No uso do direito a resposta
previsto na CRM e na lei da imprensa
em vigor no país venho através desta
responder ao Matias Guente.
O Jornal “Canal de Moçambique”
publicou na sua edição do dia 14 de
Outubro, uma reportagem com o
título “Dormir na Beira e acordar em
Beirute”. A mesma é assinada pelo
jornalista Matias Guente. A dado
momento da reportagem o jornalista
escreve que a logística da RENAMO
encaminhou os jornalistas para uma
pensão que ele chama de “pensão
de quinta”. Segundo o articulista o
local “faz parte de um ecossistema de
agendas extraconjugais”.
Bom isso não sei.
Sustenta a sua afirmação com o
facto de o local estar entre uma “praça
de prostitutas e um bar barrulhento.”
Receio que um dia esse jornalista
nos venha dizer que todos os que
vivem perto de um cemitério são
mortos!
O que sei e posso dizer é que o local
que Matias Guente Chama de “pensão
de quinta”, acolhe e já acolheu muita
gente respeitada neste país. Estou
a falar, por exemplo, dos vogais
da Comissão Nacional de Eleições,
nomeadamente Fernando Mazanga
e Salomão Moyana. Eu próprio tenho
me hospedado no local que o Guente
chama “pensão quinta”. Já estiveram
naquele local jornalistas como Ângela
Chin da RTP, Alexandre Rosa Director
Geral da TIM, Naita Ussene da Média
Coop, Emanuel Langa e Juca Vicente
da TVM, entre outros. Recebemos
também em tempos duas equipas da
RTP que estiveram hospedadas no
mesmo local.
O articulista avança referindo que
o local escolhido mexeu com a sua
“auto-estima” e dos outros quatro
jornalistas que rejeitaram o local. Não
sei se para Matias Guente as pessoas
a que me referi e que já estiveram
hospedadas naquele local não têm
auto-estima. Diz também que houve o
que chama de “desagrado colectivo”
porque cada jornalista devia partilhar
o quarto com o outro colega. Só
quero esclarecer que não estávamos
a fazer turismo, mas sim a trabalhar.
E as condições que tínhamos eram
aquelas.
Falando ainda em “auto-estima”,
será Matias Guente um cidadão
com legitimidade para falar de autoestima?
É que um indivíduo com autoestima,
não faz o que Matias Guente
faz. Ele é igual a si mesmo, sonega
a informação ao jornal em troca
de “auto-estima” para o seu bolso,
onde quem fica a ganhar é o próprio
Guente e não o jornal. O truque
daquele jovem é simples: quando
recebe informação (denúncia) vai ter
com o visado e cobra-lhe dinheiro em
troca do silêncio, ou seja garante ao
visado que o texto não será publicado,
e manda passear o denunciante. A
“auto-estima” de Guente manifestase
também através da publicação de
textos encomendados quer seja para
prejudicar alguém em troca de valores
monetários, quer para promover a
imagem das pessoas. É destas e de
outras formas que se manifesta a
“auto-estima” deste jovem.
Tudo o que Matias Guente escreve
sobre a logística é a mais alta e pura
demonstração da vigarice, estupidez,
cinismo, hipocrisia e falta de carácter.
Não há nada de auto-estima ali. Se
Matias Guente tem auto-estima deve
explicar a fortuna que exibe desde
que Fernando Veloso, o Director do
“Canal de Moçambique”, está doente!
Quem tem “auto-estima” não espera
o dono da empresa ficar doente para
mostrar isso. Eu desafio o Guente a
provar que o que tem conseguiu com
trabalho limpo.
Ah… antes que me esqueça. O que
o bom jovem esqueceu-se de dizer
é que ele e o seu grupo vieram ter
comigo a exigir o valor que era para
pagar a “pensão de quinta” e dei na
noite do 9 de Setembro a cada um
deles.
É preciso recordar que quem
tem a verdadeira auto estima não
se cumprimenta com a família no
aeroporto quando está na cidade
que lhe viu nascer. Guente traz- nos
um novo modo de ser, quer dizer o
Hotel Polana está próximo de uma
discoteca barulhenta que devia ser
abandonado, porque a Juluis Nyerere
é frequentada por prostitutas a
presidência da república e outras
instituições relevantes que lá se
situam deviam sair.
São novos conceitos do jovem de
auto estima.
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