quarta-feira, 28 de junho de 2017

Crise, debate e castigo

Crise, debate e castigo
Terminada a impressão inicial da divulgação do relatório da Kroll, para alguns de decepção e de confirmação do que era do domínio público, para outros de indignação e de alguma esperança pelo trabalho ainda por fazer pela PGR, penso ser oportuno se reflectir sobre como o país debate e reage em momentos críticos como este.
Falo particularmente de uma certa tendência, no passado, de estes momentos terem resultado num rastro macabro. Vou ser mais explícito, se olharmos para as crises dos últimos 25 anos como a dos finados Bancos Comercial de Moçambique (BCM) e Austral e a recente crise político-militar, veremos que elas deixaram um registo de morte de figuras envolvidas ou no debate público, ou no processo de solução da própria crise. Falo, na ordem dos factos apresentados, do jornalista Carlos Cardoso, do economista Siba-Siba Macuácua e do professor Gilles Cistac. De permeio, também temos episódios de intimidação a académicos, como o de assédio judicial ao professor Carlos Nuno Castel-Branco, após a crítica ao Governo do Presidente Guebuza, e as ameaças que sofreu o professor Luís de Brito, após uma apresentação sobre o primeiro ano do Governo do Presidente Nyusi, cujas palavras foram interpretadas de forma manipulativa, por pura má fé. E também a politicos, como Carlos Jeque, que foi raptado e baleado, e João Massango, brutalmente espancado às vésperas de uma manifestação convocada por alguns partidos da oposição em maio de 2016. Não vou aqui explicar as razões do rapto e baleamento que sofri, embora tenha o meu entendimento sobre isso, preferindo deixá-las (por enquanto) em aberto para a interpretação e juízo de cada um, ainda esperando que a justiça (se o fizer) esclareça o caso.
Um elemento comum nestes episódios todos, com a exceção do assassinato de Carlos Cardoso, é a falta de solução dos crimes cometidos, pelo menos no que concerne aos seus mandantes. Sendo processos que colocam na berlinda grupos que detêm o poder, e que potencialmente podem abalar as estruturas sob as quais este poder repousa, é natural que estes actores se socorram do Estado para garantir que esses crimes não sejam esclarecidos. Já o disse antes e reitero a inferência que faço desta inoperância do Estado em esclarecer estes crimes: que se transformou num mecanismo de controlo social pelo medo, em que os crimes, não esclarecidos, têm por parte da sociedade diversas interpretações, algumas delas induzidas por campanhas de contrainformação que fingem esclarecer o móbil do crime, mas mantêm acima de tudo o medo pelo incerto, o medo por um transpor de uma fronteira do debate público por alguém definida. E transpor esta fronteira torna-se mais sensível e crítico em momentos de crise, em momentos em que há riscos de abalo da estrutura de poder existente.
Esta fronteira do debate público nem sempre é explícita, mas pode ser inferida de acordo com as circunstâncias e experiências. Por exemplo, em conversas com colegas de outras latitudes, soube que no Uganda o espaço para a crítica pública tem um limite: não falar das Forças de Defesa e Segurança. Transposto este limite, que por sinal é conhecido por lá, o regime reprime de forma violenta. O conhecimento deste processo pela sociedade civil funciona como um elemento de autocensura. No nosso caso, em conversas com uma colega da academia, soube que numa apresentação académica se referiu à questão da alternância no poder em Moçambique e recebeu ameaças de morte por dias, supostamente por ter transposto um limite, mesmo num contexto formalmente multipartidário. Há um ano, no fervor da indignação pelas dívidas ocultas, ficou claro que falar do direito de manifestação e tentar exercê-lo era uma fronteira a não se transpor. Transversal a isso tudo, existe um processo de intimidação que funciona como um mecanismo de “alerta de incêndio”, que na forma de um “soft power” se traduz em conselhos de “figuras amigas” sobre a imprudência de se transpor certas fronteiras. E na mesma linha tem também o “bullying intelectual”, que com o recurso a argumentos de autoridade (científica) e epistemológicos, nem sempre consistentes, (des) qualifica, condena e ridiculariza o debate público crítico, quando não favorável ao governo do dia.
