Reverendíssimo Amado Apóstolo;
Senhores Superintendentes;
Senhores Anciãos;
Senhores Sacerdotes
Senhores Subdiáconos
Irmãs e Irmãos
Senhores Superintendentes;
Senhores Anciãos;
Senhores Sacerdotes
Senhores Subdiáconos
Irmãs e Irmãos
Minhas Senhoras e Meus Senhores.
O convite que recebemos para nos juntarmos a esta congregação encheu-nos de satisfação mas, mais do que alegria, despertou em nós um sentimento de muita humildade. A sensação de modéstia que se suscitou em nós resulta da percepção que temos do papel que esta igreja vem desempenhando como uma forja de cidadania, como um centro de moralização individual e colectiva, que faz dos seus membros, moçambicanos muito preocupados com o devir do seu país e das suas comunidades. Temos, ainda, a profunda convicção de que a cidadania e a moçambicanidade que se moldam nesta igreja não são abstractos. Elas tomam forma no desvelo, na preocupação e na atenção com que o percurso e o sucesso de cada individuo, do próximo, se encontram tao difundidos entre os crentes desta congregação.
Assim, quando esta igreja decide homenagear um moçambicano como eu, ela, na verdade, está a celebrar a sua própria contribuição na moralização de toda uma sociedade. Para além do papel da familia, aquilo que nós logramos ser, no relacionamento com os vizinhos, no seio das comunidades em que nos inserimos, ou no contexto mais amplo de uma nação, resulta também do contributo de toda a sociedade, na qual, naturalmente, se inserem as diferentes confissões religiosas.
Minhas Senhoras e meus senhores
Congregação religiosa presente em Moçambique há mais de 50 anos, a Igreja Velha Apostólica vem apresentando uma obra assinalável, não somente na pregação do evangelho, sua vocação primária. A Igreja Velha Apostólica tem estado presente:
• na construção de uma sociedade com elevados padrões morais e na edificação de moçambicanos responsáveis e comprometidos com a paz e com o desenvolvimento;
• no ensino aos seus membros a darem valor ao amor ao próximo e ao trabalho que, como se sabe, dignifica o homem;
• No ensino aos crentes a superarem a pobreza através do trabalho árduo e na base da solidariedade humana;
• Na difusão dos valores da auto-estima e da convicção de que, com o nosso esforço e, naturalmente, com a graça de Deus, somos capazes de vencer todas as dificuldades. A este respeito, conhecemos o fervor com que esta congregação ensina aos seus membros e a toda a sociedade em geral que a pobreza não é um castigo de Deus, mas uma condição que, com determinação e fé pode ser vencida;
• No crescente esforço de construção de infraestruturas sociais, nas quais avultam os templos e locais de convívio e confraternização entre os membros.
• na construção de uma sociedade com elevados padrões morais e na edificação de moçambicanos responsáveis e comprometidos com a paz e com o desenvolvimento;
• no ensino aos seus membros a darem valor ao amor ao próximo e ao trabalho que, como se sabe, dignifica o homem;
• No ensino aos crentes a superarem a pobreza através do trabalho árduo e na base da solidariedade humana;
• Na difusão dos valores da auto-estima e da convicção de que, com o nosso esforço e, naturalmente, com a graça de Deus, somos capazes de vencer todas as dificuldades. A este respeito, conhecemos o fervor com que esta congregação ensina aos seus membros e a toda a sociedade em geral que a pobreza não é um castigo de Deus, mas uma condição que, com determinação e fé pode ser vencida;
• No crescente esforço de construção de infraestruturas sociais, nas quais avultam os templos e locais de convívio e confraternização entre os membros.
A Igreja Velha Apostólica tem estado comprometida com o desenvolvimento económico e social do país. Esse compromisso tem estado patente na disponibilização às populações de infra-estruturas de saúde. Talvez seja este conjunto de acções que justifica e está na origem do crescimento consequente do número de membros e respectiva implantação em cada vez mais novos espaços geográficos.
