Organização Mundial de Saúde decide segunda-feira se a crise deve receber o nível de alerta internacional que mereceu o surto de ébola na África Ocidental em 2014.
A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, apelou a uma mobilização geral na luta contra o Aedes aegypti, o mosquito transmissor do vírus Zika, responsável pelo surto que está a preocupar a Organização Mundial de Saúde. Dilma Rousseff disse que se o Brasil não se mobilizar “vai perder a guerra”. “Nós estamos a perder essa luita contra o mosquito. Enquanto o mosquito se reproduzir, estamos perdendo a luta. […]Dizer que nós estamos perdendo é porque nós queremos ganhar", afirmou a Presidente.
Numa altura em que a opinião publica geral está concentrada no impacto deste surto, a Presidente do Brasil recusa-se a admitir que o Governo que lidera tenha demorado a tomar medidas contra o problema, e recorda que se trata de uma "situação internacional que ameaça a saúde pública" e não de um problema brasileiro.
Na próxima segunda-feira, reune-se uma comissão de emergência daOrganização Mundial de Saúde para decidir se o surto do vírus deve ser declarado uma emergência de saúde internacional. A última emergência deste tipo foi anunciada no contexto da epidemia do ébola na África Ocidental, em 2014.
“Para proteger as nossas crianças e as nossas grávidas, temos de impedir que o Aedes aegypti nasça. Não vamos ganhar essa luta enquanto ficarmos de braços cruzados", incentivou a Presidente. Não bastam os 300 militares que colocou no terreno, nem a autorização especial para entrar em edifícios públicos fechados e tentar erradicar os pontos de água parada e potenciais focos de reprodução do mosquito, ou distribuir gratuitamente repelentes. "É preciso que “todo o mundo” actue, apelou.
Ontem mesmo , a presidência brasileira deu conta de contactos com o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e de um acordo para a criação de um Grupo de Alto Nível para desenvolver uma “parceria na produção de vacinas e produtos terapêuticos" contra a infecção causada pelo vírus Zika.
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