Que limites transpuseram Carlos Cardoso, Cistac, Siba-Siba Macúacua e outros? Alguns sabemos outros não. Mas num contexto em que o relatório das dívidas ocultas se tornou público, com muitos elementos sensíveis, é importante entender essas fronteiras explícitas, implícitas ou inferidas do debate público, para que a sociedade saiba se posicionar quanto à elas. Se as aceita ou as transpõe, se mantém as fronteiras de liberdades como foram informalmente impostas por grupos hostis ao exercício dos direitos cidadãos e aquém do texto constitucional, ou luta pela sua expansão, tendo em vista como elas estão definidas na nossa Constituição da República.
A reconciliação do país e a sua pacificação até aqui foram definidos como restritos ao debate entre o Governo e a Renamo, tendo o Presidente Nyusi dito que haverá um tempo, depois deste debate, para se voltar ao diálogo com as outras forças da sociedade. Há que ter em conta que há um profundo ressentimento na sociedade pela forma como o interesse público tem sido tratado e, em certas camadas, pela erosão de liberdades e até repressão. No meu entender, o processo de reconciliação não deveria adiar o diálogo com esta parte da sociedade. E este debate não precisa ser em torno de uma mesa, mas sim pela forma como o Estado e principalmente os seus órgãos, mostram sinais de abertura e garantia dos direitos consagrados na Constituição, dentre os quais o de expressão e de manifestação. Um exercício de direitos que não esteja sujeito ao constante medo pelo castigo.
O espaço e a liberdade para a discussão dos resultados da auditoria independente às dívidas ocultas na arena pública e como o poder do dia, formal ou informal, vai encarar este debate, será em si um sinal da seriedade com que se pretende olhar para o processo de reconciliação e de como o país e o Estado mudaram a sua forma de abordar os momentos de crise. E, usando o bordão político do dia, de como se pode dizer que Moçambique está realmente de volta, e de volta em benefício de quem.
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35 comentários
Comentários
Socrates Mayer
Socrates Mayer Está de volta em benefício da minoria no poder. Aliás o campo de debate já enferma de síndrome de partidarização e captura dos grandes decisores. O país está de volta à apatia e intransigência política como um método do reforço de politiquices.
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 · 26/6 às 19:15
Zee Mavye
Zee Mavye É dificil caminhar no escuro, principalmente quando se vai por esse Caminho pela primeira vez ou se tem obstaculos pela estrada... mas o importante acima De tudo, é que se tenha convições proprias e intergridade acima De tudo, que Ai, os conselhos daquelas "figuras amigas" sobre a imprudencia De se transpor tais fronteiras, nao encontra espaço...

Amei esta reflexão, senti ao fundo o meu docente mentor aqui...
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 · 26/6 às 19:58
José Jaime Macuane
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 · 26/6 às 20:39
Kleber Alberto
Kleber Alberto bom, chegamos aqui porque como povo admitimos, chegou a hora de por termo a toda esta manipulacao da verdade e vanglorio do roubo, medo, morte e terror. achemos saida e urgente, e que haja mortes, nunca vi revolucoes sem sangue, caneta apenas, nunca funcionou.
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 · 26/6 às 20:19
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Nada de sangue meu caro. Sou contra soluções violentas, pelo seu supremo custo (a vida) e até porque não acho que sejam sustentáveis. Colocam-nos numa espiral de violência. Até porque nem todos nós somos "profissionais de violência." A minha arma continuará a ser a caneta e o teclado. Até ao último suspiro.
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 · 26/6 às 20:42
Eucaliptos Mozambique
Eucaliptos Mozambique Peço a Deus todos os dias que um dia deixemos de ter medo de pensar em melhorar as nossas condições de vida.
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 · 26/6 às 21:46
Socrates Mayer
Socrates Mayer Sou apologista da revolução
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 · 26/6 às 20:20
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane No meu caso sou apologista da revolução nas mentes. Seja dos governados como dos governantes.
