Alvaro Simao Cossa
A natureza do homem, é de ter vantagem em tudo que faz.
Não sei o que nossos historiadores afirmam acerca da origem histórica da corrupção em Moçambique, mas eu acho que ela assenta mais além da época da colonização portuguesa. Como todos sabemos os colonizadores vieram para Moçambique explorar as riquezas naturais, sem se preocuparem com a melhoria da vida dos nativos. Aliás, é provado que os primeiros a serem corrompidos nesse país foram exactamente os chefes tribais, pois os portugueses os subornavam para conseguir tesouros e depois os escravizavam e os roubavam tudo que tinham. Mas muito antes disso, dentro das tribos existiam indícios de corrupção, os subordinados bajulavam a seus chefes para terem melhor posição social, corrompendo-os. Em Moçambique temos uma dança que se chama XINGHOMBHELA. O princípio desta dança é de incitar a sucessão dos dançarinos fazer-se entre os familiares, compadres e padrinhos. Isto é, dando entender que o poder é hereditário, ou a bondade circula somente entre os membros da mesma família. Nesta dança vimos pequenas trilhas de como os clãs defendiam a transmissão das vantagens do poder pelos seus membros, não permitindo assim, que um "forasteiro" se intrometesse na dança.
Xinghombhela é uma dança que socializa o poder do clã, e a usufruição de seus ganhos exclusivamente pelos seus membros.
É certo que a realidade da corrupção moçambicana torna alguns cidadãos indignados, e a outros inspira-os, e serve-lhes de exemplo, ou seja, uma pessoa pensa: “Tentarei levar vantagem onde trabalho, assim como os políticos fazem”. Daqui sai a expressão: O cabrito come onde está amarrado!.e por conseguinte a grande corrida dos juvens em querer ser chefes, para terem proveitos individuais dessa chefia.
Interessante notar que, ao se nomear um novo líder, muitas vezes, nossas escolhas são baseadas em fatores que são projetados na forma de características ideais que esses indivíduos deveriam possuir, como honestidade, integridade e lealdade, por exemplo. No entanto, a dúvida é: Uma vez que os dirigentes chegam ao poder, seriam eles capazes de se manterem leais aos princípios pelos quais foram escolhidos? O Presidente Nyusi é leal a esses principios? Recordem-se do meu texto de apoio a eleição do Nyusi como presidente do nosso país, aqueles elogíos que dei-lhe pela sinceridade de seu discurso inaugural, que foi uma expressão que saía da alma e portava transparência e sinceridade sem malabarismos de linguagem.
O poder pode afetar o comportamento de um líder e faze-lo, progressivamente, agir de maneira cada vez mais antissocial?
A questão é averiguar se o poder pode, de fato, corromper alguém ou, ao contrário, se os corruptos seriam aqueles mais atraídos pela liderança.
Nos anos apos a independencia até os inícios da decada 90, o poder da Frelimo era controlado intrinsecamente pelo povo, as decisões eram tomadas na base, nos colectivos laborais, nas células do partido, nos comícios populares e depois subiam ao poder executivo. Numa direcção assim, é muito dificil o desenvolvimento da corrupção, porque o poder ponocrata não permite a degradação dos direitos dos trabalhadores, e por conseguinte a degradação da vida do povo. Permitam-me dizer que esta foi a maior democracia que Moçambique já teve. Portanto, quanto maiores forem as possibilidades de uma organização controlar os actos de seus dirigentes, menores serão as possibilidades de ocorrerem os excessos na governação e a propagação da corrupção. Obviamente que tal controlo pode diminuir a agilidade das decisões e aumentar os seus custos, entretanto, esses custos seriam inexpressivos, se comparados aos comandos inadvertidos dos líderes corruptos e suas consequências.
Em Moçambique a corrupção se tornou mais intensa com o capitalismo selvático, e com a intromissão dos esquemas das multinacionais e as recomendações do FMI e dos doadores, que excluem o control de base, hoje o enriquecimento ilícito de autoridades é uma das principais causas dos problemas sociais que enfrentamos.
Será possível considerar que nosso passado histórico de assumir o comando nos tenha predisposto a uma inclinação natural para ganhar a qualquer preço?
Creio que não!. O nosso presidente Filipe Jacinto Nyusi tem tempo de demostrar-nos que é um presidente muito distanciado da corrupção, e deve limpar-se de embondeiros e ou das ervas daninhas que comprometem a sua liderança, porque pelo contrário vai a tempo de ser o pior presidente que já tivemos.
NYUSI EU CONFIO EM TI!
