Entre os primeiros candidatos está o desenvolvimento de conflitos em países do Médio Oriente – Síria, Irã e Israel. Conflitos podem começar também na Nigéria, que está à beira do colapso devido aos baixos preços do petróleo enquanto grupos radicais estão ganhando força.
Tudo isso está incluído num resumo com o título irônico de “Guia Mundial do pessimista para 2015”. Baseando-se numa sondagem de peritos em política externa, assuntos militares e daeconomia, a agência de notícias revelou os lugares onde em breve as coisas se tornarão muito ruins.
No total, na opinião da Bloomberg, no mundo há 15 lugares onde a situação está mais tensa. Naturalmente, os riscos em alguns lugares são menores do que em outros. A agência prevê um conflito até mesmo na Ásia. Entre a China e o Japão. Resumindo, um apocalipse total universal.
No entanto, outros peritos não se interessaram seriamente no guia do pessimista. Na sua opinião, dessas 15 versões no máximo três são “viáveis”. Obviamente, o principal “ponto quente” é a Síria e a região em torno dela. Segundo a Bloomberg, a guerra irá transbordar da Síria para Líbano, Jordânia, Turquia e além dela, seguindo o Estado Islâmico, e o regime de Bashar Assad pode vencer os últimos restos da oposição.
Peritos esperam uma convergência dos talibãs nas áreas montanhosas pashtuns do Afeganistão e do Paquistão com militantes do Estado Islâmico. Na lista dos principais conflitos está também o “ponto já ardente”, a Ucrânia. Os pessimistas da agência acreditam que o conflito irá continuar, a pressão sobre Moscou também. E outros peritos predizem o cenário ucraniano para toda a Europa do Leste.
Depois de ler resumos do “Guia do pessimista”, algo não faz sentido. Por alguma razão, haverá conflitos por toda parte, exceto na América do Norte. Paradoxalmente, a Bloomberg, ao que parece, acredita que este é o único lugar apropriado para vida no planeta no ano que vem. Ou é ruim espalhar lixo em sua própria casa, e mais ainda escalar a atmosfera para os norte-americanos já abalados por Ferguson.
Analistas políticos, por sua vez, acusam já a própria agência de fazer lobby dos interesses de financistas. Como se esses últimos indicassem diretamente com que conflito se pode lucrar no ano que vem, onde investir e qual o regime é mais fácil e mais barato de mudar.
Falta também realismo e uma resposta: o quê fazer com todos estes 15 pontos? Infelizmente, a Bloomberg não publica um Guia do optimista. Ora então, nos atuais “pontos quentes” não haverá boas notícias e um cessar-fogo. Provavelmente, os EUA por enquanto não têm tais planos, ou a Bloomberg simplesmente não emprega optimistas por serem desnecessários.
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