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 · 26/6 às 20:51
Socrates Mayer
Socrates Mayer Revolução multiforme
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 · 26/6 às 20:53
Eucaliptos Mozambique
Eucaliptos Mozambique Revolução pacífica
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 · 26/6 às 21:47
Norberto Sallé
Norberto Sallé Revolução pacífica só conheço à dos cravos!!!
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 · 27/6 às 10:21
Arnaldo Narciso Armando
Arnaldo Narciso Armando Esta de volta em benificio de alguns sanguinarios
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 · 26/6 às 20:52
Fernando Matavele Nando
Fernando Matavele Nando Grande reflexão. Parabéns professor e fica preparado para receber uma aula/crítica do catedrático Elisio Macamo.kkkkk
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 · 26/6 às 21:06
Lourenco Jose
Lourenco Jose Hehehehe, catedrático. sabe tudo aquele
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 · 27/6 às 11:42
Manopito Pipito
Manopito Pipito Concordo perfeitamente consigo Professor Jose José Jaime Macuane Reconheço que muitos outros ainda serão Martirizados mas a luta pela liberdade e independência tem desses desabores. Mas um dia numa futura geração o País estará mesmo livre e também acredito que isso só seria possível com uma alternância do Poder o que realmente me custa dizer é com quem a Governar pois essa é uma Tese muito difícil de defender.
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 · 26/6 às 21:07
Alexandre Vaz Chana
Alexandre Vaz Chana Nao devemos duvidar do que a revolocao e capaz de fazer.Havia em 75 menos intelectualidade do que hoje nos nossos governantes maa a quem admire e apoievdo que foram capzes por isso e possivel a alterbancia.
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 · 27/6 às 5:51
Josué Tambara
Josué Tambara
Traduzido do Inglês
Por isso, em beneficio de quem? Talvez nicos :.... a fonte dos fundos dos accionistas ainda não foi totalmente estabelecida como uma ordem judicial é necessária para acessar accionista conta bancária..." kroll 3.2.6Ver Original
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 · 26/6 às 21:32
Eucaliptos Mozambique
Eucaliptos Mozambique Não queremos mais martíris, somos todos irmãos, falar e escrecer não mata a ninguém pelo contrário da-nos espaço para repensarmos escolhas públicas. 

Somos país de família e queremos ser, estar e participar na educação dos nossos.
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 · 26/6 às 21:51
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Isso seria o ideal. Mas há os que acham que devem pronunciar e executar um fatwa sempre que alguém fala algo que, segundo eles, não deve ser dito.
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 · 26/6 às 22:04
Nuno Pires
Nuno Pires Cuidado com os serôdios e reconvertidos arautos da "transparência" e da falsa indignação, por actuações que sempre defenderam, propuseram e promoveram, cuja máscara cai estrondosamente, quando continuam a catalogar de "malandros" a quantos ousam levantar a voz discordante das suas mentecaptas concepções da sociedade civil
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 · 27/6 às 9:22
Armando Cossismo
Armando Cossismo Doctor, vamos dançar conforme a melodia! Dilema entre o politico e o investigado, enquando o investigador diz isso o politico dança outra musica!
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 · 26/6 às 21:53
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Vamos tentar estar numa mesma festa então. Talvez devamos mudar de DJ.
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 · 26/6 às 22:12
Tomas Mario
Tomas Mario Tenho vindo a lançar, em sede do programa “Pontos de Vista”, a sugestão de o relatório de auditoria da Kroll ser tomado como ponto de partida, uma “oportunidade”, para o desencadeamento de um debate nacional robusto e desinibido, a culminar com a aprovação de um Plano Nacional de Refundação (Ética) do Estado moçambicano. (Veja-se o caso do Kenya, subsequente à crise eleitoral de 2007). O ponto de partida seria uma revisão consensualizada da Constituição da Republica, visando, pelo menos os seguintes dois objectivos: “Descarregar”os poderes excessivos do Presidente da Republica; robustecer, em contrapartida, o poder judicial, nomeadamente com um PGR designado por um conselho de pares e inamovível do seu posto até ao final do mandato; e um Tribunal Constitucional digno de tal designação. Porque estou convencido que os factos que culminaram com esta auditoria da Kroll não são um “acontecimento,”um “caso”: são o culminar de um processo de construção de um tipo de Estado, que vemos todos os dias soçobrar nas mãos de seus servidores, que o saqueiam e a delapidam, sem qualquer pejo. Qual o substrato em que tal Estado se sustenta: exactamente nesta expressão, muito elucidativa,de José Jaime Macuane “presunção de impunidade”.
