TELEVISÃO: TVM chega a Angola, RAS e Tanzânia
O primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, em representação do Presidente da República, Filipe Nyusi, procedeu ao lançamento, sexta-feira última, do canal Internacional da Televisão de Moçambique (TVM), que deverá ser visto, na primeira fase em Tanzânia, África do Sul e Angola.
O novo canal, agora hibernado no que era o Canal 2 (TVM2), por 18 meses até a concretização da imigração para o sistema digital, tem como missão levar a imagem e realizações de Moçambique para o mundo.
De imediato, o canal já está a ser visto na África do Sul, Tanzânia e Angola, devendo muito em breve ser sintonizado em Portugal e Alemanha. O transporte do canal está a ser feito pelos serviços pré-pagos Zap, GoTv, Startime e TVCabo.
Para o primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário este serviço tem a responsabilidade de matar a sede de informação sobre o país no estrangeiro, o que representa um grande desafio em termos de qualidade, tendo em conta a competição no mercado onde a TVM está a lançar-se.
OS CÉREBROS POR DE TRÁS DO ECRÃ
Estamos habituados a ver e a engrandecer os apresentadores e todos aqueles profissionais visíveis da televisão. O jornal domingo traz hoje alguns dos cérebros que trabalham por detrás das câmaras, na tecnologia que transporta o sinal de televisão para os nossos receptores de televisão.
Porque o canal denominado “TVM Internacional” foi lançado exactamente no dia da Mulher Moçambicana, a primeira cara que a nossa Reportagem lhe apresenta é da Engenheira Ema Canda, como é bem conhecida nos meandros técnicos da TVM, ela que é formada em telecomunicações e trabalha na área de projectos há dez anos na Televisão de Moçambique.
A sua área de actuação é responsável pela elaboração de projectos, estudo e preparação de tudo o que é necessário para se levar o sinal de televisão para mais distritos ou áreas territoriais do país e também responde pelo padrão tecnológico de todo o equipamento usado nesta televisão.
Na sua opinião, o critério de escolha que a TVM deve usar não é apenas de qualidade, mas também de robustez do equipamento, tendo em conta as adversidades em que as equipas trabalham, sobretudo no que às câmaras de reportagem diz respeito.
A Engenheira Ema está também envolvida na selecção dos padrões tecnológicos do software e de todo o equipamento utilizado na rede e presentemente esta está envolvida no projecto de migração digital, tendo trabalhado desde a concepção do concurso público e selecção dos concorrentes, estando agora a trabalhar com o vencedor que tornará possível a meta de sair-se do sistema analógico para o digital em 18 meses.
Mais adiante, no departamento de Marketing encontramos o gestor Filipe Balói que afirma que esta estação televisiva tem o desafio de responder aos anseios de uma grande parte dos consumidores em termos de notícia leve e entretenimento.
Para este quadro da televisão, o que se consegue neste momento é satisfazer a abordagem oficial como televisão pública, o que é uma parte da sua missão, pese embora não ajude o canal a ocupar os primeiros dois lugares do ranking nacional.
Como solução, a TVM já está a concordar em fazer parcerias mesmo para a produção de material noticioso, não se importando em publicar uma reportagem com a rótula de um anunciante que financiou a produção da mesma. “Acreditamos que a par da produção do material do interesse do nosso parceiro estaremos em condições de chegar mais longe e trazer outras notícias que de outra maneira não seríamos capazes”.
Outro quadro que não aparece nas telas, mas que ajuda a tornar possível a emissão do sinal da TVM é o Engenheiro Danilo Langa, que ocupa a posição de director técnico e que nos últimos tempos tem se ocupado com os contornos da imigração digital.
Segundo Danilo Langa, com a imigração, que deverá estar concluída em 18 meses, contando a partir de Março de 2017, a TVM deixa de se preocupar com o transporte do sinal, o que está agora entregue a uma nova empresa. Trata-se da TMT, que é uma sociedade que comporta a própria TVM, a Rádio Moçambique e as Telecomunicações de Moçambique.
Perguntamos a este responsável técnico como tinha sido possível lançar o novo canal sem implicações financeiras adicionais e ele respondeu que o sistema digital permite que se criem vários canais sem necessidade de infra-estruturas complicadas. No caso concreto, o novo canal fica hibernado no então TVM 2 até à conclusão da imigração digital.
Langa e sua equipa são responsáveis pelas áreas de informática, manutenção técnica de todo o equipamento electrónico e das redes de transmissão, incluindo emissores que, a partir de agora, passam à responsabilidade da nova empresa em que a TVM é parte integrante, a TMT.
Texto de Francisco Alar
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