domingo, 20 de setembro de 2015

Sondagem. PS está à frente em votos, mas com menos deputados. E agora?

De acordo com a sondagem SIC/Expresso, os socialistas conseguem 35,5% e a coligação 34%. O problema é que PSD/CDS elegem mais deputados. Então, quem é que vence? Como decide Cavaco?
Era um dos cenários mais improváveis, mas, de acordo com o estudo da Eurosondagem divulgado esta sexta-feira pelo Expresso/SIC, os socialistas conseguem 35,5% das intenções de votos, conseguindo eleger 95 a 101 deputados. O problema vem a seguir: com menos votos, 34%, a coligação teria mais lugares na Assembleia da República, 99 a 102. Com estes resultados todos os cenários ficam em aberto: os dois podem reclamar vitória? Quem formará governo? Qual o papel do Presidente?
Um cenário “louco” que já antes tinha sido equacionado por Marcelo Rebelo de Sousa em conversa com o Observador. Na altura, o comentador lembrava que PSD e CDS podiam conseguir mais mandatos mas não ter a maioria de votos. Nessa situação, António Costa, sendo o PS o partido mais votado, pode conseguir mostrar uma alternativa mais estável: juntando-se à esquerda (nomeadamente ao PCP) ou até ao CDS no limite, e aí conseguir mais deputados do que sozinho.
E aí, tudo depende do Presidente da República, porque a Constituição é vaga nesse ponto. No artigo 187 está escrito que o “Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”. Cavaco tem de ouvir os partidos por ordem crescente de resultados e só depois empossar governo. Mas que resultados? Com base em mandatos ou votos? Tendo em conta os sucessivos apelos de Cavaco por uma maioria estável, apelará aos partidos mais votados que se entendam e pedir-lhes-á soluções estáveis. Cabe aos dois líderes procurar os necessários acordos.
Também Marques Mendes lembrava na altura ao Observador que esse é um cenário que “acontece de vez em quando na Europa, mas uma situação que nunca tivemos”, com exceção do governo de iniciativa presidencial de Nobre da Costa (sendo que os tempos eram outros e a Constituição também).
Se esta situação se verificar, será necessário esperar algum tempo pelos resultados finais da eleição de 4 de outubro, de forma a contabilizar os resultados da emigração, que podem ser muitos importantes neste contexto. Esses resultados costumam ser somados apenas dois ou três dias depois do dia eleitoral em Portugal.
Historicamente, e olhando para as últimas sete eleições, o PSD tem conseguindo sempre melhores resultados do que o PS, com um score de 3-1. Na prática, se no círculo da Europa, PSD e PS costumam eleger um deputado cada um, no círculo Fora da Europa, o PSD faz (por norma) o pleno com dois deputados eleitos contra zero do PS. Os socialistas só conseguiram equilibrar a contagem nas eleições de 1999, quando José Lello era secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Nesse ano, o PS conseguiu eleger um deputado, tal como o PSD.
Nestas eleições, há, no entanto, um partido que pode baralhar as contas: o Nós Cidadãos pode vir a roubar pelo menos um deputado ao PSD no círculo Fora da Europa. A isto, junta-se um outro dado importante: o aumento do número de recenseados, sobretudo em Macau (quase 40.000 a mais). Ora, muitos desses novos eleitores são apoiantes do Nós Cidadãos – José Maria Pereira Coutinho é um candidato influente em Macau.
Outra incógnita, lembra Marcelo, serão as ilhas: como será a maioria de votos na Madeira para o lado do PSD, que viu crescer outros pequenos partidos como o Juntos Pelo Povo; e como será a maioria nos Açores para o lado do PS.
Voltando à sondagem, destaque também para a subida da CDU. A coligação entre PCP e Verdes conseguiria eleger entre 20 a 22 deputados – um resultado histórico, que não se regista há 30 anos. Já o BE poderia eleger entre seis a nove deputados – tem oito atualmente. Teoricamente, são boas notícias para o PS.
