Quando o critério de selecção para governante se baseia em amiguismo, laços de consanguinidade ou afinidade partidária resulta, quase sempre, numa verdadeira desgraça, como ficou demonstrado com a deselegante peça teatral que a governadora de Maputo-Cidade, Lucília Hama, que, na semana passada, tentou ensinar ao povo como preparar patas, pescoços, cabeças e tripas de frango para passar bem as festas.
Se para ela aquilo foi uma grande lição culinária/nutrição, mas, aos olhos dos pobres, que são a maioria do povo, aquela encenação foi das mais ridículas e caricatas que uma governante poderia exibir. Hama ajudou-nos a entender o enorme vazio que vai nas cabeças dos nossos governantes.
Se para ela aquilo foi uma grande lição culinária/nutrição, mas, aos olhos dos pobres, que são a maioria do povo, aquela encenação foi das mais ridículas e caricatas que uma governante poderia exibir. Hama ajudou-nos a entender o enorme vazio que vai nas cabeças dos nossos governantes.
Hama deveria, na quadra festiva, levar o seu rico manjar à casa dos pobres para demonstrar o seu humanismo e não se limitar a ensinar grelhar tripas, pernas, asas e pescoços de frango. Deveria persuadir o seu governo para pagar melhores salários aos funcionários públicos e que os salários cheguem a tempo aos funcionários do estado que precisam dos seus dinheiros para não terem que grelhar tripas de frango.
Receber salário a tempo não deve ser algo que acontece, apenas, nos meses de eleições, mas, sempre para que nenhuma família moçambicana tenha que comer patas, asas, pescoços e tripas grelhados de frango. Não são somente os membros do governo que têm o direito de passar bem a quadra festiva, mas, o povo também.
Receber salário a tempo não deve ser algo que acontece, apenas, nos meses de eleições, mas, sempre para que nenhuma família moçambicana tenha que comer patas, asas, pescoços e tripas grelhados de frango. Não são somente os membros do governo que têm o direito de passar bem a quadra festiva, mas, o povo também.
Comer patas, pescoços, asas e tripas de frango é coisa do terceiro mundo onde uns poucos têm tudo e o povo não tem nada. É coisa de sociedades atrasadas que o governo de Hama faz parte pretende perpetuar. No mundo desenvolvido as essas miudezas servem de ingredientes para a sopa e não para grelhar. Hama é membro da comissão política do partido no poder, que afunda o nosso país há quase 40 anos, e o seu pronunciamento revela a ideia dominante entre os seus pares.
Eles ainda fingem acreditar que o povo é burro e passa fome por não saber grelhar cabeças, pescoços, tripas e patas de frango e não pela ausência de uma distribuição justa e equitativa da riqueza nacional com a qual as elites escandalizam e ofuscam a vista dos pobres.
Num país onde o governo é sério e respeita o povo, Hama não sobreviveria dvido à sua grande falta de ética governativa, mas, entre nós nada lhe vai acontecer por vivermos num país onde não a responsabilização é ainda um tabu. José Pacheco chamou de marginais e vândalos a moçambicanos por protestarem mas continua imbatível. Até dizem que os moçambicanos são pobres por nascerem muitos filhos. Quem assim disse continua no governo e ileso.
Num país onde o governo é sério e respeita o povo, Hama não sobreviveria dvido à sua grande falta de ética governativa, mas, entre nós nada lhe vai acontecer por vivermos num país onde não a responsabilização é ainda um tabu. José Pacheco chamou de marginais e vândalos a moçambicanos por protestarem mas continua imbatível. Até dizem que os moçambicanos são pobres por nascerem muitos filhos. Quem assim disse continua no governo e ileso.
Insultar o povo é a pior coisa que um dirigente pode fazer e o tal atrevimento, em democracia, paga-se bem caro. Entre nós, o chefe de estado é o primeiro a insultar, chama de tagarelas, apóstolos da desgraça, etc., aos críticos da sua governação. O mau exemplo vem do grande chefe. Este é um país de pandza. Lucília Hama, a nossa desgraça. A nossa vergonha colectiva!
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