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 · 26/6 às 21:57
Isabel Paunde
Isabel Paunde O relatório da kroll e muitas outras situações terão o mesmo desfecho se as questões acima expostas não forem revistas com urgência.
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 · 27/6 às 9:46
Mulopwana Murrom'pwe
Mulopwana Murrom'pwe Tomás Mário foste muito claro e felizmente tocas no assunto Real.. 
Em vez de debater os sujeitos devemos entender os meios. Cortar o meis seria igualmente eliminar os ladrões do futuro k s erao muitos se as coisas não mudarem 
Vejo k temos um problema
 grave de emendar. Se o contexto levar continuar o mesmo certeza k não teremos celas suficientes para todos... o número de larápios neste país tem haver com as facilidades e fragilidades do sector jurídico legal. É la lá onde devemos começar, pegar na CRM e em forma de direito comparado com outros países sucedidos vamos corrigindo as nossas laculad k evidentemente devem ter início na redução do poder do Monarca k aqui se chama de Presidente da Republica
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 · 27/6 às 15:33
Eucaliptos Mozambique
Eucaliptos Mozambique Apesar de concordar com o Professor Tomas Mario, acho que mudar a constituição é pedir demais para o médio e curto prazo pk isso iria expor o sistema da noite para o dia e por isso o sistema nunca iria concordar. Penso que a prioridade é discutir as Estratégias de desenvolvimento humano.
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 · 26/6 às 22:05
Josué Tambara
Josué Tambara Essa Estratégia começa na CRM
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 · 26/6 às 22:06
Eucaliptos Mozambique
Eucaliptos Mozambique CRM??? Desculpa
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 · 26/6 às 22:09
Josué Tambara
Josué Tambara Rever a Constituição...? Uma inquietação apenas
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 · 26/6 às 22:11
Eucaliptos Mozambique
Eucaliptos Mozambique É que é pedir demais. Tem que de apresentar um plano concreto que garanta que os antigos combatentes não serão marginalizados ou esquecidos pelos futuros e novos players que claramente tomarão o poder.
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 · 26/6 às 22:13
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Mas Eucaliptos Mozambique, tendo estudado teoria da democracia sabe muito bem que no mundo existem exemplos de transições políticas pactadas que criam garantias para as partes e acautelam os problemas e receios que apontou. E isso pode ser acompanhado de reformas institucionais, que plasmam esses acordos. No nosso caso houve uma experiência parcial disso com o AGP.
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 · 26/6 às 22:16 · Editado
Josué Tambara
Josué Tambara Basta falar de antigos combatentes, aí estraga muita coisa pk assim nunca iremos lado nenhum
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 · 26/6 às 22:16
Eucaliptos Mozambique
Eucaliptos Mozambique É que eles ainda estão em todo o lado
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 · 26/6 às 22:17
Josué Tambara
Josué Tambara E tem filhos e netos
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 · 26/6 às 22:20
Eucaliptos Mozambique
Eucaliptos Mozambique Os filhos e netos muitas vezes não tem argumentos nem legitimidade política mas aos velhos eu mesmo respeito e me espelho com muito orgulho.
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 · 26/6 às 22:22
Josué Tambara
Josué Tambara Todos somos combatentes. Cada um no seu tempo para sua própria existência e hoje devemos combater de novo para nossa própria existência e não serão os mesmos a combater - nova geração incluindo filhos dos antigos: labor justo.
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 · 26/6 às 22:25
Eucaliptos Mozambique
Eucaliptos Mozambique Os AGP foram implementados num contexto em que o Governo estava militarmente enfraquecido frente a Renamo que se tornou um Player considerável no campo das negociações. O povo Moçambicano é um player maioritariamente satisfeito pelo Governo que apesar de murmurar por melhorias esta satisfeito com o Governo que tem até o dia em que não for pago o salário.
