Dhlakama em Satungira

O LÍDER da Renamo encontra-se em Satungira, região onde esteve refugiado até Setembro de 2014, antes da assinatura dos Acordos de Cessação das Hostilidades Militares, revelaram ontem, ao nosso Jornal, fontes próximas a Afonso Dhlakama, em Chimoio.

De acordo com as mesmas fontes, Dhlakama chegou a Satungira na tarde de domingo, após percorrer a pé, os cerca de 100 quilómetros que separam Zimpinga, no distrito de Gondola, em Manica, àquela região do distrito de Gorongosa, em Sofala.

Segundo apurámos, ao longo do percurso, devido à sua debilidade física, apesar de não estar ferido, Dhlakama foi várias vezes levado as costas pelos homens da sua segurança e a viagem durou quase dois dias.

Entretanto, contactado em Maputo, o porta-voz da Renamo, António Muchanga, disse ontem ao “Notícias” que o líder do seu partido se encontra algures na província de Manica, de onde apela à calma e contenção aos membros e simpatizantes desta formação política.

“O Presidente Dhlakama encontra-se na província de Manica. Está bem de saúde, muito embora esteja constrangido com os acontecimentos que se registam no país, sobretudo os de sexta-feira que se saldaram na morte de vários moçambicanos”, afirmou Muchanga, acrescentando que Dhlakama se encontra “em lugar seguro”.

Entretanto, a Renamo acusa as Forças de Defesa e Segurança de terem engendrado o ataque contra a coluna em que seguia Afonso Dhlakama. Porém, o comandante provincial da PRM, em Manica, Armando Canhenze, negou que a autoria do ataque tenha sido das FDS e muito menos da corporação que dirige, afirmando ser ridículo que a força que tem vindo a proteger o próprio líder da Renamo se volte contra ele.

Outras informações de Gondola referem que a população que havia abandonado a região em consequência dos confrontos já regressou às suas casas. Segundo noticiou ontem a Rádio Moçambique é estimado em mais de 50 o número de pessoas que se tinha refugiado nas matas. Estas informações foram confirmadas pela comandante distrital da PRM, em Gondola, Esperança Calisto.

Na mesma ocasião, aquela comandante assegurou o regresso à normalidade na circulação de pessoas e bens ao longo da EN6 que havia sido interrompida em consequência dos confrontos.

NOTÍCIAS – 29.09.2015
https://www.youtube.com/watch?t=24&v=wC_0a3wxlz4