A Comissão Permanente da Assembleia da República aprovou, ontem, a viagem do Chefe de Estado a Botswana, uma decisão que foi contra o posicionamento da Renamo, que levantou o debate sobre a pertinência da visita, tendo em conta os ganhos para o Estado moçambicano.
É que, para a bancada da Renamo, a carta enviada ao Parlamento por Filipe Nyusi não revela o impacto orçamental da visita, numa altura em que o país se ressente da crise financeira.
“A Renamo não achou conveniente o Chefe de Estado deslocar-se, apelando que não havia condições financeiras, económicas e, também, não tem conhecimento do impacto da visita, dos resultados, o que para esta bancada devia ser incluído na carta do Chefe de Estado. Estes elementos, até agora, não são de lei. Provavelmente, a Renamo, tencionando que assim seja, terá que submeter uma proposta de revisão da lei nas próximas ocasiões”, explicou Mateus Katupha, porta-voz da Comissão Permanente.
No entanto, as bancadas da Frelimo e do MDM aprovaram o pedido do Chefe de Estado, sob argumento de ter obedecido ao regimento parlamentar. “Houve um debate aceso entre as bancadas que fazem parte da Comissão Permanente e autorizou-se o Chefe de Estado a fazer a visita de Estado à República de Botswana. Sobre esta deliberação, informo que foi preciso votar”, explicou Katupha.
Assim, a visita de Filipe Nyusi está agendada para os dias 24 e 25 de Abril corrente.
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