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 · 26/6 às 22:28
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Tendo a concordar consigo, Tomas Mario, que este pode ser um momento fundancional, uma oportunidade, para passarmos de uma simples caça de bruxas, um debate maniqueísta e ajuste de contas na elite governamental, para uma reflexão profunda sobre as instituições. No meu entender, se o debate for aberto (e só assim seria também profundo) o suficiente, haveria maior disponibildiade da sociedade para entender e até contemporizar algumas das razões indicadas pelos principais actores desta crise. Seria um ponto importante para uma reflexão sobre a reconciliação, mais profundo, no meu entender.
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 · 26/6 às 22:11 · Editado
Eucaliptos Mozambique
Eucaliptos Mozambique Abrir o debate seria dar informação e isto é igual a dar o poder que não se oferece. Aqui está um debate aberto que deveria continuar a crescer até o ponto deles pedir para serem incluídos.
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 · 26/6 às 22:16
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Eucaliptos Mozambique não falo sobre as operações que envolvem segredo do Estado, falo sobre todo esse processo e de como vamos prosseguir depois de termos os resultados. Sobre isso as questões de segredo do Estado, falei hum outro post ontem.
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 · 26/6 às 22:18
Eucaliptos Mozambique
Eucaliptos Mozambique Não é segredo de Estado mas matérias simples que envolvem conquista e manutenção do poder.
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 · 26/6 às 22:33
Eucaliptos Mozambique
Eucaliptos Mozambique As contrapartidas que as partes tem acesso etc. Se essa informação chega ao público mais players terão coragem de perseguir e questionar o poder.
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 · 26/6 às 22:35
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Mas isso não é segredo nenhum. Basta saber ler a política que se entende por quantos paus se faz a canoa.
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 · 26/6 às 23:57
António Jemusse
António Jemusse Muita força Sua Excelência o Presidente Filipe Jacinto Nyusi. Moçambique avança!
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 · 26/6 às 23:59
Lenine Daniel
Lenine Daniel Amei ler este texto Professor. Que Deus lhe ouça. Este não é o País que queremos deixar para os nossos filhos.
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 · 27/6 às 0:05
Ismael C. Gocaldas
Ismael C. Gocaldas Boa reflexão ilustre Jaime,o povo ja esta cansado deste regime de assassinos,que constantemente matam ou ameaçam os que não dançam a sua música,a nossa única alternativa é a PGR fazer o seu trabalho de casa,existe matéria para uma investigação plausível e prender os delapidadores da coisa pública.
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 · 27/6 às 0:07
Valquiria Mangule
Valquiria Mangule Obrigada pela reflexão clara e objectiva caro José Jaime Macuane. Concordo também com o Tomas Mario, esta é uma oportunidade para que todos nós (ou a maioria de nós) despertemos e conheçamos o rumo para o qual Moçambique está efectivamente a tomar. 
É inconcebível para um povo continuar na penumbra por conta do medo que tem pairado na sociedade. Thanks.
