Os moradores da zona dizem que a calada da noite escutam sons de armas de fogo
Nos últimos tempos, moradores da zona de Mucelo, distrito de Nicoadala na Zambézia dizem estar com medo devido a onda de assassinatos cujas vítimas são lançadas na ponte. Na semana passada, um corpo sem vida com marcas de balas foi encontrado a flutuar naquele rio. Os moradores dizem o finado não é conhecido na zona, só encontraram o corpo flutuando. Esta quinta-feira, portanto, ontem mais um corpo sem vida foi encontrado a flutuar no mesmo rio com mesmos sinais, portanto, marcas de bala.
No local, o Diário da Zambézia soube dos populares que nas noites tem escutado sons de armas de fogo, para no dia seguinte, encontrarem corpo a flutuar. Adérito Joaquim, que diz ser morador daquela zona, explicou que com este corpo de ontem, contabilizam-se 6 a serem deitados no mesmo rio.
E isso, segundo Joaquim traz um clima de medo e insegurança. E não só, a fonte questiona o porquê de matarem pessoas e depois virem deixar numa zona alheia. Aliás, a nossa fonte foi mais longe ao acrescentar que mesmo com estes casos todos, a polícia nem sequer fala alguma coisa, o que cria uma grande preocupação.
Flora Almeida, moradora que encontramos no local de venda de produtos, portanto, próximo a ponte sobre o rio Mucelo, lamentou a situação e explicou que a população está cansada de ver quase sempre pessoas mortas no rio.
De acordo com a nossa entrevistada, os malfeitores que cometem estes crimes deveriam saber que Mucelo não é local para deixar pessoas mortas e mais ainda, sabendo que as pessoas pescam naquele rio e vendem o pescado. Por outro lado, Flora também sublinhou que sempre há pessoas mortas no rio e questiona quantas outras são deitadas na mata sem que tenham sido vistas.
PRM não tem conhecimento
Entretanto, contactado telefonicamente o Comando da Polícia da República de Moçambique na Zambézia através do seu porta-voz, Jacinto Félix, este disse não ter conhecimento, porque nas ocorrências das últimas 24 horas em sua posse, este caso não consta(va).
Mas mesmo assim, Jacinto disse que iria fazer contactos com o Comando de Nicoadala, por sinal área de jurisdição onde o caso aconteceu, mas até ao fecho desta edição não tivemos a resposta.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 12.08.2016
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