terça-feira, 11 de abril de 2017

Explosão provoca quatro feridos em dia de reunião do G7 dedicado à Síria

TURQUIA

Turquia. 

Pelo menos 4 pessoas ficaram feridas -- incluindo uma em estado grave -- esta terça-feira numa forte explosão na cidade turca de Diyarbakir, no dia em que os ministros do G7 debatem a guerra na Síria.
Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas — incluindo uma em estado grave — esta terça-feira numa forte explosão na cidade turca de Diyarbakir (de maioria curda), informa a Associated Press citando meios de comunicação locais.
A origem da explosão é desconhecida, mas muitos dos meios de comunicação locais avançam que terá resultado de um acidente durante reparações que estavam a ser feitas num veículo blindado da polícia.
A explosão causou o desmoronamento de parte de um edifício naquela cidade do distrito de Baglar, para onde se dirigiram de imediato várias ambulâncias e carros da polícia.
Nos últimos meses, a Turquia tem sido alvo de inúmeros ataques terroristas quer por parte do Estado Islâmico quer por parte de rebeldes curdos, que habitam na zona mais oriental do país e ocupam vastas áreas também no Iraque e na Síria.
[Um vídeo mostra os momentos imediatamente após a explosão:]
A explosão de origem desconhecida coincide com uma reunião especial dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, em Lucca, no norte de Itália, dedicada à guerra na Síria.
Para esta reunião, os chefes da diplomacia dos EUA, Alemanha, Japão, Reino Unido, Canadá, França e Itália convidaram representantes da Turquia e de diversos países árabes como os Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita, a Jordânia e o Catar.
Trata-se de uma reunião com o objetivo de procurar formas de retomar as negociações para a paz na Síria e para impedir o agravamento de uma escalada militar, sobretudo após o ataque químico que matou 87 mortos na Síria e que tem sido atribuído ao regime de Bashar al-Assad.
[Uma das imagens da explosão em Diyarbakir mais partilhadas esta terça-feira nas redes sociais:]
A explosão ocorre também quatro dias antes do polémico referendo constitucional convocado por Erdogan em fevereiro. O país vai a votos no próximo fim de semana para aprovar ou reprovar a proposta do presidente que visa transferir o poder executivo do parlamento (atual centro de decisão na Turquia) para o presidente.
O referendo é controverso uma vez que Erdogan defende que a reforma é necessária para limitar o poder dos militares no país e a oposição teme que este seja o caminho para uma ditadura a curto prazo, dando poderes quase absolutos ao presidente.

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