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 · 27/6 às 0:38
Cristiano Matsinhe
Cristiano Matsinhe Penso que o mote é demasiado ignóbil para engajar e desencadear mudanças estruturais ousadas. Além de todo o aparto de resistência e perpetuação de si instalado, da paranoia sobre a “perda de poder”, ou da obsessão em não deixar o poder fragmentar-se ou cair nas mãos dos “outros”, a “vergonha" de aceitar que, por pressões externas (independentemente de toda a legitimidade das iniciativas internas), que desafia a ideia de soberania, como é veiculada (no sentido de monopólio dos libertadores), dificilmente poderia abrir um campo de possibilidades de transformação da actual realidade polarizada e enclausurada em suas próprias zonas de (des)conforto político partidário. Quanto muito, podemos esperar concessões simbólicas, rearranjos estruturais meramente nominais e paliativas e, um pouco de espetáculo. Depois disso, potencialmente, voltamos a normalizar a nossa existência num quadro relativamente mais vocal e ruidoso, mas nem por isso consideravelmente diferente do período imediatamente posterior aos acordos da década 90. Uma outra linha de estrangulamento de abordagens e reflexões como a que propõe é mesmo o papel dos legionários da contrainformação que se antecipam em ver intenções obscuras por de trás de qualquer proposta cujo embrião não tenha brotado das suas hostes. Se, com o pretexto da paz e reconciliação não esta a ser possível sequer comungar da ideia de que esse é um assunto de interesse colectivo e que, mesmo com eventuais aproveitamentos políticos (discursos sobre vencidos e vencedores) não estamos a chegar a essa percepção, imagina então num assunto materialmente menos quente que a guerra, mas ética e moralmente tão danoso quanto ela, como é o caso deste assunto das dívidas. De qualquer forma, numa coisa estou inteiramente de acordo: estamos mais do que em tempo de repensar a arquitectura das instituições e das relações por aqui.
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 · 27/6 às 0:55
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Sim, podes ter razão quando ao mote e as ambições do que se pode tirar deste processo. Um ponto importante que seria utópico esperar que viesse deste processo é o que para mim é a compreensão do sentido de liberdade no grupo libertador e govenante deste pais: a liberdade não só foi apropriada como apenas fruto de um único processo histórico (o da independência), mas também se tornou um privilégio e exclusividade de alguns. Mudar este pensamento é obra. E esta missão não se pode esperar que seja dos que se beneficiam desta ideia excludente de liberdade. Cabe aos excluídos nesta concepção de liberdade materializarem o sentido que é dado formalmente à mesma na Constituição. Ironicamente aprovada (também) pelos que agora a negam a outros.
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 · 27/6 às 9:32
Cristiano Matsinhe
Cristiano Matsinhe Assim sendo, deixando de lado a (im)possibilidade de transformações substanciais com o envolvimento ou a partir dos de “dentro” (o que não quer dizer que não haja dinâmicas intestinais), os de “fora” também não são uma entidade linear (felizmente), que partilhe (necessariamente) dos meus ideais, não obstante o facto de se sentirem igualmente subjugados pelo manto da repressão e do cerceamento das liberdades e direitos. A empreitada que propões inclui a consideração da necessidade destes outros múltiplos actores que povoam os interstícios do “sistema” desenvolverem consciência de foco e priorização de aspectos de uma agenda colectiva de forma relativamente estruturada. Assim como há entre ”os de dentro”, entre “os de fora” há também batalhas intestinais de diversas matizes que limitam o potencial transformativo das narrativas alternativas ou de alternância (não de poder, mas de sistemas de regência da vida colectiva). Reduzir estas tensões estruturantes, muitas vezes assentes num espírito de competitividade imediatista, parece-me também ser um dos caminhos a percorrer.
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 · 27/6 às 12:26
Muhamad Yassine
Muhamad Yassine Lucidez é isso aqui. Parabéns. Ficou por fora o baleamento do Dr Carlos Jeque
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 · 27/6 às 1:16 · Editado
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Sim, e o espancamento do Armando Nenane. Há mais casos que se pode contar dessa onda repressiva, dentre pessoas conhecidas e anónimas.
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 · 27/6 às 1:19
Antonio A. S. Kawaria
Antonio A. S. Kawaria João Massango.
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 · 27/6 às 1:36
Antonio A. S. Kawaria
Antonio A. S. Kawaria Uma reflexão para reflexão sobre os limites informais da livre expressão, claro não para termos medo mas para sabermos que estamos numa dura batalha.
