O Primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, aponta o salvamento e o resgate de pessoas isoladas nos locais afectados pelas inundações como a grande prioridade do governo, enquanto decorre a mobilização de fundos destinados a reposição dos danos.
Rosário, que falava quinta-feira em conferência de imprensa após desembarcar na Zambézia, disse, que era portador de uma mensagem de solidariedade do Governo para com a população afectada, e a sua visita visa complementar, no terreno, os esforços em curso visando fazer face a calamidade.
O governante, que lidera uma missão do Conselho de Ministros, citado pelo Jornal “Noticias”, disse que deslocar-se-ia hoje às zonas afectadas da província para a avaliar o drama provocado pelas inundações, que além da Zambézia, afectam também as províncias de Niassa, Nampula e Sofala.
O primeiro-ministro lamenta que as chuvas intensas estejam a causar sofrimento à população, mas garante que o Governo trabalha sem mãos a medir na busca de soluções para que, o mais urgente possível, a vida volte à normalidade.
Maria Luciano, delegada do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) na Zambézia, disse que 51 mil pessoas vivem actualmente em centros de acomodação abertos para o efeito e o número afectadas ronda os cerca de 119 mil.
“Neste momento, não há pessoas em risco mas apenas sitiadas e que continuam a ser assistidas”, disse a Luciano.
Segundo as estimativas do INGC, 95 mil pessoas necessitarão de auxílio humanitário. Porém a grande dificuldade tem a ver com os acessos para fazer chegar a ajuda, uma vez que já estão disponíveis em Quelimane, mas a estrada está cortada.
Nos últimos dias, o recurso tem sido a via aérea mas com alguns constrangimentos, porque os helicópteros têm a sua limitação e as tripulações não conhecem bem a província, e vezes sem conta falham nas coordenadas.
Todavia, a fonte garantiu que tudo está a ser feito no sento de levar os víveres às vítimas das chuvas em função das prioridades, como por exemplo Mocuba, Namacurra, Maganja da Costa, Morrumbala e Mopeia. Estão actualmente disponíveis 124 toneladas de produtos adquiridos e/ou doados por diferentes organizações.
Luciano acrescentou que acaba de ser aberta uma frente à região norte da Zambézia não só para transportar víveres como também medicamentos para as unidades sanitárias.
(RM/AIM)
Sem comentários:
Enviar um comentário
MTQ