quarta-feira, 29 de abril de 2015

Indonésia executa brasileiro Rodrigo Gularte e mais sete condenados à pena de morte


Publicado: Atualizado: 
RODRIGO GULARTE
Mesmo diante de intensa pressão e severas críticas da comunidade internacional, a Indonésia executou oito prisioneiros na tarde desta terça-feira (28) - poucos minutos após a meia-noite de quarta (29), no horário local.
Segundo a imprensa local, além do brasileiro Rodrigo Gularte, condenado à morte em 2005, foram mortos mais sete homens - seis estrangeiros e um Indonésio.
A execução de Gularte foi confirmada à BBC pelo seu advogado Rick Guanwan e pela Anistia Internacional.
Gularte foi o segundo cidadão brasileiro a ser executado na Indonésia este ano, após o fuzilamento de Marco Archer, em janeiro, também condenado por tráfico de drogas.
Ele foi preso em julho de 2004 após entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína escondidos dentro de pranchas de surfe e foi condenado à morte em 2005.
Segundo Leonardo Carvalho Monteiro, encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em Jacarta, antes do fuzilamento, Gularte recebeu a visita de um padre que também era seu guia espiritual. De acordo com Monteiro, após o cumprimento da sentença, os corpos começaram a ser preparados e em cerca de duas horas serão levados para Jacarta.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, o corpo de Gularte deve ser trazido ao Brasil, onde será enterrado. Esse teria sido um de seus pedidos à prima Angelita Muxfeldt.
Antes da execução, Carvalho informou que estaria ao lado de Angelita, em uma sala próxima do local da execução. Pela lei da Indonésia, após o cumprimento da pena, é feito o reconhecimento do corpo pelos familiares e representantes da embaixada de seu país, no caso de estrangeiros.
Única mulher entre o grupo de condenados, a filipina Mary Jane Veloso foi livrada da execução nos últimos minutos, após uma mulher - que supostamente tem envolvimento com o crime - ter se apresentado à polícia das Filipinas nesta terça-feira.
Mais cedo, nesta terça-feira, o presidente filipino Benigno Aquino, disse ter feito um último apelo ao governo da Indonésia para poupar Veloso, alegando que ela poderia ser uma testemunha importante na investigação de cartéis de drogas.
(Com informações das agências de notícias)

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