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 · 27/6 às 1:34
Natália Bueno Schenoni
Natália Bueno Schenoni "Reconciliação (...) para se voltar ao diálogo com as outras forças da sociedade" = inclusão! 👏🏻👏🏻👏🏻
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 · 27/6 às 1:42
Benedito Mamidji
Benedito Mamidji Professor José Jaime Macuane, o que acaba de escrever é um lufada de ar fresco para a juventude que carece de exemplos para a inspirar. Não apenas pela sua coragem - tendo sido vítima da cobardia do poder - mas pela lucidez com que coloca a questão. Para quem vive fora do país, este é o único fórum para se manter ligado ao pulsar da terra. Tive uma conversa com Luis Bernardo Honwana, um herói da minha juventude, nas linhas em que coloca a questão da necessidade de um debate profundo e aberto sobre o Estado e o país que queremos. O que notei é que há dentro da nomenclatura figuras que concordam com esta urgente necessidade da refundação ética do Estado como diz o Vimaró (esse meu outro herói). É preciso criar pontes, fazer alianças com essas forças progressistas dentro da nomenclatura (o Teodato Hunguana é um deles), para que esse debate ganhe força e não seja visto como algo que vem de fora. A inflexibilidade do poder em aceitar o pensamento crítico e diferente é apenas reflexo da longa transição política em que nos encontramos desde 94. É uma longa transição, e vem sempre com o seu preço. É aí que as alianças entre a sociedade civil e os progressistas da nomenclatura é importante. Os resultados devastadores do relatório da Kroll são uma oportunidade de ouro para isso. 

Quando Gorbachov lançou a Glasnost (irmã política da económica Perestroika) em 85, ele inspirou-se numa máxima de Lenin: "que haja luz, que o Partido saiba de tudo". A essência daquela máxima era que o triunfo do socialismo dependia da participação do povo nas decisões políticas, mesmo que de forma crítica. Um partido que não sabe como é que o seu "povo" pensa está condenado à alienação, a operar de cima, a cometer erros. Daí a necessidade da luz. Lenin foi à cripta com a sua Luz. Stalin via as coisas diferente. Gorbachov recuperou aquela máxima porque acreditava que o futuro da URSS dependia de uma abertura e debate franco sobre o que estava mal com o país. Ele convidou a população a participar nas urgentes discussões sobre as reformas. O colapso da URSS não foi a sua intenção. E veio a democracia, à porta de cavalo. Mas o tipo de discussão que se seguiu, e a força das facções mais radicais e opostas à mudança resultaram na aberração política em que a Russia de hoje se tornou. Levou justamente o mesmo tempo que nós levamos para regressar à guerra - 22 anos - para a Russia voltar ao autoritarismo e expansão imperialista dos velhos tempos. Sei que são exemplos talvez bastante diferentes, mas tendo em conta a nossa história recente e as relações com a Russia, um exemplo relevante. Se o assunto das dívidas não for resolvido de forma responsável e daí não resultar mudanças na organização do estado, ou vamos continuar na penumbra do conflito - talvez com outras dimensões e outros actores - ou nos transformaremos numa aberração política como há tantos pelo mundo fora.
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 · 27/6 às 2:25 · Editado
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Meu caro Benedito Mamidji, sua interperlação é pertinente. Os processos de transição devem saber se reinventar, porque o seu curso não é linear. Vide o nosso caso e o que cita, da Rússia. Nos acomodamos na ideia de que as transições correm por si mesma e de uma forma linear que não precisam de constante debate e ajustes de percurso. Espero que esta reversão autoritária pelo que estamos a passar seja uma lição para o futuro.
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 · 27/6 às 9:26
Munguambe Netinho
Munguambe Netinho Estamos taticamente entre a espada e a parede, o que na prática traduz-se nos seguintes termos: reconciliação (assumirmos sem entender os contornos das dívidas sem o Ministério Público levar à barra de justiça os responsáveis) ou continuar a exigir a justiça (que é a contínua pressão social nos espaços virtuais e físicos perseguidos pelo terror por transpor o "limite" por não saber o que o amanhã nos reserva).
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 · 27/6 às 4:45
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Reconciliar não significa necessariamente passar uma borracha em tudo e proclamar a impunidade. Na minha perspectiva, implica evitar o revanchismo e evitar que o processo seja capturado para um simples ajuste de contas entre grupos da coalizão governante, sem substancial benefício para a sociedade.
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 · 27/6 às 9:22 · Editado
Masoka Helder
Masoka Helder Espero que está reflexão ajude a iluminar quem ainda continua dormindo num sono profundo da demagogia.
