Nas próximas horas decorrerá mais uma sessão do comité central da FRELIMO, o meu partido. Uma sessão par de tantas outras, reflexo, entre outros, da constância dos encontros dos órgãos do partido.
Não é novidade para a maior parte das pessoas que as reuniões da FRELIMO encerram em si uma enorme fasquia de expectativas por representarem a sede das grandes decisões e transformações da vida dos moçambicanos, aliás, tem sido assim desde 1962. O meu partido tem o condão de prever e antecipar realidades, chamando a si o papel de idealizador e executor das grandes linhas deste país.
Razão pela qual esta reunião não deverá fugir à bitola enunciada, particularmente agora em que o país lida com uma crise que afecta sobremaneira a vida dos cidadãos, resultante de uma crise de identidade, patriotismo e de ideais, grosso modo, apimentada por uma certa dose de oportunismo.
Outra das crises parece ser a de perceber quem dirige a quem, se o partido dirige os membros ou se grupos de "interesse" dirigem o partido. Não deixa de alarmar, por isso, a aparente perda do poder das bases e dos órgãos.
A crise de liderança parece existir igualmente no campo decisório pleno, pois não se percebe por vezes quem manda na verdade, se o partido no poder ou então se os partidos de oposição. Sobre esta matéria, permitam-me que partilhe da tese de Afonso Dhlakama parecer ser o homem que dirige, pois parece ditar as regras de jogo, enunciando quase sempre o quando e o como.
Estas crises são reais, apesar de não faltar quem as ignore e veja em quem as enuncia alguma espécie de descontente ou reacionário. Malgrado o facto de vermos "prostitutos" políticos defenderem com unhas e garras acções reveladoras de cisão do que de união. Aliás, hoje vemos militantes atacados e rejeitados por não militantes, assim como direitos fundamentais atropelados em defesa de teses estranhas. Até uma entrevista é maldita!
Mas como disse, a FRELIMO, muito antes de eu existir, ela existe, dirige e reinventa-se... crença actual minha... e que ele irá encontrar, em festa, depois de aturados debates, no trinómio unidade-critica-unidade, as melhores respostas para os nossos desafios.
p.s. fala-se nos corredores de possíveis candidaturas a liderança do partido, sobre isso não vejo mal algum, até acho que acontecendo reforça o sentido de democracia e testa o nível de credibilidade dos dirigentes... vale lembrar que inauguramos este paradigma na sessão de 2013 e que nem é anormal, é de estatutos e directivas! Portanto, quem o desejar fazer, tem a soberana oportunidade de o dar a conhecer, para muito cedo, em igualdade, poder fazer a sua campanha...
Bom trabalho camaradas!
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