Minhas senhoras e meus senhores
É esta congregação, com obra feita e compromisso demonstrado com o nosso país que decidiu convidar-nos e homenagear-nos no dia de hoje. Esta homenagem serve como vibrante lembrança para o facto de que o compromisso com Moçambique é para todos nós. A homenagem é um chamamento para, todos os dias, ontem, hoje e amanhã, renovarmos o compromisso de toda a nossa vida adulta de, modestamente, darmos o nosso contributo ao crescimento, desenvolvimento e engrandecimento desta Pátria que é a herança que recebemos daqueles que aceitaram verter o seu sangue pela sua libertação. Esta cerimónia é uma lição no sentido de que, para fazermos o melhor que pudermos por Moçambique não há crianças, não há mulheres, não há homens, não há reformados. Todos somos poucos para esse desiderato.
Fora já das lides governativas, haverá que alimentar a chama e fazer rebrilhar o farol que nos guiou no modesto esforço que demos para, junto de outros milhões de moçambicanos, procurarmos edificar um país unido, forte, próspero, desenvolvido e imbuído de um forte sentido de auto-estima. Há ainda muito a construir e há ainda muita estrada a palmilhar rumo ao progresso e bem-estar sonhados por várias gerações de moçambicanos. Reiteramos aqui a nossa determinação de continuarmos a ser úteis nessa vontade colectiva de construir um futuro melhor para os nossos filhos e netos.
Caros compatriotas
A construção de um país forte não é um empreendimento fácil. Há obstáculos a vencer. Há desafios a enfrentar. Há opções difíceis e nem sempre concordantes a fazer. O que o nosso povo aprendeu, ao longo de várias gerações de compatriotas que lutaram pela dignidade, libertação e progresso do país foi que com paciência e persistência podemos ultrapassar todos os escolhos. Nós, de nossa parte, seremos tão pacientes e persistentes quanto os desafios a vencer o exijam.
Acompanham-nos, nesta bela e exaltante cerimónia, a minha esposa, companheira de uma longa jornada de lutas, de sucessos, de erros e de acertos, a minha Maria da Luz Dai Guebuza. Acompanham-nos também os nossos filhos, genros, noras, netos e outros parentes. Estão também nesta cerimónia amigos que nos acompanharam e continuam connosco a lutar por um Moçambique sempre melhor.
Gostaríamos de endereçar uma saudação especial a esta vibrante congregação, a Igreja Velha Apostólica em Moçambique, bem como às outras confissões religiosas, pelo seu activo papel na promoção de um espírito e de uma cultura de paz no osso pais. Temos a certeza de que as vossas orações pela paz fortalecem o empenho e a determinação do nosso Presidente, Filipe Jacinto Nyusi, pela conquista, fortalecimento e preservação de uma paz duradoira. Saudamos, assim, Sua Excelência o Presidente Nyusi e o seu governo por terem inscrito na sua agenda do dia-a-dia a luta por um Moçambique sempre unido, em paz e em progresso. O nosso reconhecimento e saudação são extensivos à Excelentíssima Primeira Dama, a senhora Isaura Nyusi, pelo seu meritório trabalho em prol de Moçambique.
Eu e minha esposa agradecemos aos membros, aos Subdiáconos, aos Sacerdotes, aos Anciãos, aos Superintendentes, a Sua Reverendíssima o Amado Apostolo e à direcção da Igreja Velha Apostólica pelo apoio generoso que nos deram durante os 10 anos em que exercemos elevadas funções no nosso país. Beneficiamo-nos de um apoio maduro, de parte de uma liderança adulta, que não se comprazia apenas em inventariar erros, falhas e desacertos para, ruidosamente, se nos apresentarem em praça pública. Os membros e líderes desta igreja tiveram sempre consciência plena de que não havia soluções fáceis e nem estas eram de simples implementação. Tivemos sempre a presença ponderada desta congregação, sobretudo nos momentos mais conturbados. As orações, as conversas que partilhamos, a identificação comum dos caminhos mais adequados, a serena vontade de entender os mais difíceis desafios, estas foram as mais importantes características do apoio que recebemos. A perspicácia com que esta Igreja procurava interagir connosco lograva, em não poucos casos, que entendêssemos e identificássemos melhor o curso de acção que levaria a melhores resultados para o país. Muito obrigado por terem estado tão presentes.
Agradeço a todos pela atenção dispensada.
AEG, 25.09.2016
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