segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Dirigente acusa Estados Unidos de apoiar grupos para lutarem contra o governo de Angola


Lisboa - O Vice-Governador do Huambo para o sector politico e social, Guilherme Tuluca levantou acusações contra a embaixada dos Estados Unidos da América, em Luanda, de apoio a grupos sindicais para lutarem contra o governo de Angola. O mesmo remete o assunto “a Procuradoria da República, para as demais averiguações e procedimentos legais dada a gravidade da matéria em causa”
 Fonte: Club-k.net
Guilherme Tutuca sugere   a  suspensão de membros do SINPROF
As acusações do governante constam de um relatório datada de 10 de Julho do corrente ano, na qual apresenta o quadro do sector da educação em Angola, com destaque na província onde se encontra. No seu relatório, que o Club-K, teve acesso Guilherme Tuluca acusa o líder do SINPROF, no planalto central, Domingos Antônio Calupeteca de ser da UNITA e de receber orientações dos Estados Unidos da América.

Cita igualmente outro dirigente sindical Tarcisio Joao Memoria Ekulica acusado de receber de ter frequentado uma formação sobre métodos de politica de governação sob patrocínio da embaixada americana.

Segundo o Vice-Governador “Em Angola, por oportunismo , incoerência, ou por ignorância, alguns sindicatos passaram a jogar o papel dos partidos políticos da oposição tendo o SINPROF se notabilizado pela negativa”

“Estamos recordados do período em que o SINPROF "infernizou" o pais com greves selvagens no sector da educação, apoiadas por algumas embaixadas de países estrangeiros nórdicos e do ocidente, que pagavam o seu líder (Miguel Filho) para inviabilizar o normal funcionamento do sector da educação que representava, nesta altura, mais de 60% de toda função pública do país. Nesta altura o director nacional para os recursos humanos do ministério da educação é o actual Vice-governador do Huambo, para o sector político e social”, le-se no relatório governamental.

O dirigente explica que “Alguns dirigentes deste sindicato, acabaram, eleitos membros do comitê central da UNITA no ultimo congresso desse partido politico enquanto que Miguel Filho, que se notabilizou pela negativa, acabou desacreditado no SINPROF que ele mesmo fundou, graças a engenharia que o Ministério da Educação (MED) montou e que acusamos detalhar aqui

Para além de acusar os sindicalistas de serem da UNITA, Guilherme Tuluca revela que o MPLA também controla alguns membros do SINPROF.

“Hoje, a nível central, o SINPROF tem como Presidente um elemento do MPLA, residente na Província do Cuanza Sul e por isso alheio a muitas manobras do Vice-Presidente (Victoria Pereira) e da Secretaria Geral desse Sindicato (Hermínia), ambos da oposição, residentes em Luanda que são os verdadeiros mentores da organização”, escreveu o governante.

“Aqui no Huambo, o Secretario Geral do SINPROF, Domingos Antônio Calupeteca, é membro activo da UNITA, reúne periodicamente com o Sr. Liberty e trabalha contra o Governo sob orientação dos americanos”, acusou acrescentando que o líder sindical naquela província “neste momento, nem tem horário na Escola porque ausenta-se muitas vezes da província para ações dúbias, sem autorização dos seus chefes hierárquicos”

Ainda de acordo com o vice-governador, “Calupeteca lidera um grupo de professores, todos eles concentrados na escola do II ciclo comandante Vilinga, transferidos de outras escolas para esta, por mau comportamento laboral”

“Entre eles destaca-se Tarcisio João Memoria Ekulica que esteve recentemente na África do Sul a frequentar a formação sobre novos métodos de politica de governação, sob patrocínio da Embaixada americana. Os outros são Aurélio Walima Sachimbwaly, Antero Festo Belo Caiui e Margarido Simão Antônio.

Em jeito de conclusão do seu relatório, o governante alega haver “indícios de estar em marcha um plano macabro, com o envolvimento de Forças Politicas, órgãos e organizações estrangeiras, a coberto de actividades sindicais” e por esta razão ele sugere ao Governador Kundi Paihama, “a suspensão dos professores acima arrolados, abertura imediata de um processo disciplinar, ao abrigo do Decreto 33/91, de 26 de Julho”

Sugere ainda “Remeter a Procuradoria da Republica, para as demais averiguações e procedimentos legais dada a gravidade da matéria em causa”


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