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A natureza do homem, é de ter vantagem em tudo que faz.
Não sei o que nossos historiadores afirmam acerca da origem histórica da corrupção em Moçambique, mas eu acho que ela assenta mais além da época da colonização portuguesa. Como todos sabemos os colonizadores vieram para Moçambique explorar as riquezas naturais, sem se preocuparem com a melhoria da vida dos nativos. Aliás, é provado que os primeiros a serem corrompidos nesse país foram exactamente os chefes tribais, pois os portugueses os subornavam para conseguir tesouros e depois os escravizavam e os roubavam tudo que tinham. Mas muito antes disso, dentro das tribos existiam indícios de corrupção, os subordinados bajulavam a seus chefes para terem melhor posição social, corrompendo-os. Em Moçambique temos uma dança que se chama XINGHOMBHELA. O princípio desta dança é de incitar a sucessão dos dançarinos fazer-se entre os familiares, compadres e padrinhos. Isto é, dando entender que o poder é hereditário, ou a bondade circula somente entre os membros da mesma família. Nesta dança vimos pequenas trilhas de como os clãs defendiam a transmissão das vantagens do poder pelos seus membros, não permitindo assim, que um "forasteiro" se intrometesse na dança.
Xinghombhela é uma dança que socializa o poder do clã, e a usufruição de seus ganhos exclusivamente pelos seus membros.
É certo que a realidade da corrupção moçambicana torna alguns cidadãos indignados, e a outros inspira-os, e serve-lhes de exemplo, ou seja, uma pessoa pensa: “Tentarei levar vantagem onde trabalho, assim como os políticos fazem”. Daqui sai a expressão: O cabrito come onde está amarrado!.e por conseguinte a grande corrida dos juvens em querer ser chefes, para terem proveitos individuais dessa chefia.
Interessante notar que, ao se nomear um novo líder, muitas vezes, nossas escolhas são baseadas em fatores que são projetados na forma de características ideais que esses indivíduos deveriam possuir, como honestidade, integridade e lealdade, por exemplo. No entanto, a dúvida é: Uma vez que os dirigentes chegam ao poder, seriam eles capazes de se manterem leais aos princípios pelos quais foram escolhidos? O Presidente Nyusi é leal a esses principios? Recordem-se do meu texto de apoio a eleição do Nyusi como presidente do nosso país, aqueles elogíos que dei-lhe pela sinceridade de seu discurso inaugural, que foi uma expressão que saía da alma e portava transparência e sinceridade sem malabarismos de linguagem.
O poder pode afetar o comportamento de um líder e faze-lo, progressivamente, agir de maneira cada vez mais antissocial?
A questão é averiguar se o poder pode, de fato, corromper alguém ou, ao contrário, se os corruptos seriam aqueles mais atraídos pela liderança.
Nos anos apos a independencia até os inícios da decada 90, o poder da Frelimo era controlado intrinsecamente pelo povo, as decisões eram tomadas na base, nos colectivos laborais, nas células do partido, nos comícios populares e depois subiam ao poder executivo. Numa direcção assim, é muito dificil o desenvolvimento da corrupção, porque o poder ponocrata não permite a degradação dos direitos dos trabalhadores, e por conseguinte a degradação da vida do povo. Permitam-me dizer que esta foi a maior democracia que Moçambique já teve. Portanto, quanto maiores forem as possibilidades de uma organização controlar os actos de seus dirigentes, menores serão as possibilidades de ocorrerem os excessos na governação e a propagação da corrupção. Obviamente que tal controlo pode diminuir a agilidade das decisões e aumentar os seus custos, entretanto, esses custos seriam inexpressivos, se comparados aos comandos inadvertidos dos líderes corruptos e suas consequências.
Em Moçambique a corrupção se tornou mais intensa com o capitalismo selvático, e com a intromissão dos esquemas das multinacionais e as recomendações do FMI e dos doadores, que excluem o control de base, hoje o enriquecimento ilícito de autoridades é uma das principais causas dos problemas sociais que enfrentamos.
Será possível considerar que nosso passado histórico de assumir o comando nos tenha predisposto a uma inclinação natural para ganhar a qualquer preço?
Creio que não!. O nosso presidente Filipe Jacinto Nyusi tem tempo de demostrar-nos que é um presidente muito distanciado da corrupção, e deve limpar-se de embondeiros e ou das ervas daninhas que comprometem a sua liderança, porque pelo contrário vai a tempo de ser o pior presidente que já tivemos.
NYUSI EU CONFIO EM TI!
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