dos direitos humanos, crimes de guerra e crimes contra a Humanidade. Os dirigentes desses países continuam impunes, mesmo depois de terem autorizado a destruição de países onde as pessoas viviam em harmonia. Será que a nossa juventude não aprendeu do passado?
Se Moçambique é um país paupérrimo e miserável, porque é que os países do dito primeiro mundo se interessam por pobrezinhos? Não se atira pedras em árvores que não dão frutos. Significando que estão interessados em nossos recursos. Para os poder sacar, sorrateiramente, atiçam conflitos entre os moçambicanos. Onde anda a nossa juventude para analisar isto?
Se Moçambique não tivesse riquezas valiosas, talvez não estivéssemos hoje a falar da Kroll. Todos os dias há rombos financeiros nos países imperialistas, no entanto, não somos chamados para auditar suas contas. Será que somos aselhas? Nem temos vistas largas para comentar e condenar esses actos, porque somos preconceituosos e achamos que o mal que é feito fora do nosso território é saudável. Que juventude é esta?
Vocês compreendem o que significa segredo do Estado? Todos os dias, as forças de defesa e segurança defendem este país com sangue, enquanto grande parte da juventude recupera-se da ressaca. Portanto, se houve algum dolo contra o nosso Estado, no caso das “dívidas ocultas”, cabe única e exclusivamente a Procuradoria-Geral da República investigar. O país não vai aceitar chantagens de nenhum Estado, assim como o Zimbabwe não aceitara humilhações do FMI e do BM, nem que tenhamos que vivamos de ar. Morreremos sempre de pé. Será que esta juventude se esqueceu dos sacrifícios libertários da nossa Pátria Amada? A nossa independência não foi oferecida, conquistamo-la.
Há dias o edil da cidade de Nampula propôs o nome de um conceituado bispo português para ostentar o nome de uma biblioteca local. Eu sou católico e respeito a figura e os feitos do bispo em questão. Contudo, levanto aqui algumas questões: será que a nível local, não há um nacional que possa merecer esta homenagem? Temos o exemplo do Major-General Daniel Frazão, um dos altos espíritos macuas e notável pedagogo ao serviço dos grupos mais vulneráveis da população. Lembro-me do saudoso amigo e escritor Alberto Viegas que foi um verdadeiro guardião da cultura macua. O Salvador Maurício que foi um grande músico e lutador de muitas causas sociais. Da Costa Xavier que foi um dos mais nobres intelectuais deste país. D. Tomé Makhwéliha que é a personificação de uma alma compadecida pela causa dos pobres. Não compreendo o porque da apetência pelo estrangeirismo? Por acaso terá algum moçambicano sido agraciado no Ocidente com nome de uma rua, biblioteca, escola? Haja auto-estima, por favor.
Zicomo e um abraço nhúngue ao Professor Fernando Alcoforado pela oferta de duas importantes obras literária da sua autoria.
WAMPHULA FAX – 03.07.2017
NOTA:
Existem, pelo menos ruas com o nome de Samora Machel em Olival de Basto, Barreiro e Baixa da Banheira, em Portugal
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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