Ontem
Uma mulher de 63 anos foi considerada culpada pela morte do marido, que cortou em pedaços e guardou em caixas. Durante seis anos, a cabeça da vítima foi movida de casa em casa numa carteira de senhora.
ATLANTIC COUNTY PROSECUTORS OFFICE
O caso que chocou Nova Jérsia em 2013 está finalmente encerrado. Uma senhora de 63 anos, acarinhada pela comunidade local e tida como "simpática e generosa", foi considerada culpada pela morte do marido, que cortou em pedaços e moveu de casa em casa, em caixas, durante seis anos.
Loretta Burroughs fingiu que o marido, Daniel Burroughs, tinha fugido para a Flórida com uma mulher mais nova e toda a comunidade acreditou na sua história, em 2007. Chegou mesmo a conseguir vender a casa que estava em nome de ambos e a obter ajuda de um advogado para se divorciar.
A única pessoa que sempre desconfiou desta história foi o meio-irmão do marido de Loretta, Raymond Wantorck, que nunca acreditou que Daniel tivesse fugido sem avisar e alertou as autoridades para essa desconfiança ao longo dos anos.
Mas a mentira só foi confirmada em 2013, quando Loretta se preparava para mudar de casa pela quarta vez. A polícia local decidiu vasculhar a habitação por investigação de fraude: Loretta dizia que Daniel tinha fugido para a Flórida, mas continuava a assinar documentos com o nome do marido, forjando a sua assinatura.
Quando bateram à porta, Loretta terá perguntado se iam revistar a casa e, quando percebeu que sim, a sua expressão "mudou completamente". "Perdeu a cor na cara e começou a tremer nas mãos. Ficou muito nervosa", disse um dos polícias presentes no local, citado pelo "Daily Mail".
Segundo o tribunal, a senhora esfaqueou o marido e, de seguida, cortou-o em pedaços com a ajuda de uma faca e uma serra, guardando os restos em caixas, que levava consigo sempre que mudava de casa. A cabeça do marido foi mantida numa carteira de senhora. Para disfarçar o cheiro do corpo em decomposição, a culpada terá rodeado os pedaços de ambientadores e sabonetes, embrulhando os restos mortais em diversas camadas de plástico.
A polícia acredita que Loretta terá matado o marido por dinheiro. Meses antes de Daniel ter sido dado como desaparecido, a mulher, que trabalhava num lar de idosos, começou a pedir favores aos filhos dos pacientes de quem tomava conta, por forma a vender a casa e outras posses, mesmo sem a assinatura do marido. O mesmo aconteceu depois do seu alegado desaparecimento, quando tentou (e conseguiu) divorciar-se, em 2009. Todos a ajudaram por consideração pelo cuidado que dava aos residentes do lar e por pena, pensando que tinha sido abandonada pelo marido.
Loretta pensava que tinha cometido o crime perfeito, mas foram os ossos do marido que a acabaram por denunciar. "O meu irmão conseguiu ajudar a resolver o seu próprio caso. Ele conseguiu, através das fotografias do seu corpo mutilado, fazer justiça por si próprio", garante o irmão da vítima.
Resta saber qual será a extensão da pena a atribuir a Loretta Burroughs (e que poderá ser perpétua): a decisão final é anunciada a 22 de abril.
ARTIGO PARCIAL |
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