sábado, 26 de setembro de 2015

ATENTADO CONTRA O PRESIDENTE DHLAKAMA É AMEAÇA À DEMOCRACIA

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Num encontro de revitalização das actividades realizado no sábado último, dia 19 de Setembro no Distrito da Machava-Sede, Clementina Bomba Delegada da RENAMO a nível da província de Maputo disse: “Este é um encontro de revitalização das bases e neste momento estão a decorrer trabalhos de mobilização e implantação de estruturas a todos níveis desde o topo até a base”, disse Clementina. De acordo com aquela responsável política provincial, os membros e simpatizantes do Partido RENAMO reafirmam o seu apoio incondicional ao Presidente Afonso Dhlakama e querem que a RENAMO e o seu Líder governem nas seis províncias onde ganharam nas eleições 15 de Outubro de 2014. “…. Apelo ao apoio total de todos Matolenses á Sua Excelência o Presidente Afonso Dhlakama”, disse reiteradamente, a delegada politico da Matola província. Por sua vez, o Delegado Político da Cidade da Matola, Romualdo Rui Fernando entende que esta tentativa de assassinato constitui um atentado a Democracia, a Paz e a Reconciliação Nacional. Acrescentando disse que “queremos que estes terroristas do povo moçambicano sejam presos e levados à barra do tribunal”. Segundo disse Romualdo na sua intervenção “lamentamos o ataque a Sua Excia Afonso Dhlakama, ocorrido no Povoado de Chibata-Vanduzi, em direcção a Cidade de Chimoio no passado dia 12 de Setembro de 2015, quando regressava de uma missão de trabalho, no Distrito de Macossa - Província de Manica, onde manteve uma vez mais contacto com a população que acorreu ao seu comício. Esta tentativa de assassinato constitui um atentado a Democracia, a Paz e a Reconciliação Nacional.” No seu informe o Delegado da Cidade da Matola disse que a Comissão Política da Cidade, tem trabalhado com as organizações especiais do Partido nomeadamente, Liga Feminina e da Juventude, onde realizaram reuniões semanais, visitas de trabalho aos distritos Municipais 6, 7 e 8 com o objectivo de revitalizar as bases, formar estruturas, capacitar quadros do Partido em matéria de Liderança e formação dos chefes dos Departamentos, por forma a imprimir maior dinamismo nas actividades. Terminou seu informe garantindo que a Comissão Política da Cidade da Matola continua empenhada nos trabalhos políticos para a consolidação da base de apoio do Partido.