Novidades também para o quartel-general de Marinho e Pinto: o PDR pode conseguir eleger os cabeças de lista de Lisboa e Porto; e o Livre de Rui Tavares e Ana Drago apenas um, por Lisboa. E aqui há um cenário curioso: se o PS ganhar as eleições com estes resultados, a maioria absoluta só seria possível com uma coligação com a CDU – sendo que Jerónimo de Sousa já impôs condições muito improváveis de aceitar por António Costa.
De acordo com o Expresso, esta sondagem foi realizada depois do primeiro debate entre Pedro Passos Coelho e António Costa, transmitido pelas três televisões generalistas. Mas o resultado não reflete o (unânime) bom desempenho de Costa porque o PS desceu 0,5% em relação ao último estudo do jornal. Ainda que estejamos a comparar um barómetro com uma sondagem, que tem métodos diferentes.
A coligação, por sua vez, caiu um ponto percentual, de 35% para 34%. Ou seja a diferença entre Passos e Costa está agora em 1,5%. No último barómetro era de 1%.
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97 Comentários

  • Bartolomeu Olazabal18 Set 2015
    1- O Cavaco nunca decidiu nada enquanto PR! No primeiro mandato limitou-se a mandar recados, no segundo limitou-se a ruminar e a abanar a cabeça, como aqueles bonecos com figura de cães que, dantes, os parolos tinham nas traseiras do carro….
    2- Mal de nós se for um tipo com Alzheimer a decidir o que seja….
    3- Estão criadas as condições para haver um acordo PS/PSD para UMA LEGISLATURA INTEIRA (à revelia de metade dos respetivos partidos, claro!)!
    4- Isto partindo do principio que os resultados serão semelhantes a esta sondagem, coisa a que acrescento SÉRIAS reticências!
    • Bartolomeu Olazabal18 Set 2015
      Não sou adivinho caro Tripas, não faço a minima ideia!
      A ver pelo flop que foram as sondagens nas últimas eleições britânicas e no referendo grego, acho que fiarmo-nos em sondagens nesta altura do campeonato é mero wishfull thinking!
      • Tripas Fakas18 Set 2015
        Ok…. pensava que você tinha uma ideia sobre o que se vai passar… de qualquer modo dou-lhe razão nas eleições britânica (na Grécia houve várias sondagens e a maior parte delas dava a vitória ao não).
        Mas tem havido mais sondagens por esse mundo fora, porquê apenas citar dois casos?
        Relativamente à Eurosondagem alguém fez um comentário mais abaixo relativamente às legislativas de 2011.
      • Bartolomeu Olazabal18 Set 2015
        Não faço a MINIMA ideia de quem vai ganhar e por quanto, sinceramente.
        Como não sou alinhado não tenho nenhum wishful thinking – que, acho eu, é a única base para os vossos palpites!
        Não sei, honestamente não sei. NADA me surpreenderá! Nem sequer maiorias absolutas de qualquer dos lados!!!!! Não estou na cabeça das pessoas, nem sequer voto, sei lá eu….
        Eu nem no resultados dos jogos do meu Sporting acerto quanto mais…
        Referi essas sondagenss justamente porque são EUROPEIAS, não são d’”esse mundo fora”. Afinal de contas nós estamos na Europa, não estamos por “esse mundo fora”….
        Acresce que há uma realidade europeia de descrédito dos partidos que é comum a vários países e que é diferente d”esse mundo fora”.
        Imagina que a abstenção sobre substancialmente, ou baixa drasticamente?? Isso pode alterar tudo!
        Vocês, os alinhados, digladiam-se a ver quem ganhou os debates mas esquecem-se que para os não alinhados o mais certo é o DESCRÉDITO ter aumentado…
        Ao contrário de vocês, gente cheia de certezas e que sabe o que pensam os portugueses, eu não dou nada por adquirido nestas matérias!
