De acordo com entidade, país tem instituições fortes de estado e é democrático.
Nesta segunda-feira, 18, um dia depois da histórica votação que ocorreu na Câmara dos deputados, decidindo por 367 votos a favor que o impeachment da presidente Dilma Rousseff deveria seguir para o Senado, a Organização das Nações Unidas, a ONU, decidiu fazer um posicionamento sobre a atual situação política do país. Stéphane Dujarric é a porta-voz do secretário-geral da instituição Ban Ki-moon. Ela falou por ele sobre o que aconteceu no Brasil, celebrando a tradição democrática de nosso país. A porta-voz também fez questão de ressaltar que o Brasil tem instituições de Estado muito fortes.
Stéphane disse ainda que Ban Ki-moon estaria acompanhando atentamente a tudo o que acontece no país, principalmente a atual situação política. A derrota de Dilma na Câmara foi assunto em todo o mundo. O Brasil, mesmo em crise, é uma das maiores potências do planeta. Por isso, tudo o que acontece por aqui de relevante passa também a ser importante para diversos países. A opinião da Organização das Nações Unidas foi manifestada em uma reunião com jornalistas no estado de Nova York, nos Estados Unidos.
Também segundo a representante da ONU, Ban Ki-moon está muito confiante do que acontecerá no futuro do Brasil e teria disso que os atuais desafios de um país continental como o nosso seriam revolvidos pela instituições fortes que aqui existem. Ban Ki-moon afirmou ainda que tudo isso aconteceria de acordo com a constituição brasileira e que o quadro legal seria seguido nessa fase. Apesar de não citar diretamente o impeachment da Dilma, a organização deu indiretas sobre o assunto, especialmente quando fez questão de ressaltar que a lei será seguida no país.
A afirmação acaba contrariando o principal argumento do governo brasileiro, que em entrevistas aos jornalistas internacionais disse diversas vezes que o que acontece no país é um "golpe de estado". Para que esse aconteça, no entanto, seria necessário desobedecer leis ou pelo menos exagerar nas "canetadas". Não é a primeira vez nos últimos tempos que a ONU se pronuncia sobre a crise do Brasil. A manifestação agora se torna curiosa, pois acontece pouquíssimo tempo depois de um episódio histórico.
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