NÃO HÁ DÚVIDAS, AS FADM ESTÃO PARTIDARIZADAS

Se ainda restava alguma margem de dúvidas sobre a inclinação das actuais Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) ao partido Frelimo, esta semana essas dúvidas foram minimamente dissipadas pelo Chefe de Estado Maior General, Graça Chongo. Em declarações à Imprensa no Palácio da Ponta Vermelha a margem da saudação dos oficiais das FADM ao Filipe Nyusi, o general Graça Chongo tentou negar o envolvimento das forças armadas na tentativa frustrada de assassinato do Presidente da RENAMO. E apontou a RENAMO como sendo “um queixinha”. Como era de esperar, Graça Chongo seguiu os mesmos passos do porta-voz da Frelimo, Damião José, para se desembaraçar da responsabilidade do crime de tentativa de assassinato selectivo ou em massa ocorrido há duas semanas nas proximidades de Chimoio, província de Manica. Recorrer a evasivas do tipo “ele (Dhlakama) e RENAMO sempre foram assim”, foi a péssima táctica do general Chongo especializado mais em desporto do que em questões militares que patavina sabe. “As forças armadas não cometem e nem estão interessadas em fazer atentados. A RENAMO sempre acusou as Forças de Defesa e Segurança, ou de estarem ao serviço do partido Frelimo, ou de atacarem os seus homens” disse Graça Chongo. Nos pareceu que nessas suas declarações Chongo revelou ser melhor propagandista partidário do que um chefe do Estado Maior das FADM que a RENAMO luta por torná-las republicanas. Negar estrategicamente a tentativa frustrada de homicídio em massa desviando a atenção com alegações de que a RENAMO acusa as forças armadas de estarem ao serviço da Frelimo e de estarem a atacar os seus homens no mínimo não deixa de ser ridículo senão mentira. O general Chongo sabe muito bem que não se trata de nenhuma acusação gratuita, mas sim uma realidade com fundamentos até reconhecida pelo próprio Filipe Nyusi enquanto ministro da Defesa Nacional que foram as FADM que em Agosto de 2004 atacaram os guardas da RENAMO na Vila de Inhaminga; em 8 de Março de 2012; atacaram a delegação política da RENAMO na Cidade de Nampula; em Maio de 2012 atacaram a sede da RENAMO em Muxúngue; a 21 de Outubro de 2013 atacaram Sandjunjira, residência do presidente Dhlakama onde assassinaram o deputado Armindo Milaco. É também mentira quando o senhor Graça Chongo afirma que dentro das Forças Armadas não existem oficiais ou elementos provenientes nem da RENAMO nem do Governo, mas sim cidadãos que juraram defender a pátria moçambicana, em obediência às ordens do ComandanteChefe, regendo-se por um regulamento próprio. Sabe muito bem que existem. Sim existem oficiais nas FADM que não participam nas reuniões sobretudo de planificação, que maioritariamente acontecem nas noites. Também sabe que existem oficiais que nunca tiveram nomeações por razões de serem provenientes da RENAMO. Sabe igualmente que existem oficiais que nunca tiveram progressão nas carreiras ou nas patentes por serem provenientes da RENAMO. “O que a RENAMO pretende é politizar as Forças Armadas, colocando-as a fazer política”, disse, Chongo, que se esquece de que desde há muito ele próprio é membro do partido Frelimo a quem deve fidelidade. Quando diz que as Forças Armadas estão prontas a acolher os homens residuais da RENAMO para a sua integração, com base em critérios legais, razão para a qual o Governo está a negociar com a RENAMO, não está sendo coerente. Ao dizer que o compromisso das FADM é com a manutenção da paz e estabilidade, por amor ao povo moçambicano, não corresponde a verdade dado que as próprias FADM têm sido foco de instabilidade, se tivermos em conta que o próprio povo que Chongo evoca tem vindo a reclamar violações sexuais de esposas e filhas, saques e maus tratos protagonizados por tropas comandadas por ele. É também mentira evocar valores da unidade nacional, o patriotismo, a disciplina e a auto-estima, o sentido de ética e moral, o espírito de missão e de trabalho árduo, bem como a sua inabalável prontidão de defender firmemente o país e o seu povo numas forças armadas fragmentadas e o que o próprio governo não confia por alegadamente estarem misturadas. Que justifique o porque das FADM serem mais preteridas a favor da Polícia. Que diga sobre o regionalismo reinante nas FADM que até afecta os próprios oficiais ligados ao regime. A RENAMO insiste e vai continuar a lutar para que a partilha de responsabilidades nas FADM seja uma realidade e a pôr termo as fidelidades partidárias defendidas pelo senhor Graça Chongo.