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 · 27/6 às 6:38
Benedito Macaua
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 · 27/6 às 9:51
Sergio Baloi Sergio
Sergio Baloi Sergio A minha pergunta que tenho feito é seguinte onde foi a massa crítica deste país?
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 · 27/6 às 14:01
Lazaro Filimone Pene
Lazaro Filimone Pene Muitos, ou morreram ou foram mortos e/ou simplesmente corrompidos, isto é, comprados para deixarem de criticar os libertadores e a respectiva fauna acompanhante.
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 · 27/6 às 22:19
Sergio Baloi Sergio
Sergio Baloi Sergio Lazaro Filimone Pene doí estar num pais desta natureza
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 · 15 h
Lazaro Filimone Pene
Lazaro Filimone Pene Temos que viver zangados, porque os nossos chefes são ladrões e assassinos. Mas não vão converter todo um povo no que eles são.
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 · 15 h
Victor Cordeiro
Victor Cordeiro Simples e claro, excelente explanação...
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 · 27/6 às 14:02
Bernardino Victoria Augusto
Bernardino Victoria Augusto ...incuba-se o medo, testa-se a exaustao do medo incubado (por pretensos limites que nao se deve ultrapassar), e ainda cre-se que daraa em nada??...
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 · 27/6 às 17:31
Waka Chitlango
Waka Chitlango Muito bem colocado,custa caro pensar alto neste país.
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 · 27/6 às 17:36
Ernesto Lourenco
Ernesto Lourenco Simply amazing, as usual... congrats professorVer Tradução
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 · 27/6 às 18:37
Elcidio Fernando
Elcidio Fernando Grande dissertação, pena k o povo tarda a abrir os olhos , pelo menos a maioria .
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 · 27/6 às 19:55
Adelino Branquinho
Adelino Branquinho Gostei! Os pontinhos, estão em todos os iiis, quem não gosta de ler relatórios, comunicados e outros escritos ,o problema é deles...esta reflexão, merece toda a atenção.
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 · 27/6 às 21:14
Paulo Soares
Paulo Soares Muito bem dito!
Essa escumalha da Frelimo tem de ser desmascarada.
Mas os da dita comunidade internacional, como esses suecos da Kroll e outros são seus cúmplices.

Ajudam--os a roubar Moçambique!
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 · 27/6 às 22:29
Antonio Mouzinho
Antonio Mouzinho Bem dito, dr Jaime, a sequência lógica dos acontecimentos, estão predispostos a que percebamos o senario que vem. Infelizmente não acredito que a mudança da constituição se reflicta na mudança da mentalidade dos senhores feudais.
Primeiro proponho a mudança da bandeira, para se retirar a arma que ali permanece. Só assim daremos início a constituição de uma nova pátria.
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 · 21 h
José Jaime Macuane
José Jaime Macuane Certamente que a mudança de mentalidades não parte da mudança de leis. Estas podem ser ignoradas se a mentalidade for a mesma que se pretende mudar. E também quem está no poder não muda por benevolência, é porque vê a necessidade de mudar, seja porque razão for.
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 · 8 h
Esaias Benzana
Esaias Benzana Como se sabe, grandes revoluções custaram vidas!
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 · 6 h
Antonio Mouzinho
Antonio Mouzinho Realmente, as revoluções tem dessas. Mas algo ainda me inquieta, a questão da bandeira nacional, por este meio me associo a Rui Fonseca, que já tem em manga uma proposta detalhada com base na pesquisa que realizou sobre o processo de evolução da bandeira e como seria actualmente, acima de tudo para onde iriam os símbolos retirados (sem forem), julgo que este acto de cidadania deve ter apoio de todos nós.
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 · 5 h
Antonio Mouzinho
Antonio Mouzinho A 1 semana ele apresentou este desafio, a estudantes do curso de Marketing a quando da palestra por ele proferido na Escola de Comunicação e Artes_ECA-UEM.
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 · 5 h
Esaias Benzana
Esaias Benzana Esse texto representa um procedimento cirúrgico necessário por aqui.
A seriedade será notável quando houver liberdade.
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