Por não se saber dos critérios que nortearam as nomeações
A nomeação dos novos administradores distritais na Zambézia ainda vai dar “baile”, olhando pela forma como este processo começou. É que na semana passada, a ministra da Administração Estatal e Função Pública,Carmelita Namashulua, exarou vários despachos indicando algumas nomeações, exonerações e permanências de alguns destes quadros. Estes despachos todos foram exarados com o conhecimento do Governador da Zambézia, Abdul Razak e que o Diário da Zambézia teve acesso a todos eles. Nestes, podem-se ver nomes que nunca se ouviram falar neste país, mas que a ministra do pelouro anuiu. Uma semana depois, quando tudo indicava que os mesmos seriam empossados para começarem a trabalhar, eis que as cerimónias foram canceladas, aguardando-se ordens superiores.
Todavia, o Diário da Zambézia sabe que tudo isso acontece porque nem a própria ministra Namashulua nem se quer conhece alguns dos que ela própria nomeou, daí que pairam imensas dúvidas. Uma fonte ligada a este processo, afiançou ao nosso jornal que pode haver um recuo, porque primeiro não são conhecidos os critérios que nortearam as nomeações dos actuais fulanos que pelos despachos já são administradores distritais, outros cessaram enquanto que uns foram transferidos, dai que os próximos dias podem ser decisivos.
Exemplo concreto, segundo a nossa fonte viu-se na última quarta-feira, quando tudo estava pronto para que Vicente Cinquenta tomasse posse como administrador de Nicoadala, mas de repente, houve uma informação segundo a qual, a cerimónia deveria ser cancelada, aguardando-se ordens superiores.
As reclamações dos camaradas podem estar na origem
Sabe-se no entanto que, no seio do partido Frelimo na Zambézia, um grupo de membros terá se reunido há semanas reivindicando lugares na máquina administrativa. Estes alegavam que há tantas caras novas e que os “filhos da terra” não são valorizados. Só que nesta reclamação, a ministra do pelouro, nomeou dois antigos deputados para serem administradores, tudo supostamente para calar a boca. Mas mesmo assim, os murmúrios continuam e a suspensão das cerimónias de tomada de posse podem ser um sinal de que as coisas não vão bem.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 02.11.2015
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