OS 41 ANOS NO EXÍLIO
ZECA MPAREA CALIATE MAGUAIA, GENERAL CHINGÒNDO UM DOS SOBREVIVENTES DA TEIA FRELIMISTA
Foi no dia 14 de Setembro de 2015 que completei 41 anos no exílio, ao qual me impus, obrigado por circunstâncias adversas, que punham em perigo a minha vida. Foi muito triste, depois de tanto e dedicadamente combater por uma causa e chegar à conclusão que os meus sucessos de guerrilheiro e comandante, eram observados não com gratidão, mas sim com despeito pelos meus feitos e por isso tornava-me um empecilho. Uma outra causa, a causa do poder absoluto de meia dúzia que se intitulavam líderes do partido Frelimo... uma teia gananciosa dentro do partido... Essa TEIA FRELIMISTA, concluí então, queria deitar-me a mão para me fuzilar como fizeram aos outros compatriotas da causa pela Independência Nacional. Não sou o único Moçambicano que foi forçado ao exílio, muitos compatriotas como eu refugiaram-se no Malawi, Quénia, Uganda até na Etiópia, Países Africanos. Na Europa estamos dispersos bem como na América do sul e do Norte também, nem sei ao certo quantos Moçambicanos, se refugiaram nestes continentes e tão pouco sei prever o dia ou ano de regresso à nossa Pátria mãe, Pátria essa que nos viu nascer e nos tornarmos homens. Para que o nosso regresso seja possível éImperativo e Indispensável que haja um Golpe-Militar, ou, que através da Renamo, sejam alcançados meios Democráticos que nos assegurem um regresso à PAZ.
Essa Paz, pela unidade e reconciliação de todos os Moçambicanos do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Oceano Índico, é imperativa e passa por mudar o sistema político-militar vigente no nosso País. Aconteceu então em Portugal com o golpe militar de 25 de Abril de 1974, que o povo Português tanto aplaudiu carenciado que estava de mudança. O nosso caso em Moçambique, não basta só a Frelimo decidir, são necessárias negociações e fazer acordos convenientes com a Renamo, esquecer Roma e tudo o que foi aí acertado, as negociações no Centro de Congressos Joaquim Chissano, e nunca cumpridas por Maputo. Falta ainda uma longa caminhada a trilhar para se alcançar a verdadeira Paz entre todos os Moçambicanos. O que a Frelimo pretende neste momento ao insistir na presença à mesa das negociações da Renamo, são ciladas contra o seu dirigente máximo para o ASSASSINAR. A Frelimo quer continuar com a sua política retrograda contra o povo. Nós não sabemos o que esta organização, Frelimo, pretende... matar toda gente ??? O que mais impressão nos causa é a FRELIMO querer obrigar a RENAMO a aceitar as suas condições que são negativas á partida e procurar ao mesmo tempo desarmar esse Partido que muito lutou e continua pelaDEMOCRATIZAÇÃO DO PAÍS. Promessas de quadros políticos em alguns postos públicos e integração de um número trinta e cinco no máximo para as F.D.M. além de algumas dezenas de elementos para a Polícia Pública!!?? Isso, são brincadeiras que o Presidente da RENAMO Afonso Dhlakama chama ``sabujices``. Uma aceitação desse género, seria uma traição aos seus homens que durante tantos anos lutaram para ver surgir um País onde a palavra Democracia se torne uma realidade.
É preciso que em Moçambique, doa a quem doer, haja uma mudança significativa, não leve, favorável só àqueles que pensam que nasceram para fazer dos outros seus escravos ou pelas cambalhotas que fizeram de regozijo ao assassinar muitos companheiros da mesma causa pela Independência. São eles os mesmos que hoje procuram estrangular a oposição o que não é aceitável. Recentemente, quando o País foi às eleições gerais, a oposição liderada pela RENAMO e seu Presidente ganhou-as sem margem de dúvida!!!, mas a FRELIMO roubou os votos nas urnas aos olhos de todo o mundo... porquê??? Porque são habilidosos, viciados em roubar e querem perpetuar-se no Poder. Não se pode negociar uma Paz com indivíduos dessa natureza, todos sabemos que isso não vai ser possível, portanto não tenhamos medo de dizer BASTA!!...
