Agostinho Chelua, antigo administrador do distrito de Eráti, na província de Nampula, que já esteve sob investigação do Gabinete Provincial de Combate à Corrupção, por desvio de fundos do Estado, é um dos quatro candidatos que concorrem ao cargo de 1º secretário do partido Frelimo em Nampula, na sequência da vaga deixada por Zacaria Ivala, nomeado vice-reitor da Universidade Zambeze.
Agostinho Chelua concorre para tal função com Abel Safrão, ex-deputado da Assembleia da República, Margarida Namuaca, ex-primeira secretária da Frelimo na cidade de Nampula e Germano Joaquim, actual director do Gabinete de Combate à Droga.
O visado foi preso por desvio de fundos, simulação e participação económica ilícita, quando trabalhava num projecto para a construção de um complexo residencial em Eráti, orçado em 418 mil meticais. Por estar ciente de que a lei proíbe os administradores distritais de beneficiarem do Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDS), vulgo “sete milhões”, ele combinou com um artesão local da sua confiança e instruiu-o para que submetesse um plano que foi aprovado sem nenhuma contestação porque já se travava de uma encomenda.
Quando a casa foi concluída, o artesão aproveitou-se do facto de a casa estar em seu nome para reclamar a pertença e denunciou a artimanha. Chelua, que tinha sido imediatamente destituído do cargo de administrador, contactou o seu cúmplice e propôs uma oferta de 650 mil meticais caso retirasse a queixa que seguia os seus trâmites legais no Gabinete Provincial de Combate à Corrupção. O esquema voltou a falhar porque Chelua foi novamente denunciado, pese embora tivesse adiantado duzentos mil meticais.
Em relação à corrida para o cargo de 1º secretário da Frelimo em Nampula, os nomes dos quatro candidatos já foram enviados à sede do partido em Maputo para efeitos de ratificação pelo órgão competente. Abel Safrão e Agostinho Chelua são apontados como os prováveis substitutos de Zacarias Ivala.
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