      • Lucas Palito18 Set 2015
        O Senhor Presidente da Republica acaba o seu mandato com um indice de popularidade nunca visto. Mas há uma coisa que o Sr Olhamal não viu nem consegue justificar. Porque é que os estúpidos dos portugueses lhe deram, em eleições livres, 4 maiorias absolutas?
      • José Marques18 Set 2015
        Por acaso até tomou várias decisões importantes! e na maioria dos casos foi não ceder aos extremismos da esquerda, caso contrário estaríamos num caos.
        Ajudou a empurrar o 44 para a rua, embora tenha demorado demais a fazê-lo. Tentou promover diálogos entre partidos do poder, o que sempre foi recusado pelo PS que até estava em minoria e em oposição.
        Um PR quer-se assim e não um Sóares que fez de oposição enquanto PR, uma espécie de monarca reacionário que passou a vida a combater activamente o Cavaco pensando que estávamos no tempo do PREC.
        E é só para o lembrar que ele continua a alertar para o facto de depois das eleições termos que manter o rumo o que até seria desnecessário porque desta vez os credores estão de olhos abertos.
      • Bartolomeu Olazabal18 Set 2015
        1- 4 maiorias absolutas? Nas presidenciais só há maiorias absolutas quando se cometem entorses à VERDADE!
        2- “Porque é que os estúpidos dos portugueses lhe deram, em eleições livres, DUAS maiorias absolutas” não sei, caro Empalitado, tem que perguntar a quem lhas deu…
        3- O PR, em dois mandatos e no período mais complicado dos últimos 40 anos só se dirigiu FORMALMENTE aos portugueses por DUAS vezes. Tirando os discursos a que é obrigado a propósito de questões institucionais, tirando as conversas de algibeira à saíde de fábricas de presuntos, tirando recados que ocasionalmente manda e que têm que ser interpretados devido às dificuldades patentes em termos de dominio da língua pátria, só por DUAS vezes o PR se sentou e falou aos portugueses olhos nos olhos.
        Uma foi por causa do Estatuto dos Açores e outra foi por causa do casamento gay….
        Foram estas, durantes estes dois mandatos, as duas vezes que Sua Alteza Boçal achou que devia dirigir-se direta e formalmente aos portugueses! Foram estes os temas que o Reformado Mor deste Reino do Absurdo achou que justificavam falar direta e formalmente aos portugueses!!!!!!!!!
        Isto são FACTOS.
      • Bartolomeu Olazabal18 Set 2015
        Oh Marques, qual é a autoridade moral ou politica do PR para “promover diálogos entre partidos do poder”????????
        1- Promoveu esses diálogos entre 2009 e 2011 quando era URGENTE e CRUCIAL que o fizesse?
        2- Promoveu esses diálogos quando governou com maiorias absolutas??
        3- Promoveu esses diálogos enquanto parlamentar?? Ops, apesar de ser, DE LONGE, o politico há mais anos na alta politica em Portugal e na Europa, NUNCA foi deputado – mais uma idiossincrasia da espécie de democracia tuga!!! O gajo que está na mais alta esfera politica há mais tempo na Europa nunca foi deputado…
        4- Por isso REPITO Oh Marques, qual é a autoridade moral ou politica do PR para “promover diálogos entre partidos do poder”????????
        Porque é que alguém no seu perfeito juizo há-de dar ouvidos ou seguir conselhos de semelhante coisa??????????
      • Tripas Fakas18 Set 2015
        Ó Olazabal, você anda um pouco azedo, porque será?
        Precisava de chamar Empalitado ao comentador Palito?
        Porque é que não saíu da frente do espelho antes de escrever?
        Você não gosta do Cavaco, está no seu direito.
        Quem entregou o poder de mão beijada ao Zé das fotocópias não foi o Cavaco… e você sabe quem foi mas deve ter achado muito bem.