REDUZIMOS A UNIDADE NACIONAL AO DIVISIONISMO IDEOLÓGICO

A Nação somos nós todos, mas os mandões reduziram-na aos seus comparsas ideológicos, tomando os restantes por criminosos inimigos a abater ou subjugar. Não é muito por questões de convicção, ou défice de inteligência, mas principalmente por apetências desonestas de querer monopolizar todos os benefícios de ser Moçambicano. Como se os bens de Moçambique fossem insuficientes para todos os seus filhos viverem felizes e com dignidade, ficam mais preocupados em excluir os outros cidadãos do que em usufruir dos direitos que lhes assistem, como o da liberdade de expressão, acesso aos financiamentos e direito à propriedade por exemplo. Um Malthusianismo ideológico que depois leva à castração financeira, perseguição individual e mesmo a assassinatos. E chega a um ponto que já nem é possível escolher a quem se mata. Todo aquele que tem pensamento diferente, é alvo a abater. E porque quando uns se organizam para matar, outros se apressam a organizar a própria defesa. As riquezas de Moçambique vão servindo para comprar armamentos que servem de meio de combate entre moçambicanos, em vez de apetrecharem um Ministério da Defesa para estar preparado a enfrentar uma agressão externa. Se por qualquer desgraça um invasor nos quisesse agredir, seríamos um país incapaz de defender-se porque as forças do Governo estão concentradas em atacar o Líder da RENAMO e a sua guarda, e estes por seu turno, não iriam servir à pátria porque estão preocupados com o Governo que os agride. E mesmo se quisessem participar na defesa do seu Povo, o Governo iria recusar, por desconfiança ou por orgulho simplesmente. A Guerra civil está a vulnerabilizar-nos como Nação. Se ainda não fomos invadidos, é por causa das leis internacionais que nos defendem como país. Porém, se continuarmos acomodados a tais tratados que nem sequer respeitamos e reconhecemos, podemos enfrentar surpresas desagradáveis. Estamos entregues na mão do Engenheiro Nyusi. E tudo indica que ele tem mais medo do partido dele, melhor, dos mandões que se alojaram no partido dele, do que amor à Pátria Moçambicana e assim o país vai caminhando rumo ao caos. Para a Paz reinar, é necessário abandonar o espírito de exclusão. Dividir os ministérios com a RENAMO nem significa dividir o poder, porque esses ministros podem vir da Perdiz, mas vão obedecer à Constituição da República. Na verdade, a inclusão das Perdizes na governação trará diferença, pois o Presidente da República não será mais intoxicado com relatórios mentirosos e falsos que o levam a análises erradas da realidade nacional. E não se trata de inventar ministérios inúteis para meter quadros da RENAMO de sorte a servirem de bife na boca. É necessário dividir os ministérios da força. Atribuir a RENAMO por exemplo o ministério da Defesa ou do Interior, e ter poderes e liberdade para a acção, sem deixar de lado a necessidade de integrar os soldados residuais nas Forças Armadas e na Polícia da República de Moçambique. Porquê é que o regime que governa Moçambique se escandaliza com a integração no exército e na Polícia dos homens que durante longos anos provaram ser combatentes por excelência? Homens que se acarinhados podem ser mais-valia para esta república? Porquê será que esse assunto tira sono à Frelimo? Estes deviam se escandalizar com os combates que acontecem entre moçambicanos a seu mando. E o mais escandaloso é que os guardas da RENAMO, por serem cobertos de razão e justiça na sua luta, derrotam os assassinos que o Governo envia em todos os combates. Não é escandaloso? E quando isso acontece, lá vêm eles com acusações contra o Presidente Dhlakama e contra a RENAMO. Para acabar com este escândalo, só há um caminho. O de permitir que a RENAMO Participe na governação não como favor, porque a RENAMO já mostrou ser legítima representante do povo moçambicano. Todas as teorias que contrariam isso, podem ter valido como perfeitas algures em qualquer canto do mundo, mas a realidade de Moçambique é própria. Não há nenhum país do mundo em que exista um partido tão hábil a roubar votos como o é a FRELIMO, nem existe nenhuma oposição no planeta que seja tão paciente, mas muito forte militarmente e tão aplaudido politicamente como a RENAMO. Então, que os dois elefantes se amansem, partilhem, se unam, e pastem juntos, que assim o capim chega para eles e todos nós teremos a nossa parte. A FRELIMO já não está em condições de governar sozinha este Moçambique. Ela precisa de aceitar, e até de pedir o apoio da RENAMO para que a sua governação seja boa. E a RENAMO deve mesmo ser exigente quanto à garantia de condições para uma participação efectiva na governação. O que precisamos não é de nomeações fantoches, do tipo “bife na boca” mas da participação real de membros da RENAMO na governação a todos os níveis. O Presidente e os membros da RENAMO não são culpados de não padecerem de psicoses que levam a análises e visões erradas, que sempre dão razão ao bandido. Os membros da RENAMO não sofrem daquele apego ao mono partidarismo que leva as pessoas a ler as realidades com cores e contornos diferentes. Ver virtude onde há crime, ver oportunidade onde há injustiça, são sintomas de cabritismo e o país precisa usar o antídoto a isso que é incluir a RENAMO e descentralizar cada vez mais o poder, atingindo as 6 províncias ganhas pela RENAMO. Deixem implementar as autarquias provinciais, distritais e locais, deixem implementar a democracia, porque senão resvalaremos para a desgraça da Guerra Civil. Quem ainda precisa da guerra civil? Os muitos escândalos que acontecem no nosso quotidiano, como nados mortos na lixeira comum, amotinações de transportadores semi-colectivos, queda de andaimes em prédios com dezenas de andares…. Quem consegue lembrar de mais pode acrescentar. São muitos escândalos mesmo que fazem parte do nosso quotidiano, também fazem parte da fragilidade e corrupção do poder governativo, e são claro resultado do voto roubado. Quem rouba voto, não o faz para governar, mas para roubar outras coisas, como dinheiro, regalias, bens materiais. É nisso que os governantes deste país se empenham afincadamente a maior parte do seu tempo. Se houver um que não o faça, é rara excepção.

