Marcelo Mosse adicionou 3 fotos novas.
Anda ai uma confusão tremenda na cabeça do nyussismo. Ontem, depois do encontro com diplomatas europeus, o porta-voz do PR, António Gaspar (seu assessor para a Área Politica e da Comunicação Social) disse que, relativamente ao caso do assassinato de Gilles Cistac, Filipe Nyusi “privilegiava a separação de poderes”. O que? Separação de poderes! Não eh a primeira vez que, no caso de Cistac, Nyusi manda dizer isso. Na primeira ocasião que Gaspar teve que amplificar a posição do PR sobre aquele crime abominável, essa ideia da separação de poderes veio a tona.
Na altura pensei que o PR simplesmente se enganara relativamente ao alcance desses ditos. E que iria levar um banho de assessoria para não repetir tamanha gaffe. Mas, ontem, Gaspar acabou revelando que essa era a posição do PR. O problema eh que essa posição eh uma não posição. Êh uma forma de lavar as mãos, uma espécie de conformação com a inacção. O argumento da separação de poderes teria sentido se o caso Cistac já tivesse transitado da alçada do Executivo para a alçada do Judiciário. Tipo se estivesse já em sede de acusação (Procuradoria da República) ou de julgamento (Tribunais). Mas não. Ele esta ainda sob a alçada do Executivo, que eh liderado pelo próprio Nyusi. Para ser mais concreto, o caso esta ainda em sede de investigação, que eh dirigira pela PIC, que se subordina ao Ministro do Interior, que se subordina a Filipe Nyusi.
E agora, dado o alcance dessa “não posição” do PR, fico sem saber se se trata de uma gaffe recorrente, ou se ele nos tem a todos como uns desatentos mentecaptos….Ou se ele estah a tentar fazer passar a ideia de que, mesmo no seio do executivo, ele já construíu novas dimensões filosóficas de separação de poderes, que ate nem pode puxar as orelhas ao Basílio Monteiro para que a investigação do crime nos releve a quantas anda. Mas o recurso a este novo chavão da separação de poderes eh um mimetismo acrítico do nyussismo relativamente a forma como o guebuzismo tentava escapar a pressões da sociedade civil e da comunidade doadora quando um dado processo implicava uma accao legislativa por parte da Assembleia da Republica. O guebuzismo fez isso com algum sentido. Mas isso de Nyusi imitar mal imitado dá-nos uma imagem de um presidente amarrado e sem ideias originais. Mesmo com a assessoria da Benvinda Levy.
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