•21.06.2015 • 12h01
Um relatório interno a que o jornal português Expresso teve acesso deixa antever o colapso iminente da petrolífera.
Por REDE ANGOLA.
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Sede da Sonangol, em Luanda[ Ampe Rogério/RA ]
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O presidente da Sonangol, Francisco Lemos, assumiu em reunião interna, há cerca de um mês, que o modelo operacional que a petrolífera segue “fracassou e está falido”, cita o jornal português Expresso.
As conclusões da reunião não são optimistas. São apontados problemas devido à constante “alteração de gestão”, sendo que o único segmento que “funciona é o deupstream, gerido pelas companhias estrangeiras, sem qualquer intervenção da Sonangol”.
Lemos acrescenta ainda que se deixou de “aprender a saber fazer”, para apenas saber “contratar e subcontratar”.
No relatório a que o jornal Expresso teve acesso, é ainda referido que a petrolífera muito dificilmente conseguirá “mover-se por si própria” sem o apoio do Tesouro Nacional, deixando antever uma possível falência técnica.
A crescente dependência do modelo operacional da Sonangol da contribuição de terceiros é caracterizada no documento como “insustentável”. Mais de metade dos trabalhadores da petrolífera (cerca de 4500 de um total de 8500), são consultores estrangeiros, desde as “finanças, saúde e gestão da cadeia logística”.
“A Sonangol já não é o que era, todo o mundo vive à pala de consultores estrangeiros importados em massa e o negócio particular lá dentro afogou os interesses da empresa. Aquilo parece a raposada a tomar conta do galinheiro”, lê-se no jornal Expresso pela voz de Gervásio André.
O relatório fala ainda de contratos-fantasma para enriquecimento ilícito de alguns dos administradores e altos funcionários. “ O descaramento chegou a ser tal que um antigo administrador foi acusado de ter solicitado uma comissão de 20 milhões de dólares para assinar um contrato”, denuncia fonte do conselho de ministros.
A notícia avançada pelo Expresso, sustentada pelo relatório da Sonangol, encontra-se na edição de 20 de Junho do semanário.
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