A organização de defesa dos direitos humanos classifica
como "chocantes" os confrontos entre as forças de defesa ugandesas e
guardas de um reino tradicional, no oeste do país. Violência já causou
62 mortos.
A violência começou quando uma patrulha de polícias e militares
ugandeses foi atacada por guardas reais na localidade de Kasese. No
domingo (27.11), a polícia invadiu o palácio e prendeu o rei Charles
Wesley Mumbere. Cerca de 40 pessoas que estavam escondidas nos Campos da
Guarda Real - que o exército considera ilegais - foram mortas. Outros
guardas morreram nos confrontos. Segundo a Amnisitia Internacional,
muitos terão sido vítimas de execuções sumárias.
Nas redes sociais, circulam imagens de corpos amontoados nas ruas de Kasese. Há ainda fotografias de mulheres nuas alinhadas que estariam no palácio de Mumbere, alegadamente incendiado pelas forças de segurança. Uma jornalista ugandesa foi detida, no domingo, por ter tirado fotografias e publicado nas redes sociais.
O brigadeiro Peter Elweru, que comandou a divisão que atacou o palácio, disse à DW que a operação vai continuar nas montanhas, porque há mais campos nesta região. "Já chega, temos de fazer alguma coisa em relação a este grupo, porque não são guardas reais, mas terroristas", justifica.
As Forças de Defesa Ugandesas e a polícia atacaram o palácio do rei Wesley Mumbere numa operação que pretendia eliminar o que o Governo chama de terroristas.
Mumbere tinha anunciado que o seu reino não quer continuar a fazer parte do Uganda. Pretende criar a seu própria nação, conhecida como República de Biira. Os guardas reais içaram bandeiras, delimitando os seus campos, entretanto invadidos.
O porta-voz da polícia do Uganda, Felix Kaweesa, confirmou que o rei tradicional se encontra detido e "será acusado de traição", se se confirmar que ele é, de facto, o responsável pelo incitamento à violência. Um crime que pode ser punido com pena de morte.
População assustada
Apesar de o clima de tensão não ser novo em Kasase, muitos ugandeses estão com medo. "As pessoas estão assustadas, sentem-se ameaçadas. E quando viram a chegada das Forças de Defesa Ugandesas, muitas tiveram de fugir", conta um cidadão que preferiu não ser identificado.
A
instabilidade no reino de Rwenzururu agravou-se desde as últimas
eleições presidenciais no Uganda, em fevereiro, ganhas pelo Presidente
Yoweri Museveni. No entanto, o partido no poder teve um fraco desempenho
na região, onde o maior partido da oposição, o Fórum para a Mudança
Democrática, conquistou mais apoio.
Líderes da oposição acreditam que esse pode ser o motivo para o Governo ugandês recorrer à força na região de Rwenzururu, no oeste do Uganda.
Nas redes sociais, circulam imagens de corpos amontoados nas ruas de Kasese. Há ainda fotografias de mulheres nuas alinhadas que estariam no palácio de Mumbere, alegadamente incendiado pelas forças de segurança. Uma jornalista ugandesa foi detida, no domingo, por ter tirado fotografias e publicado nas redes sociais.
O brigadeiro Peter Elweru, que comandou a divisão que atacou o palácio, disse à DW que a operação vai continuar nas montanhas, porque há mais campos nesta região. "Já chega, temos de fazer alguma coisa em relação a este grupo, porque não são guardas reais, mas terroristas", justifica.
As Forças de Defesa Ugandesas e a polícia atacaram o palácio do rei Wesley Mumbere numa operação que pretendia eliminar o que o Governo chama de terroristas.
Mumbere tinha anunciado que o seu reino não quer continuar a fazer parte do Uganda. Pretende criar a seu própria nação, conhecida como República de Biira. Os guardas reais içaram bandeiras, delimitando os seus campos, entretanto invadidos.
O porta-voz da polícia do Uganda, Felix Kaweesa, confirmou que o rei tradicional se encontra detido e "será acusado de traição", se se confirmar que ele é, de facto, o responsável pelo incitamento à violência. Um crime que pode ser punido com pena de morte.
População assustada
Apesar de o clima de tensão não ser novo em Kasase, muitos ugandeses estão com medo. "As pessoas estão assustadas, sentem-se ameaçadas. E quando viram a chegada das Forças de Defesa Ugandesas, muitas tiveram de fugir", conta um cidadão que preferiu não ser identificado.
Líderes da oposição acreditam que esse pode ser o motivo para o Governo ugandês recorrer à força na região de Rwenzururu, no oeste do Uganda.
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