      • Bartolomeu Olazabal18 Set 2015
        Senhor das Tripas, é curioso como reparou que eu chamei Empalitado ao Palito mas não reparou que ele me chamou Olhamal a mim…
        Mas enfim, a sua PARCIALIDADE, o seu maniqueísmo, o seu sectarismo, a sua falta de isenção, a sua falta de independência e de coerência está mais do que patente aqui…
        Mas moralidade não lhe falta, pois claro, como é próprio dos moralistas!!!!!
      • Bartolomeu Olazabal18 Set 2015
        Além disso eu não ando azedo, eu sou azedo! Para gentinha doce já cá há muitos!
        Não sei se reparaste mas eu sou o Giordano Bruno que entretanto foi expulso…
        Não é por isso que estou azedo, é só porque, convirás, o Giordano também não era propriamento doce, certo?????
      • Mário Quintas18 Set 2015
        Em 2005 o cavaco foi levado ao colo pela comunicação social e pelo Millenium BCP entre outras grandes empresas que não produzem nada de útil para o país.
        Ele ainda nem tinha afirmado publicamente que era candidato, ainda assim a comunicação social fez o favor de o incluir em todas as sondagens, e sempre como vencedor.
        Cavaco e Mário Soares foram as piores coisas que aconteceram a Portugal imediatamente a seguir ao 25 de ABril. Em relação ao Cavaco, o nível de demência é tão elevado, que achou por bem que Portugal deveria estar no mesmo fuso horário que o resto da Europa, para que o mercado de valores fechasse à mesma hora.
        Também foi devido à demência, que decidiu que Portugal haveria de ser totalmente dependente do exterior, extinguindo a agricultura, pescas e industria. Quem não se recorda dos anos dourados, em que Felgueiras era a capital mundial do Ferrari?
        Mas depois destes 10 anos da sua presidência, qualquer coisa é melhor, até o populista do Marinho Pinto fazia mais que o Cavaco. O tipo que afirmou um dia passar dificuldades financeiras com o seu ordenado anual de 140 mil € por ano(!!!)
      • Tripas Fakas18 Set 2015
        Ó Olazabal, você quer-me convencer que é isento e que não vota?
        Olhe que o Galileu era mais honesto…
        Quer comparar os adjectivos “empalitado” e “olhamal”?
        Por muito ASCO que você tenha ao Aníbal, esse asco nunca conseguirá representar nem sequer a milionésima parte do ASCO que eu tenho ao bochechas, o verdadeiro padrinho.
        Já podia ter dito que era adepto do bruninho de carvalho, ter-me-ia poupado o comentário sobre o seu azedume… teria sido óbvio.
      • Lucas Palito18 Set 2015
        Esta equipa, na véspera das eleições para a a CML, aqui há uns anos, trazia no sábado que antecedeu o dia eleitoral “JOÃO SOARES VENCE A CML COM MAIORIA ABSOLUTA E COM 10% DE VOTOS A MAIS QUE SANTANA LOPES”
        O resultado foi o que se viu. Todo o GRUPO IMPRESA e o socialista dono da EUROSONDAGEM andam sempre com o partido socialista ao colo. É UM NOJO
  • Antonio Alvim18 Set 2015
    Governará quem chegar ao Presidente dizendo que dispõe do apoio da maioria absoluta na AR
    Suponhamos uma resulatdo ainda mais parodoxal
    Deputados na AR : Coligação 40% PS 37% CDU 17% BE 5% Livre 1%
    Quem Governa?
    O que faz António Costa ?
    A- Assume a derrota e encerra vergonhosamente a sua carreira politica indo para o desemprego
    B- Diz que há maioria de esquerda na AR. Faz coligação com o PCP e lidera o Governo
    Desde 2009 que António Costa tem vindo a preparar a Hipotese B reafirmando de forma repetida que o PCP não deve ser excluindo do arco da Governação. Escolheu para a campanha as bandeiras do PCP.E escolheu para PR o candidato ideal de um governo PS/PCP
    Os eleitores precisam de saber que ao votarem no Ps podem estar a votar num Gverno PS PCP
  • José Maria18 Set 2015
    Se a coligação de direita obtiver 34%, isso significaria que, à esquerda haveria a possibilidade teórica de se obter uma coligação de forças de maioria absoluta, eventualmente com uma maioria composta pelo PS, PCP e BE.
