quarta-feira, 1 de junho de 2016

Economista moçambicano defende actuação do FMI e do Banco Mundial


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Equipa do FMI é esperada em Junho em Maputo.
Algumas correntes de opinião dizem que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o BAnco Mundial (BM) impõem aos diversos países governantes que aceitem implementar os seus modelos de governação, para perpetuar a dependência desses países em relação àquelas instituições.
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O economista João Mosca, no entanto, considera que os empréstimos do FMI e do BM visam evitar o colapso das suas economias e nega que, no caso de Moçambique, estas instituições tentem impor os seus regimes de governação.
Mosca entende que o FMI tem responsabilidades acima daquilo que é uma instituição financeira normal, como asegurar a transparência, a boa governação, a integridade e a estabilidade financeira internacional.
Isso significa, para o especialista, a estabilidade dos países membros e a garantia que os Estados têm de cumprir os seus compromissos financeiros internacionais, e para isso acontecer, é preciso haver uma certa estabilidade macroeconómica "para que os países não introduzam elementos negativos no sistema financeiro internacional".
Aquele economista refere que esta é a primeira grande função do FMI, "e nessa perspectiva, com todas as críticas que são possíveis de fazer, esta instituição tem feito o seu papel em relação a Moçambique, através de financiamentos que tem dado ao país para cobrir os défices da Balança de Pagamentos e as dificuldades que teria sem esses financiamentos".
João Mosca, reagindo a críticas de que as chamadas instituições de Bretton Woods têm assumido uma hegemonia política, afirmou ser no sentido de garantir que as economias dos diferentes países cresçam que surgiu o BM como instituição bancária propriamente dita, para financiar projectos de reestruturação e de crescimento económico.
Por outro lado, o FMI também tem uma certa influência sobre outros bancos regionais, nomeadamente, o Banco Africano de Desenvolvimento e o Banco Islâmico, bem como as agências de rating internacional, que seguem muito aquilo que o FMI pensa, relativamente à situação financeira dos países.
Nisto, há países que têm situações mais positivas e outros negativas, e o sector financeiro do FMI actua conforme esses casos.
Mosca diz que os ganhos do BM e do FMI não têm apenas a ver com a democracia e boa governação, mas também com lucros.
Refira-se que uma missão do FMI é esperada no próximo mês em Moçambique, aparentemente, num esforço tendente ao levantamento da suspensão do apoio financeiro ao país, devido a dívidas ocultas nas contas públicas.
VOA – 31.05.2016

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