CARTA AO MEU FAVO DE MEL EM UM PAÍS DA AMÉRICA

Meu bem, não queria ter que lhe dar esta notícia pelo correio, mas devido a distância que nos separa terei que o fazer. O custo de chamada internacional é elevado, a minha ignorância não aceita se adaptar a essa história de fusos horários diferentes e o Wi-fi da universidade anda sempre com problemas, por isso não tenho lhe contactado pelo skype. Escrevo-lhe porque estou muito interessado em lhe provar que aquele senhor que disse que o povo era seu patrão e que no seu coração havia espaço para todos, que você tanto elogiou seus discursos na sua última viagem a Maputo está a provar o contrário. Como lhe explicar que um capricho partidário está a tornar Moçambique em um museu de nepotismo, corrupção, miséria fome e conflitos? Ele e o seu governo são hipócritas, são todos tão irregulares que me parecem tão ridículos! Tudo aqui em Moçambique parece estar a se tornar um pleno caos, quando vieres a Moçambique vais me dar razão, não se vê nada de concreto que está a fazer para garantir a paz, muito menos algo que seja legítimo de o povo dizer “sim sou patrão”. Ainda me lembro da última vez que estiveste aqui, demos muitas voltas para adquirir uma fita de 4 metros para usares, mas agora te garanto que não precisas trazer mais a fita métrica e nem vamos sofrer, afinal o congestionamento do transito na estrada é capaz de nos dar a dimensão real de Maputo, basta para tal andarmos de mãos dadas na cidade e a contar os carros que estão imobilizados devido ao condicionamento do transito, saberemos quantos metros tem uma avenida, mas para não nos cansarmos o Comité Central da Frelimo vai nos oferecer espiga de maçaroca em nome da cortesia. Amor quero lhe segredar algo, reparei ainda estes dias na forma de pensar dele e cheguei a conclusão que é achatado. A sua maneira inadequada e inoportuna de se pronunciar em torno dos assuntos me faz pensar que não haja naquela mente e nem seu coração espaço para ninguém. Claramente que se houvesse espaço na sua mente e pautasse por uma governação inclusiva não estaria sempre em manobras dilatórias. Envergonhado de sua postura depois da última reunião com seu maior rival, inventou um outro encontro mas o pai da democracia de Moçambique mandou-lhe pastar piolho. Lembro que pela primeira vez que eu disse “te amo” você disse: “meu bem existe uma diferença muito grande entre o que o ser humano diz e o que faz. Não diz me ama em palavras, mas sim tuas atitudes irão provar que você me ama.” Tais palavras simbolizavam tamanha ofensa para mim, porque não é fácil ouvir um homem Moçambicano dizer para uma mulher te amo e você teve o privilégio de as ouvir e nem se quer me deu um selinho. Lembro da postura que tomei depois de ouvir tais palavras, fazer de tudo para conquistar o coração dela. Esse foi o meu maior desafio, felizmente veio o dia que mais esperava. Você veio nos meus braços e disse: “meu bem agora sim tenho certeza que me amas, é contigo que quero viver.” Não imaginas a tamanha felicidade que assaltou meu coração, acredite depois de me teres dito para não falar, agir, tive imensas dificuldades de encontrar uma forma que te convencesse. Humildemente falando meu amor eu acho que aquelas sábias palavras que você me disse deviam servir para este senhor que disse ter coração grande, muita paz, amor, que é pela unidade nacional e uma governação participativa. Acho que chegou a hora de ele deixar de falar e começar a agir. Quem sabe se agir de forma correcta como eu fiz também não ganhe simpatia do povo como eu ganhei um abraço de ti! Amor, se lembra do assassinato do Professor Giles Cistac? –Acho que sim te lembras! Sabes duma? Ainda não tem culpados. Você se lembra do assassinato do juiz Cilica? Idem também não tem culpados e nem suspeitos! Lembra-se de Paulo Danger-men? Idem ainda estão a investigar, mas não tem suspeito, lembra-se daquela história do jornalista Carlos Cardoso? É mesma música meu amor. Muito recentemente, passa pouco mais de uma semana, mataram outro jornalista, Machava e também não tem suspeita, ainda estão a trabalhar nesses assuntos. Lembra da história da EMATUM? tacharam dinheiro e ninguém hoje quer falar mais do assunto. Ficam muito incomodados quando alguém levanta a questão. São terríveis. Até homens de bazzooka que não entendem nada de economia, saíram em público para falarem da viabilidade económica da “ bolada” chamada EMATUM. Noutros países á poderíamos ouvir falar de EMATUM gate, e mais. Mas para não terminar sem te contar a outra máxima e mais fresca, é que depois de matarem o último jornalista, até ao momento, refiro-me ao Machava, viraram os canos contra o líder da RENAMO Afonso Dhlakama. Sabe o que é que se diz? Diz-se que os chefes da intentona mandaram uma formatura “relâmpago” de polícias e de tropas, onde seleccionaram um efectivo, arrancando os celulares dos que deviam ir cumprir algo que nenhum deles sabia senão os chefes. Assim foi e aconteceu que o caçado, virou caçador. No lugar de matar a vítima, esta virou contra os assassinos e inédito, caíram acima de uma dezena deles. E sabes o que dizem meu amor? “Não fomos nós que atacámos”. Entretanto, os infelizes que perderam a vida… Quem responde por eles? Veja como é este homem que disse ser amante do povo e inclusivo na governação! 

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