    É uma hipótese problemática, mas não certamente impossível.
    Por isso, caso se confirme o cenário de vitória relativa, seja do PS ou do PSD/CDS, dado que Aníbal Silva já disse que preferiria uma maioria estável, se à esquerda fosse possível congregar uma maioria estável, que, à direita nunca seria, é por demais evidente que dificilmente Aníbal Silva conseguiria deixar de honrar a sua palavra e teria que nomear primeiro-ministro António Costa.
    No cenário, que o Observador coloca, teríamos um caso de difícil resolução política, não obstante, em princípio, quem ganha as eleições legislativas é quem consegue maior número de votos.
    • Tripas Fakas18 Set 2015
      Só existe um erro na sua apreciação que é considerar o PS um partido de esquerda…
      (a bem dizer já nada me surpreende desde que alguém aqui comentou que o PCP é um partido de centro-esquerda e que tem como modelo de sociedade a social-democracia nórdica…).
      • José Maria18 Set 2015
        O PS tem no seu programa uma linha ideológica de esquerda, embora seja verdade que tantas vezes aplicou políticas de direita.
        Exactamente como sucede na China, com o Partido Comunista Chinês e, como infelizmente, está a acontecer na Grécia com o Syriza.
        Mas isso não obsta a que o PS se possa reconduzir a uma política de pendor mais social-democrata e menos neoliberal, nem impede que possa ocorrer a possibilidade de um programa comum de esquerda em Portugal, que pretenda governar de uma forma distinta da coligação PSD/CDS.
        Aliás, se o PS ganhar as eleições com maioria relativa, com uma pequena vantagem de votos sobre o PSD/CDS, não teria alternativa senão aliar-se à esquerda, pois não é previsível uma coligação PS/PSD/CDS.
        Portanto, no cenário que o Observador coloca, de modo muito pertinente, a possibilidade de um programa comum de esquerda, de maioria absoluta, pós-eleitoral, terá também que ser equacionada.
      • Tripas Fakas18 Set 2015
        É com elevada satisfação que constato essa evolução da esquerda rumo à social-democracia. De resto, devido ao falhanço e descalabro total das teorias e sociedades socialistas/comunistas, já era expectável.
        A tal social-democracia tão insultada e apelidada de fascista (a gente sabe por quem) ao longo de 40 anos em Portugal.
        A todos esses convertidos dou as minhas boas-vindas e não precisam de se justificar.
        Longe vão os tempos do “partido socialista, partido marxista”.
        Relativamente a coligações, apenas acho que elas devem ser apresentadas com frontalidade, verdade e transparência aos Portugueses….. de preferência os partidos devem explicar muito bem (o que não é o caso) a sua política de alianças antes das eleições.
      • José Marques18 Set 2015
        As teorias de esquerda e direita são tudo fantasias que só servem para meter pimenta nas eleições e enganar eleitores incautos, já que, na prática toda a gente governa apenas e tão só com o capital, finanças e economia na cabeça. O próprio sistema afasta afasta de imediato qualquer aventura que não siga a lógica capitalista. Todos dependemos de todos, em que uns mandam mais do que outros, mas sem que mesmo estes possam dar-se ao luxo de desprezar os mais fracos.
      • Bartolomeu Olazabal18 Set 2015
        Não é só o capital que deve estar nessa equação, oh Marques. Faltam aí as CORPORAÇÕES!!!!! No caso do Estado português, há algum governo que consiga mudar alguma coisa no setor da saúde CONTRA a vontade da Ordem dos Médicos, por exemplo? Há algum governo que possa mudar o que seja no setor da inJustiça contra a vontade dos magistrados?
