Já é muito pior do que “Lixo”
A agência de notação financeira “Fitch Ratings” agravou a nota de “rating” do risco da dívida de Moçambique de longo prazo, que, em Outubro, estava no nível “CC”, em moeda estrangeira, para a nota “RD” (“Restricted Default”), a um nível apenas da bancarrota, que é o “D”. Estamos no quarto pior nível do que “Lixo”.
A notação “RD” indica que a dívida assim definida é mais do que especulativa, isto é, sem qualidade para investimento, encontrando-se o país que recebe tal notação numa situação próxima não só de incumprimento das suas responsabilidades financeiras, mas também quase ou mesmo na bancarrota.
Em análise publicada na quinta-feira, 30 de Novembro, a “Fitch Ratings” manteve, por outro lado, a notação “CC”, ou seja, no nível especulativo, o risco em moeda local.
A dívida a curto prazo, tanto em moeda estrangeira como em moeda nacional, também viu a sua notação reafirmada em “C”, um nível abaixo de “CC”.
A “Fitch” justifica o agravamento da revisão em baixa da capacidade de Moçambique pelo facto de, a 21 de Novembro, o Ministério da Economia e Finanças ter tornado público um documento confirmando que Moçambique não efectuou o pagamento da parcela de 53 milhões de dólares da empresa estatal “Mozambique Asset Management” (MAM), que venceu a 23 de maio de 2016, um empréstimo que tem garantia soberana da República de Moçambique.
A agência de notação financeira “Fitch Ratings” agravou a nota de “rating” do risco da dívida de Moçambique de longo prazo, que, em Outubro, estava no nível “CC”, em moeda estrangeira, para a nota “RD” (“Restricted Default”), a um nível apenas da bancarrota, que é o “D”. Estamos no quarto pior nível do que “Lixo”.
A notação “RD” indica que a dívida assim definida é mais do que especulativa, isto é, sem qualidade para investimento, encontrando-se o país que recebe tal notação numa situação próxima não só de incumprimento das suas responsabilidades financeiras, mas também quase ou mesmo na bancarrota.
Em análise publicada na quinta-feira, 30 de Novembro, a “Fitch Ratings” manteve, por outro lado, a notação “CC”, ou seja, no nível especulativo, o risco em moeda local.
A dívida a curto prazo, tanto em moeda estrangeira como em moeda nacional, também viu a sua notação reafirmada em “C”, um nível abaixo de “CC”.
A “Fitch” justifica o agravamento da revisão em baixa da capacidade de Moçambique pelo facto de, a 21 de Novembro, o Ministério da Economia e Finanças ter tornado público um documento confirmando que Moçambique não efectuou o pagamento da parcela de 53 milhões de dólares da empresa estatal “Mozambique Asset Management” (MAM), que venceu a 23 de maio de 2016, um empréstimo que tem garantia soberana da República de Moçambique.
Num
documento de vinte páginas apresentado aos investidores, em Londres,
pelo Ministério das Finanças, o Governo referiu que ”o perfil da dívida
pública garantida pelo Estado de Moçambique não é sustentável”.
No documento, o Ministério das Finanças assumiu que a dívida pública vai chegar, em 2016, a 130% do PIB e revê em baixa, para 3,7%. A previsão de crescimento económico.
A crise da dívida afectou a economia, em si, mas também a moeda, o que fez com que o dólar, que, até Janeiro do ano passado, estava nos 40,00 meticais, chegasse aos 80,00 meticais, e o rand, que era cambiado a 2,50 meticais, tenha roçado aos 6,00 meticais, atrofiando por completo uma economia que sobrevive de importações. Há empresas ligadas a importações que fecharam as portas, por não suportarem os custos da subida agressiva do câmbio.
A “Fitch” diz que há perspectivas de actualização positiva do “rating”, mas tudo está refém da normalização da relação com os credores, que, neste momento, está muito tensa. Pelo menos a nível interno, o Fundo Monetário Internacional já acenou positivamente às reformas macro-económicas impostas e está animado com o início, em breve, da auditoria forense que está a cargo da “Kroll. (Matias Guente)
CANALMOZ – 02.12.2016
No documento, o Ministério das Finanças assumiu que a dívida pública vai chegar, em 2016, a 130% do PIB e revê em baixa, para 3,7%. A previsão de crescimento económico.
A crise da dívida afectou a economia, em si, mas também a moeda, o que fez com que o dólar, que, até Janeiro do ano passado, estava nos 40,00 meticais, chegasse aos 80,00 meticais, e o rand, que era cambiado a 2,50 meticais, tenha roçado aos 6,00 meticais, atrofiando por completo uma economia que sobrevive de importações. Há empresas ligadas a importações que fecharam as portas, por não suportarem os custos da subida agressiva do câmbio.
A “Fitch” diz que há perspectivas de actualização positiva do “rating”, mas tudo está refém da normalização da relação com os credores, que, neste momento, está muito tensa. Pelo menos a nível interno, o Fundo Monetário Internacional já acenou positivamente às reformas macro-económicas impostas e está animado com o início, em breve, da auditoria forense que está a cargo da “Kroll. (Matias Guente)
CANALMOZ – 02.12.2016
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