Não somos o único povo no mundo a sofrer com Ditaduras, como as protagonizadas pelos Castros em Cuba, José Eduardo dos Santos em Angola ou Roberto Mugabe no Zimbabwe, que transformaram os seus Países num feudo próprio de propriedades privadas, fazendo e desfazendo o que lhes apeteceu da forma mais desumana!!! É preciso acabar com tais atitudes, pois esse sistema de governação não serve os Povos.
No caso de Moçambique, a CÚPULA DA TEIA FRELIMO instrumentalizou as F.D.M. a POLÍCIA DE INTERVENÇÃO RÁPIDA, para defesa de uso de seus interesses privados e não num exército empenhado em servir o País e proteger o povo. Na URSS, o País que desenvolveu o comunismo durante várias décadas, desde os tempos de Joseph Stalin, Nikita Kruchev ou Leonid Brezhnev, o povo soviético estava a ver que nunca mais se libertava do comunismo. Foi preciso surgir um homem como Mikhail Gorbachev e mais tarde Boris Yeltsin que concluíram a missão de desmantelar o sistema comunista e os seus Líderes teimosos, metê-los no calabouço para melhor poderem transformar a vida dos Soviéticos.
Seguindo-lhes o exemplo, se queremos manter a tal unidade nacional de todos os Moçambicanos, dentro das F.D.M, bem como na própria Policia, há que fazer uma limpeza nesta TEIA FRELIMISTA que têm vindo ao longo dos tempos a conduzir uma política suja e renegada contra o nosso País e o nosso Povo. É chegada a hora de se desencadear um GOLPE MILITAR, CONTRA A CÚPULA DO MAL, que ao longo de cinquenta anos aproximadamente, chacinaram sem piedade os nossos irmãos, violaram deliberadamente as nossas crianças e continuam a corromper os nossos jovens através de promessas assassinas. Por isso, há que pôr mãos a obra e dizer a essa Teia que chega. Basta surgir uma força de revoltosos no seio das Forças Armadas, liderados por um grupo de militares de coragem e prender os superiores corruptos e metê-los nas cadeias de alta segurança.
Aos LAMBEBOTAS não será preciso metê-los também no calabouço, basta dar-lhes umas tareias e mandá-los para as suas terras, que o Povo inevitavelmente se encarregará do resto. Outro passo em seguida, será convidar os líderes da Oposição e com eles formar um Governo de transição que irá durar entre um a dois anos para se preparar eleições verdadeiras para que livremente o povo escolha os dirigentes dos Partidos que possam governar Moçambique conforme a vontade Popular. Também durante o período de transição, vai ser necessário a ratificação da actual CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA DE MOÇAMBIQUE, que ao que parece, em alguns pontos encontra-se ultrapassada. Tem alguns artigos que não só defendem os criminosos como também lhes dá guarida.
Com esse Governo de transição, sim, pode-se negociar muita coisa que há para negociar, não como aCÚPULA MAFIOSA FRELIMISTA que não conhece outra linguagem senão a mesma e corrupta de beligerantes. Vejam como exemplo gritante o recente nomeado pela Frelimo para Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, quem o elegeu!!!??? O povo Moçambicano, NÃO!!! foi a Teia da Frelimo que o pôs lá sem partilhar da vontade Popular. Essa vontade tinha um nome, AFONSO DHLAKAMA, indiscutivelmente o grande vencedor...O ELEITO por sufrágio.
MOÇAMBICANOS, volto a repetir, lembrem-se que os políticos da Frelimo não estão em negociações com a Renamo para alcançar um acordo de Paz, estão sim a entreter Dhlakama e o seu partido, com manobras e promessas, enquanto se enchem de riquezas do País.
Zeca Caliate, General Chingòndo um dos sobreviventes da teia do mal Frelimo!
Europa, 20 de Setembro de 2015
(Recebido por email)
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