Alvo foram cavernas que seriam utilizadas pelo Daesh.
Os Estados Unidos largaram a bomba não nuclear mais potente do seu arsenal num complexo supostamente usado pelos militantes do Daesh (o autoproclamado Estado Islâmico) no Afeganistão, na fronteira com o Paquistão.
O porta-voz da Casa Branca disse apenas que foram tomadas todas as precauções para minimizar o risco de mortes entre a população civil – o complexo atingido situa-se numa zona remota.A notícia foi avançada em primeira mão pela CNN e confirmada pouco depois pelo porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer. Durante a conferência de imprensa diária, o responsável avançou que o Exército norte-americano lançou uma bomba GBU-43 numa zona remota do Afeganistão, na província de Nangarhar.
Em comunicado, o comandante das forças norte-americanas no Afeganistão, o general John W. Nicholson, disse que a bomba usada foi "a munição certa" para atacar neste momento os militantes do Daesh no Afeganistão.
"À medida que as baixas do ISIS-K [Estado Islâmico na província Khorasan] têm subido, eles começaram a usar explosivos improvisados, bunkers e túneis para reforçarem a sua defesa [no complexo]. Esta é a munição certa para reduzir esses obstáculos e manter o ímpeto da nossa ofensiva contra o ISIS-K", disse o general Nicholson. A bomba GBU-43 não é tecnicamente perfurante, como a GBU-57, mas as consequências da sua explosão fazem-se sentir em vários sentidos: explode antes de embater no solo, pelo que abrange uma área mais extensa; e entra no solo várias dezenas de metros, pelo que causa destruição num sistema de túneis e cavernas.
Esta foi a primeira vez que os EUA lançaram a bomba GBU-43, considerada por muitos a bomba não nuclear mais potente do arsenal norte-americano (outros têm dito que a mais potente é a perfurante GBU-57). A bomba foi transportada por um avião MC-130 e largada em cima de um complexo supostamente usado por militantes do Daesh no Afeganistão, a que os norte-americanos se referem como ISIS-K (um grupo formado no início de 2015 numa região historicamente conhecida como Khorasan, que inclui território actual do Afeganistão e do Paquistão).
A notícia foi avançada pela CNN e já confirmada pelo porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer. Na conferência de imprensa diária, o porta-voz precisou que a bomba lançada foi uma GBU-43, também conhecida como MOAB (iniciais de Mother Of All Bombs, ou "mãe de todas as bombas).
I vehemently and in strongest words condemn the dropping of the latest weapon, the largest non-nuclear #bomb, on Afghanistan by US...1/2— Hamid Karzai (@KarzaiH) April 13, 2017
A bomba em causa é uma GBU-43, com mais de dez toneladas. Foi desenvolvida durante a guerra do Iraque, iniciada em 2003, e testada na Florida. As suas iniciais MOAB (Massive Ordnance Air Blast) são geralmente desdobradas em Mother Of Alll Bombs ("mãe de todas as bombas"), numa alusão às declarações do então líder iraquiano, Saddam Hussein, antes da primeira guerra do Golfo, em 1991, de que essa seria "a mãe de todas as batalhas".
A bomba foi lançada às 19h32 locais (16h02 em Portugal continental) por um avião MC-130, operado pelo Comando de Forças Especiais da Força Aérea, disse o porta-voz do Pentágono, Adam Stump.
O especialista Marcus Weisgerber, director da revista Defense One, disse à CNN que é "improvável" que o Presidente dos EUA, Donald Trump, tivesse conhecimento da operação norte-americana no Afeganistão, já que não se trata de uma bomba nuclear
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EUA lançam "a mãe de todas as bombas" sobre cavernas do Daesh.
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