        Portugal é um Estado CORPORATIVO e por corporações temos que entender as corporações POLITICO PARTIDÁRIAS, a que vocês chamam partidos politicos; as corporações POLITICO profissionais, a que vocês chamam Ordens; as corporações POLITICO sindicais, a que vocês chamam sindicatos (da FP); as corporações POLITICO empresariais, as associações patronais; e as corporações POLITICO confessionais (Igreja, maçonarias, Opus Dei e restante corja mais ou menos discreta)!!!
        E são politico qualquer coisa porque eles fazem politica como qualquer partido!!!
        Essa treta de culpar apenas o capital é MUITO REDUTOR!!!!! MUITO!!!!!!!
  • Gato Fuji18 Set 2015
    Mais uma vez se mostra como a nossa Constituição é uma palhaçada em forma escrita, muito concreta em questões menores e vaga quando devia ser precisa. O critério principal para formar governo é “tendo em conta os resultados eleitorais”? De que forma? Se eu fosse PR, e tendo em conta os resultados eleitorais, escolheria para formar governo o partido que mais crescesse a sua votação em termos percentuais, nem que esse fosse o MRPP ou o PQP. Respeitava a CRP!
  • Bruno Dias18 Set 2015
    Com mais esta sondagem, segundo as bandas de bollinger vamos ter um empate técnico nos 33/34%. Na minha opinião continua a ser o melhor para o país. Uns 4 anos a duodécimos sem mexer no que está a funcionar, só fazia bem. E tudo quanto era lei teria que ser por consenso alargado, nada de maiorias corruptas.
  • Tripas Fakas18 Set 2015
    Eu penso que a coligação vai ganhar (tanto em número de votos como de deputados) especialmente quando se tiver em conta os votos da emigração.
    Se a coligação não ganhar acho que está na hora do PS fazer um governo com o PCP (nem vai precisar do BE sequer…).
  • Hugo Dias18 Set 2015
    Simples. Quem não quer o BE nem o PCP no poleiro vota PaF. Assim está garantida a sustentabilidade do país, primeiro porque estes sempre são mais seguros que os lunáticos que nem contas sabem fazer e que se fartam de levar o país à ruína.
  • Armindo Bento18 Set 2015
    Tal como o problema está a ser posto, não há dúvidas absolutamente nenhumas, porque o PS é o partido que vencerá com MAIOR número de votos E mandatos! A coligação não é um partido e os deputados eleitos por ele ainda vão ser divididos entre os dois partidos que os constituem. A tradição presidencial (que é tradição, não é plasmado na constituição) diz que o líder do partido mais votado seria convidado em primeiro lugar a formar governo… que pelas sondagens seriam Costa. Mas mesmo que a tradição fosse o partido com mais deputados, ainda assim seria Costa, porque o PS seria o partido com mais deputados.
      • Tripas Fakas18 Set 2015
        Pelo que o Portas tem dito, não me parece que seja por aí.
        Perguntar-me-á, é impossível? Não é.
        Será que esta gente ainda não percebeu õ significado de “coligação”? Que os dois partidos da coligação têm um pré-acordo para formar governo no caso da coligação ser a força mais votada?
        Não é verdade que a coligação se esgote com o fecho das urnas se for a força mais votada.
        É claro e, sobretudo, dito aos Portugueses antes das eleições com toda a transparência!!
      • Bartolomeu Olazabal18 Set 2015
        Tem razão Tripas, “Não é verdade que a coligação se esgote com o fecho das urnas se for a força mais votada”.
        Mas não foi isso que eu disse! Aquilo que eu disse e que está escrito em cima foi “a coligação esgota-se ao fechar das urnas”. E disse-o comentando o texto do Bento que parte do principio que a coligação NÃO ganha. Logo, se a coligação não ganha, “a coligação esgota-se ao fechar das urnas”…
  • Miguel Bernardo18 Set 2015
    Observador, nesta foto é tão evidente a manipulação da opinião. Passos surge numa foto HD, com cores agradáveis e ar sério. Costa surge em tons de estaline e bico de pato numa foto de fraca resolução. Isto dito por alguém que não vota nem num nem noutro. Abraços!
  • José Maria18 Set 2015
    Ainda há pouco vi na tv aquele tipo do CDS, que anda sempre com cara de enjoado, como é que ele se chama, um tal melro, ou melo, a insurgir-se contra o facto de o António Costa não esclarecer quais os beneficiários dos apoios sociais não contributivos aos quais se propõe fazer o corte de 1020 milhões de euros.
    Nesse ponto, até subscrevo essa crítica, pois já estou farto de políticos demagogos, como o Pedro Coelho, que nada adianta em relação ao corte dos 600 milhões de euros.
    Mas o que esse melro, ou melo, ou lá como o homem, com cara de enjoado, se chama,foi isto:
    1 – Crítica e bem que António Costa não esclareça como iria cortar os 1020 milhões de euros
    2 – Nada diz quanto à omissão de Pedro Coelho, relativamente ao corte de 600 milhões de euros nas pensões
    3 – Depois diz que António Costa se propõe cortar nos mais carenciados, quando isso é manifestamente falso, o que ele se propõe é cortar naquelas pessoas que estejam a receber indevidamente os apoios sociais de que, alegadamente, não careçam
    Isso é forma séria de se fazer política ? É isso que os melros do PSD/CDS têm para mostrar ao país ? Mentindo e falseando constantemente tudo o que vem dos partidos da oposição ?
    Eu acho muito bem que António Costa e Pedro Coelho esclareçam como é que se propõem cortar os 1020 ou 600 milhões de euros nos diversos apoios sociais, para que os eleitores possam aferir o seu juízo quanto à justeza ou injustiça dessas posições.
    É certo que António Costa, tal como Pedro Coelho, não abrem o jogo quanto às questões, mas, pelo menos, António Costa diz que só vai cortar nos apoios sociais de pessoas que não tenham carência de recursos.
    E logo a seguir, vem o dito melro, omitir qualquer censura quanto aos cortes dos 600 milhões de euros do Pedro Coelho e dizer que António Costa vai cortar aos mais carenciados, quando é exactamente o contrário do que este afirma.
    E, para terminar, como é que esse melro sabe que António Costa vai cortar aos mais carenciados, quando ele diz o contrário e nem sequer esclarece como e a quem vai cortar esses 1020 milhões de euros ?
    É com este tipo de gente que o PSD/CDS querem continuar a enganar os portugueses ?
    • Tripas Fakas18 Set 2015
      Você é um demagogo… nem me vou dar ao trabalho de “desmontar” essa retórica de serventuário e lambe-botas da esquerdalha reacionária, medíocre e retrógrada… recentemente convertida à social-democracia (nórdica)….
    • Inês Abreu18 Set 2015
      Continua a fazer-se desentendido comentando não o que ouve mas o que tem na sua mente mesquinha. Passos não disse que iria cortar 600 milhões pois como toda a oposição diz ele não apresentou contas específicas para o programa. O que Passos diz é que é necessário encontrar uma verba de seiscentos milhões para tapar um buraco no orçamento da segurança social. E para isso convidou o Costa para em conjunto resolverem o assunto. Mas é perda de tempo explicar isto ao senhor José Maria. Anda obcecado com fanasma e não dorme.
  • denuncidio denunciar18 Set 2015
    Estes fazedores de opinião a tentar controlar ou hipnotizar o tuga com estas missas para anestesiar a não ir votar por tristeza e desesperança e o Acabado Silva a grunhir quem nem um porco velho coisas que ninguém percebe excepto os fazedores de opinião do sistema mafioso.

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